30 dezembro, 2007

Manhã de domingo

Aquela vontade clássica de ficar na cama vendo TV e tomando leite se multiplica por 50 quando a cama em questao esta numa cidadezinha de 30 mil habitantes no interior de Iowa, nos Estados Unidos, em pleno inverno. A neve branquinha lá fora, caindo constantemente, faz com que tudo fique mais silencioso, quase uma cidade fantasma.

Ontem foi o casamento da minha irmã americana. Ela obviamente não é minha irmã de verdade, ela me hospedou aqui dez anos atrás, quando eu fiz intercãmbio. Eles não acreditaram quando me viram aqui, de uma hora pra outra, para o casamento. A casa continua a mesma, com o mesmo cheiro de casa americana, os mesmos móveis. Meus irmãos americanos continuam iguais e só agora, dez anos depois, eu entendi que um deles nunca me odiou: ele é assim mesmo, meio anti-social.

A festa foi ontem, fui embora cedo, estava tão quebrada que não consegui ficar muito. Estava em casa as dez da noite, dormindo. Inevitavelmente, acordei cedo. A cabeça tá meio aérea, com saudades de casa, do namorado, com vontade de viajar mais... É uma sensação estranha, estar aqui, mas estar em outro lugar. Nós sempre estamos num lugar pensando em outro, dificilmente aproveitamos o momento como deveríamos. Mas tem hora que isso não é uma opção nossa. Por mais que se queira aproveitar o momento, a cabeça não deixa, ela viaja, vai longe, eu tô meio assim hoje, meio melancólica de saudade.

Vai ser uma entrada de ano esquisita, bem calma, quieta, sem muita bagunça, melancólica.

Happy new year ;-)

19 dezembro, 2007

O começo

Certas poesias me enlouquecem, me fazem querer desesperadamente...
palavras, toques, vontades, desejos...
Certas palavras me fazem querer desesperadamente
poesias que me enlouquecem...
é um círculo vicioso...


Hoje deu vontade de ler os primeiros posts do blog, de 2002... que saudade daquilo.
Encontrei umas pérolas valiosas, como esse poeminha aí em cima, escrito em 16 de dezembro daquele ano.

29 novembro, 2007

Diário de viagem

1º Dia - Acampar em Ilha Grande - não fosse a chuva...
Acordamos cedo, lá pelas 7 da manhã. Tudo pronto, embalado, arrumado. Entramos no carro e dá-lhe Via Dutra. De manhã eu não tenho condições de ficar acordada, dormi umas duas horas. Peguei o volante mais tarde e chegamos em Angra dos Reis na hora do almoço. Aquela chuvinha incessante, nuvens e neblina nos desanimando a pegar o barco e a gente lá, insistindo...

Chegamos, fomos direto pro camping, montamos acampamento, entramos na nossa unidade habitacional. Era sete horas da noite. Só saímos de lá de dentro doze horas depois. A barraca parecia derreter com a chuva que caía. No meio da noite eu estava me sentindo em pleno “Dia depois de amanhã”, quando os carinhas estavam numa barraca que tremia inteira no meio de uma tempestade de neve.


2º Dia – Aqui não fico nem mais uma hora!
No dia seguinte, vimos que não havia condições de ficar. Não estávamos nem preparados para uma frente fria tão dura em pleno feriado. Resolvemos levantar acampamento e o namorado propôs: “Vamos atrás do sol?” Que beleza, resolvemos rumar para o norte atrás do sol. Este seria um feriado passado dentro do carro, mais precisamente na BR 101.

Uma tristeza saber que quase tudo que a gente tinha estava inserido nas categorias “encharcado”, “meio molhado” e “úmido”. Paramos no Rio de Janeiro apenas pra almoçar na Feira de São Cristóvão. Que coisa... passar no Rio tão rápido que nem as praias da zona sul deu pra ver.

Acabei dormindo no carro e, quando me dei conta, estávamos em Rio das Ostras. Ficamos por ali, demos uma volta pela praia, achamos uma pousadinha legal e eu fiquei feliz de poder estender toda a roupa molhada no quintal.

3º Dia – Búzios... e a chuva vem correndo atrás de nós
Que desespero! Isso foi a viagem inteira: a gente dirigia um pouco, encontrava o sol, ficava feliz, parava pra tomar café e lá vinha a chuva!

Acordamos em Rio das Ostras e fomos passar o dia em Búzios. Escolhemos a escuna errada... um “Claudinho e Buchecha” insuportável no som... passamos ao lado de uma que tocava eletrônica, fiquei toda arrependida. Mas foi muito legal. Aquele mormaço queimando a pele sem a gente notar, o namorado pulou na água gelada... que pessoa corajosa! rs

Um peixe, chuvinha e muitas paisagens lindas depois, voltamos a Rio das Ostras e resolvemos pegar de novo a estrada. Eu queria botar o pezinho no Espírito Santo! Nunca tinha ido pra lá... Acabamos dormindo em Campos, num motel até que bem bom.

Descobrimos que o melhor custo-benefício numa viagem dessas é dormir em motéis. Eles são mais baratos que os hotéis e mais confortáveis que os campings. E sempre tem um filminho legal na TV...

4º Dia – Vá à praia dos Castelhanos!!!
Estávamos a apenas duas horas da divisa com o Espírito Santo – e pensar que eu enchia o saco quando a viagem demorava longuíssimas duas horas antigamente. A chuva insistia em nos acompanhar. Até chegarmos em... Iconha! É uma dessas cidadezinhas que surgem no meio da rodovia, ou melhor, com a BR 101 no meio dela. O tráfego de caminhões em Iconha é digno da Marginal Tietê!

A gente estava indo a Guarapari, mas soubemos de umas praias logo ali perto, em Anchieta, cidade do beato esquecido pelos doentes em busca de milagres (Gente! Peçam milagres ao Zé de Anchieta! O povo esqueceu dele, o cara nunca que vira santo por causa disso!).

Encontramos a Praia dos Castelhanos. Água esverdeada, areia firme e macia, pedras na beirada da praia... uma das coisas mais lindas que eu já vi. Ficamos por ali um tempo, almoçamos, andamos, tomamos uma ducha pra tirar o sal e rumamos a Guarapari, a praia dos mineiros.

Numa boa? Parece o Guarujá. Uma hora andando pela cidade e me deu siricotico: quero conhecer Vitória. Saí dirigindo com o namorado dormindo mesmo até a capital.

Eeeee! Tô em Vitória!!!

Dormimos num motel bem legal, mas ficava meio distante do centro, o que a gente nem fazia idéia de que poderia ser um problema...

5º Dia – VITÓRIA!!! Vitória??? De carro???
Pois é. Acordamos na capital do Espírito Santo! E eu toda empolgada, nunca tinha ido lá! Até que passei a me sentir em casa diante do trânsito monstro que a gente enfrentou pra chegar no centro.

Que triste... a cidade tem pontos turísticos bonitos, mas simplesmente mal cuidados. Casas grudadas em capelas de 1500, construções reformadas sem critério, má conservação... deu dó daquele centro histórico.

Passamos no shopping que o namorado fez o cálculo de uma estrutura (sim, o rapaz é engenheiro). Ta lá! Não caiu! rsss

Pegamos logo a estrada, pois não dá pra passar semanas viajando: temos dois dias pra percorrer o que fizemos em quatro. Foi o dia inteiro pra ir de Vitória a Niterói numa tacada só. Haja disposição! Chegamos no Rio quebrados. Hotel – motel com café da manhã reforçado.

6º Dia – Na casa da tia em Niterói!
Visitamos o museu de arte contemporânea (sim, aquele do Niemeyer). Muito legal, especialmente quando tem um bom engenheiro arquiteto explicando tudo pra mim! Fomos à casa da tia dele e passamos o dia a conversar. Niterói é uma cidade interessante. Tem a tal vista “espetacular”, tem praia oceânicas que os cariocas não contam pra ninguém, justamente por serem as melhores, tem forte, pára-quedas, museu chique... e continua com clima de cidade do interior.

Já pegamos a estrada de novo, rumo a Pindamonhangaba, nossa parada seguinte. Jantamos em Penedo, cidade no pé da serra do Rio, colônia finlandesa. Segundo o namorado, não dava pra passar mais do que algumas horas ali, pois ele já estava se sentindo num imenso Lego...

Chegamos em Pinda perto de onze da noite. Achei que dava tempo de irmos até Campos do Jordão dar uma volta. E foi aí o meu grande erro.

Parados pela polícia
A situação não poderia estar pior: os dois com carteira vencida, sem o documento do carro, com o pára-brisa rachado e uma lanterna de freio queimada. Não conseguimos sair de lá até quatro da manhã, quando um amigo nosso se deslocou até lá pra nos resgatar


Dormimos no melhor motel da viagem, em Pinda mesmo. O lugar nem mesmo parecia ser motel, tinha decoração clean e super moderna. Adorei! Deu vontade de voltar.

7º Dia – Em Sampa, finalmente!
Passamos o dia resolvendo pepinos do namorado em Pinda – ou não, acho que ele não descobriu quais eram os pepinos, não resolveu nenhum. Pegamos a estrada já meio ansiosos pra chegar em casa.

Largamos as tralhas todas na casa dele e saímos correndo. Era dia de trabalho e já estávamos mais que atrasados. Só consegui chegar em casa umas 20h. Que saudade dos meus gatos...

16 novembro, 2007

Correndo atrás do sol

Acordamos quinta-feira de manhã, preparados para a estrada, com comida, barraca e disposição para conhecer Ilha Grande. Curiosidade antiga. O feriado é longo, temos muitos dias pra aproveitar a ilha.

Sete horas depois, debaixo de muita chuva, chegamos teimosamente à ilha.

Nossa unidade habitacional, inevitavelmente, pingou a noite toda, molhou metade das nossas coisas e deixou a outra metade só "meio úmida". Obviamente, levantamos acampamento.

Mas e agora? O que fazer com um feirado grandão, gostoso, um carro, muita comida e ainda alguma disposição?

Resolvemos sair atrás do sol! Rumo norte!

Almoçamos no Rio de Janeiro rapidamente e agora estou aqui, num cibercafé em Rio das Ostras.

Amanhã acho que a gente chega no Espírito Santo, é isso aí!

12 novembro, 2007

Tudo novo

Meu ano novo é escorpiano. A partir de hoje, começa uma nova fase pra mim. Grandes desafios, grandes expectativas...

Eu já queria que isso tivesse acontecido há algum tempo. Percebi também que a segurança de um emprego registrado às vezes nos faz estacionar e não se arriscar muito no campo profissional. Não tenho mais isso. Agora estou por minha conta. Conto só comigo e isso me deixa tranquila pra saber que eu posso me dar muuuito bem.

Então... boa sorte pra mim!!!

08 novembro, 2007

Um recadinho pro namorado...

Let's go to the park
I wanna kiss you underneath the stars
Maybe we'll go too far
We just don't care

You know I love it when you're loving me
But sometimes it's better when it's publicly
I'm not ashamed, I don't care who sees
us hugging and kissing, a love exhibition, oh

We'll rendezvous out on the fire escape
I'd like to set off an alarm today
A love emergency don't make me wait
Just follow, I'll lead you
I urgently need you

Let's go to the park
I wanna kiss you underneath the stars
Maybe we'll go too far
We just don't care

Let's make love,
let's go somewhere they might discover us
Let's get lost in lust
We just don't care

I see you're closing down the restaurant
Let's sneak and do it when your boss is gone
Everybody's leaving, we'll have some fun
Oh, maybe it's wrong, but you're turnin' me on

Oh, we'll take a visit to your mama's house
Creep to the bedroom while your mama's out
Maybe she'll hear it when we scream and shout,
but we'll keep it rockin' until she comes knockin'

Let's go to the park
I wanna kiss you underneath the stars
Maybe we'll go too far
We just don't care

Let's make love,
let's go somewhere they might discover us
Let's get lost in lust
We just don't care

If we keep up all this foolin' around
We'll be the talk of the town
I'll tell the world of our love any time
Let's open the blinds
'Cause we really don't mind

Oh I don't care about propriety
Let's break the rules ignore society
Maybe your neighbors like to spy it's true
So what if they watch, when we do what we do, ohhh

Let's go to the park
I wanna kiss you underneath the stars
Maybe we'll go too far
We just don't care

Let's make love,
let's go somewhere they might discover us
Let's get lost in lust...

01 novembro, 2007

Enquanto isso, na revista VIP...

Preliminares
Manual pratico do pé na bunda
Juliana Guarany

Dá para sair de uma relação sem drama? O choro será inevitável, mas existem maneiras de terminar sem que a vida vire roteiro de novela. Seja você quem dá o pé na bunda ou quem recebe, siga algumas regrinhas para que não haja assassinato nem suicídio

QUANDO VOCÊ TERMINA...

Não diga: ”Preciso de um tempo pra pensar
Diga: ”Vamos terminar tudo
Quem te disse que seria fácil soltar uma bomba dessas? Pense no que dizer sem magoá-la, mas não tente fazer rodeios dizendo que você ainda a ama um pouquinho. E passe longe do termo “dar um tempo” se você já sabe exatamente o que quer. Se é para terminar, não enrole.

Não diga: ”Me apaixonei pela gostosa do 301
Diga: ”Tem outra na jogada
Seja honesto, mas sem escancarar! Quando existe outra menina na área, a coisa fica delicada. A ex vai chorar e se descabelar com a notícia, mas muito pior será ela ligar na sua casa e a nova namorada atender. Jogue limpo: mostre que você a respeita e prefere seguir seu caminho.

Não diga: ”Mãe, me separei da Renata. Esta é a Ana
Diga: ”Mãe, terminei com a Renata
Pelo amor de suas futuras mulheres, mantenha a discrição. Levar a nova namorada na festa de 80 anos do seu avô pode ser um pouco arriscado. Seus amigos e familiares, que estavam acostumados com a antiga parceira, ainda vão levar um tempo para assimilar a mudança.

Não diga: ”Então, conheci uma menina...”
Diga: ”Eu vou bem, obrigado
Não caia no velho truque do “E aí? Como tá a vida de solteiro?”, não divida as confidências com a moça. Mesmo que ela conte as próprias aventuras, é só um artifício para arrancar informações preciosas, como em quem você está de olho ou se sente ciúme de ouvi-la contar que ficou com outro.

QUANDO ELA TERMINA...

Não diga: ”Alô? Oi... sou eu de novo
Diga: ”Se quiser me ligar, fique à vontade
Esqueça o número do celular da moça. Resista à tentação de ligar a todo momento. Por mais que você goste dela, procure manter certa distância, até para que você mesmo possa aceitar a idéia de ficar sozinho. Ex-namorado grudento é tudo que ela não quer.

Não diga: ”Tá com outro? Quem é esse?”
Diga: ”Por favor, seja discreta
Deixe o Orkut dela em paz! Maturidade é a palavra-chave para quem é preterido. Nada mais inconveniente que um ex-namorado perseguidor. Brigar nunca foi uma forma de atrair as mulheres, menos ainda quando elas decidem terminar. Ligar chorando para a mãe dela não vai ajudar.

Não diga: ”Eu faço qualquer coisa, topo tudo!”
Diga: ”Eu sei que eu valho a pena
Tenha autoconfiança! Se você a quer de volta, precisa se respeitar primeiro. Se ela não quer mais, tem sempre alguém que vai querer. Chorar faz parte do luto pelo fim da relação, mas não se esqueça: você está de volta ao mercado, há muito mais por aí a ser explorado. Aproveite!

Não diga: ”Então, conheci uma menina...”
Diga: ”Eu vou bem, obrigado
A regra é clara: o que vale para ela não vale para você. Não é porque ela terminou com você que não vai ficar com ciúme. Ela vai ficar brava e, pior, vai continuar não te querendo. E não adianta achar que contar seus casos fará com que ela se abra sobre os dela. Se a moça for esperta, não cairá nessa.

30 outubro, 2007

Pois é, cuidado comigo!




E agora? O senhor vai dormir, sr. 06?
Juju, Juju...

Juju é uma menina linda
Linda e cheia de encucações

Faz parte, fazer o que...

Juju é cheia de si
segura, gostosa
Juju é assim, uma mulher poderosa

Juju é uma menina mimada e chata
que só quer saber de carinho

tô carente hj...

29 outubro, 2007

quero postaaaaaar!
cadê meus posts?

19 outubro, 2007

Ensaio sobre o ócio

Ou melhor, relatório de uma sexta-feira de fechamento


17h15
Quando não se tem o que fazer, especialmente numa sexta-feira de fechamento master numa revista semanal de grande circulação nacional, chega-se à conclusão que o ócio é aquele momento que precede a loucura.

Daqui a duas horas, no máximo, meu tempo estará tão tomado e minha cabeça trabalhará a uma velocidade de raciocínio tão intensa que, mesmo estando totalmente desocupada no momento, já fico cansada. Serão mais de quinze textos de diferentes assuntos que terei de dar atenção incondicional e imediata, sendo que por trás de cada texto são cerca de três pessoas esperando que eu faça o meu trabalho no menor espaço de tempo possível para que cada um possa ir para suas respectivas happy hours.

Sim, sexta-feira é para mim um dia infernal. Eu não páro desde às duas da tarde, não tenho tempo para jantar, não consigo nem mesmo dizer pro gatinho "oi, to bem, você tá legal?" que já tem cinco textos na minha mesa pedindo por favor pra serem checados. Isso é o normal. Mas há o período, assim, no meio da história toda, em que não há p...... nenhuma na minha mesa, mas o clima (primeira interrupção pra fazer um texto) é de espera constante pela loucura.17h35
(eu ia recomeçar a escrever aqui, mas chegou outro texto, 17h54)

18h18

Como eu ia dizendo, esse pseudo-ócio que nos assombra na redação é algo que incomoda. Não dá pra usar esse tempo e fazer algo de mais útil, como uma matéria, ou mesmo um texto pro blog, de tanto que se é interrompida. O que resta é apenas jogar algum passatempo online, ler as notícias do dia ou falar com os amigos, coisa que hoje nem dá...

Pra piorar, eu não tive tempo de pegar nada pra comer (mais um texto... 18h22)

(outro às 18h45)

(19h08, mais uma...)

(19h24 meu computador trava pela quinta vez hoje, lá vou eu reiniciar...)

(19h45 eu peço um sanduíche e um chá gelado pra ver se acordo...)



20h37 NÃO DÁ, NÃO DÁ, NÃO DÁ PRA FALAR!

...

...

21h43: Ainda falta uma....

(21h50, reinicio a máquina pela sexta vez...)

...


22h07: ACABOOOOOU!
ufa... balada!

10 outubro, 2007

Uma dica a quem não tem mais o que fazer...

Aproveite os serviços novos do seu celular...

Operadora de celular passa trotes por R$ 0,95

DIÓGENES MUNIZ
Editor de Informática da Folha Online

A Claro lançou neste mês um novo serviço: o trote. Basta mandar um torpedo para a operadora, ao custo de R$ 0,95, e informar o alvo. A vítima pode ser de telefone móvel ou fixo.
São 25 opções de trotes, cada uma com seu personagem. "Gringo, Gay, Surdo, Argentino, Bíblia e Mecânico" são alguns deles. As pilhérias são todas gravadas. Abusa-se dos estereótipos.
No perfil intitulado "Gay", por exemplo, um homem forçando sotaque nordestino diz: "Desde que eu te vi na academia puxando uns ferros, perdi o ar. Só de pensar fico toda molhada... de suor." Questionada pela Folha Online sobre o caráter politicamente incorreto da brincadeira, a operadora ainda não se pronunciou.
O novo serviço já está sendo oferecido para os usuários da Claro, mas não foi anunciado para a imprensa até agora. "O 'Claro Me Liga' é uma maneira divertida de sair de uma roubada ou de colocar os seus amigos em uma", anuncia a empresa, em seu site.
Originalmente, o "Claro Me Liga" era um serviço para os usuários fingirem receber ligações. Segundo a operadora, o serviço que simulava uma conversa teve 208 mil acessos em cinco meses.


Bom, só pra entender, a gente paga pra empresa passar um trote eletrônico em algum amigo?? E por acaso a gente pode ouvir o amigo caindo no trote? E porque raios a gente mesmo não passa trote, já que a gente é trouxa o suficiente pra pensar em fazer isso com alguém?

Essa entrou nos top 3 das coisas mais inúteis que eu já vi...


Update

Tentaram tucanar o trote, dizendo que era só uma "brincadeira bem-humorada", mas o serviço continua lá...

04 outubro, 2007

Slow down, you crazy child

Passou a festa, que foi simplesmente maravilhosa.
Agora vê se acalma, relaxa um pouco, durma mais, descanse.

Agora volte a assistir TV sem compromisso, ver filmes repetidos, comer café da manhã, almoço e jantar. Volte a passar um dia inteiro só com seus gatos, ouvindo Dave Matthews, com preguiça de sair.

Pegue a bike, encha o pneu e saia pedalando pelo Ibirapuera. Caminhe pelas ruas ouvindo música, dê prioridade pra você. Vá ao cinema sozinha, veja exposições, compre uma blusinha barata, igual às outras todas que já estão no armário.

É... acho que eu consigo.

You can afford to lose a day or two

28 setembro, 2007

Inferno astral - ou como fazer aniversário e organizar uma festa na sua semana de TPM

Ainda não fiz trinta anos. Ainda não foi dessa vez. Este é o último aniversário dos "inte". Ano que vem já entro pra turma dos "inta", aí é outra história. Mas isso eu penso no ano que vem, porque agora eu estou no tal inferno astral do aniversário. E pra mim, pelo menos, essa é uma fase um tanto conturbada. Faço aquela reflexão básica sobre a minha vida e meus planos futuros, vejo se atingi os meus objetivos até o momento e o que faltou.

Mas esse ano eu resolvi fazer festa. Foi meio do nada, empurrada pela idéia de que nos anos 90, auge da minha adolescência, eu era a anfitriã número um do bairro. Dava festas direto, promovia festas dos outros. A coisa tomou uma dimensão tal que o rapaz que alugava a iluminação pra mim começou a se dar bem no negócio e em julho passado descobri que toda a iluminação da Tribe* foi feita por ele! Eu devia ter pedido uma porcentagem de sócia.
*Tribe: festa Rave que acontece algumas vezes por ano. Em julho, foram 18 000 pessoas. 18 001, contando comigo!

Pois é, mas a gente cresceu e mudou. E agora, beirando os trinta, nossos amigos não fazem mais festas, agora vai todo mundo pro bar, porque afinal ninguém quer ficar pagando balada pra todo mundo. Aí, chega no bar, vão 10, 20 amigos e a gente acha bom, tá bombando! Mas já pensou se eu fecho um local, faço uma festa e vão... vinte pessoas? Meu santinho! Bateu aquele pânico de que pode não ir ninguém na festa!!!! E nessa idade o que mais tem é gente casando, um terço da minha lista não vai porque tem casamento!

Então, imagina só, eu resolvo fazer uma festa de aniversário, o que obviamente a coloca na minha exata semana de inferno astral, e junto com isso eu me descubro estar também na minha semana TPM... Sim, pessoas, eu estou um ser completamente insuportável essa semana. Uma criatura beirando a neurose completa, a total insanidade.

Foram duas semanas inteiras convidando, comprando comidinhas, contratei Dj, reservei o local, e reconfirma o Dj, e reconvida as pessoas, e ainda tendo que trabalhar, passear, fazer sexo... acabei deixando pra dormir só semana que vem mesmo. E a festa ainda nem começou!

17 setembro, 2007

Hey, dark eyes...

Eu quero te ter
Não me venha falar de medo
Não de me diga não
Olhos negros, olhos negros

Eu quero ver você
Ser o seu maior brinquedo
Te satisfazer
Olhos negros, olhos negros

I want you...

05 setembro, 2007

Primeiro dia no trabalho novo

Primeiras vezes são sempre boas.

Mentira, né? Odiei a primeira vez que eu tive que pagar pro imposto de renda. Como assim? Eu ralo o ano inteiro pros cara me tirarem 27, 5% de tudo o que eu consegui? Assim a gente não consegue crescer mesmo.

Trabalho novo também não é lá a melhor das experiências. É legal mudar, chegar num lugar novo, pessoas novas... parece que mudou o ano também. Mas é bom prestar atenção nos detalhes, eles podem fazer a diferença nas horas cruciais do dia-a-dia.

O decote
Meninas voluptuosas como eu costumam ganhar apelidinhos no primeiro dia. "Viu a menina nova?" "Aquela peituda? Sei!" Pois é, eu já cheguei de blusinha de freira pra estrear no escritório, na esperança de não olharem mais pra eles do que pros meus olhos cor de jabuticaba. mas como não funcionou, eu também já radicalizei e assumi o apelido, caprichando no sutiã. Vai depender muito de ONDE você vai trabalhar...

O café
Descubra logo onde fica o café. É lá que as coisas realmente acontecem. Ali que são decididos os assuntos mais importantes do dia. E também será ali que você vai descobrir quem é cada um. As fofocas podem esperar a semana acabar. Não tente saber de tudo logo de cara. É como um namoro: se você já descobre os podres logo de cara, a relação já nem vai pra frente.

O primeiro amigo
As estatísticas inventadas não mentem: em 89% da vezes em que você é o novato do escritório, o primeiro amigo, aquele que puxa papo e te convida para um café no primeiro dia, é o mala. Fuja desse aí o quanto puder. Seja simpático e invente um telefonema, mas fuja do mala de toda forma se não quiser acabar indo com ele - sozinho - para o happy hour da sexta-feira.

Toca telefone, toca toca telefone!
No primeiro dia, mais que nos outros, os detalhes fazem toda a diferença. Se no meio das apresentações o seu telefone começar a gritar "Tem um pooobre ligaaando pra mim" isso pode virar o seu bordão - e pelas costas, o que é o pior. Desligue o aparelhinho um pouco.

Sua mesa
Tá bom, disseram que a mesa é sua. Olha, eu se fosse você não acreditava não... deixa ela meio impessoal por uma semana, pelo menos. Vai que a Cida aí do seu lado era muito ligada na antiga moradora da mesa, aí ela te vê colocando a foto do seu cachorro doberman dominador garanhão onde ela costumava ver a família quatrocentona da amiga, vai te jogar um mau olhado....

O chefe
Esse aí já te ama! Chegou o novo filho, carne nova! Ele que te escolheu, que beleza! Amigo, repara na ciumeira que você tá dando na galera em volta e seja discreto. Não é bom negócio chegar e ser taxado de pau mandado logo no primeiro dia. De novo, vai acabar sozinho com o mala num happy hour da Vila Olímpia cheio de mauricinhos e chopp mal tirado - e caro.

Enfim, detalhes. Boa sorte no novo trampo! Watch your back...

04 setembro, 2007

Concerto de jazz

Mas isso aí parece um tango, que louco! Adorei começar com um tango... mas deveria ser Mahler, fazer o que, essa é a proposta. Hum... tá. Pra variar tem um cabeçudo na minha frente, que saco, sempre assim. Eita! o cara toca meio nervoso, daí muda de idéia... que será que eu vou jantar hoje? Nem tô com fome. A gente às vezes janta por hábito, mas também eu sei que se não comer vou ficar com fome de madrugada... Humm, vontade de beijar o gatinho... Mas que- Que cheiro horrível! Deveria ser proibido usar perfume docinho em sala de concerto! Po, o piano é foda! Tem um espelho, dá pra gente ver o pianista em ação por dentro, que piração isso. Esse povo não sabe que só se aplaude no final... o pianista tá até irritado. E o Sérgio se diverte, heheh! Acho que ele tá gostando! Eu tô... pianista "massa"! Macarrão bolonhesa, boa! Nem f... de noite ainda, nem a pau.

Intervalo

Sérgio, quem é esse mala falando? "Ah, sei lá" Enfim, volta, pianista. Agora é Mozart time. Hum... será que ele é gay? Heheh, parece "mei gay" esse pianista. Bah, é nada, e o cara toca, hein... Ai, amanhã tem almoço com o Obi-Wan Kenobi! Adoro ele, sempre tem bom papo. E o cara tem uma saudade do Rio de Janeiro... nunca vi paulista que tem tanta saudade do Rio! Pô, me mudo da casa da mamãe em um mês, podia dar uma festa... Opa! Essa eu conheço, heheh! Curti a nova versão, ainda tá no Mozart. Quando ele começa Verdi? Sérgio não sabe, nunca que começa... Ai, não vou dormir muito essa noite, e amanhã tem fechamento, saco, vou ficar com sono. Heheh, adorei esse som! Que bagunça, ele é meio piadeiro, e até já desencanou da galera aplaudindo no meio da história. Tem um mosquito aqui!! Pô, que bizarro, um mosquito na sala de concertos... E ele adora a luz, fica passeando nos holofotes gritando "Tô aqui! Tô aqui!" Será que eu vou viajar no feriado? Eu bem que-...

hãn? ah!

BRAVO!! Muito bom!

Po, Blackbird no final foi demais, adorei!

*humm, champanhe!*

24 agosto, 2007


Trilha sonora
Em 1997, dez anos atrás, eu estava de volta a São Paulo depois de u ano inteiro morando nos Estados Unidos, mais especificamente em Iowa. Pois é, não era Califórnia nem Nova York, nem mesmo Flórida, era Iowa. Mas tudo bem, eu pude viver uma vida beeem americana mesmo. Todos aqueles clichês que a gente vê em filme de adolescente, as cheerleaders bonitinhas, os meninos disputados do time de futebol - americano, claro - os nerds, punks, geeks e até o emos, que nem tinham uma classificação ainda.

Foi um ano da minha vida muito intenso, é claro. Tudo era novo, diferente, esquisito. A mais esquisita era eu, sem dúvida. Morena, com um sotaque estranho, convivendo com aquela galera brancona e desengonçada. Tinha muita gente legal demais, tinham alguns que prefiro ignorar. Entrei em tudo quanto era grupo que podia: natação, basquete, teatro, coral... eu estava em todas. Ganhei amigos memoráveis, que acabei perdendo contato, ams retomei alguns esse ano pelo MySpace, muito bom!

Esse clima de "ano sabático" que eu tive por lá sempre me volta à cabeça quando escuto Dave Matthews Band, que conheci lá. Virou uma das minhas bandas preferidas, adoro tudo que os caras fazem. Ouvir Dave Matthews é quase uma terapia de regressão aos 18 anos. Me lembra a primeira vez que eu fiquei bêbada (em Oklahoma, na virada do ano 96/97), me lembra as viagens com o coral e o teatro para Nova York e Nebraska, também me faz pensar na semana que passei no México com a turminha de 17 meninas da "nata" do colégio.

Fiquei na casa de uma das meninas mais populares da escola. Ela era uma cantora excepcional, nos demos muito bem. Domingo é aniversário dela. Engraçado é que mesmo tendo acesso, digamos, irrestrito à turma de populares, eu simplesmente não me encaixava, não me sentia bem com eles. ali eu descobri que não havia só aquela exclusão por parte dos superpops: a gente que não se encaixa também não dá abertura.

Me encontrei quando achei a turma do teatro. Sempre adorei isso, apesar de ser uma péssima atriz. Adoro o clima de paz e amor que reina nesses lugares. Todo mundo se aceitava do jeito que era, mesmo tendo lá suas diferenças. Claro que nem tudo era confete, tinha uma certa disputazinha de poder - afinal, estamos no EUA. Lá eu encontrei também uma turma de 15 melhores amigas. isso mesmo, quinze. E eram amissícimas mesmo. Claro que eram consideradas as geeks, super inteligentes e tal. Eu me encontrei nessa turma também, precisava de cabeças pensantes em vez daquelas cheerleaders que gritavam e pulavam sem parar.

Saudades dos States. Dos amigos de lá, da turma das meninas, do teatro. Vou ouvir Crash, do Dave Matthews, inteirinho hoje

Crash into me
You've got your ball, you've got your chain
tied to me tight tie me up again
who's got their clawsin you my friend
Into your heart I'll beat again
Sweet like candy to my soul
Sweet you rock and sweet you roll
Lost for you I'm so lost for you
You come crash into me
And I come into you I come into you... In a boys dream, In a boys dream
Touch your lips just so I know In your eyes, love, it glows so
I'm bare boned and crazy for you
When you come crash into me, baby
And I come into you... In a boys dream, In a boys dream
If I've gone overboard
Then I'm begging you to forgive me in my haste
When I'm holding you so, girl, close to me
Oh and you come crash into me, baby
And I come into you
Hike up your skirt a little more and show the world to me
Hike up your skirt a little more and show your world to me
In a boys dream.. In a boys dream
Oh I watch you there through the window
And I stare at you wear nothing but you wear it so well
tied up and twisted the way I'd like to be
For you, for me, come crash into me, baby

16 agosto, 2007

Meu desejo se confunde com a vontade de... nem sei

Ando tão à flor da pele
que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto, sem rumo, sem vela,
Cavalo sem sela
Um bicho solto, um cão sem dono, um menino, um bandido
Às vezes me preservo noutras suicido

Oh sim eu estou tão cansada
Mas não pra dizer
Que não acredito mais em você...

Um barco sem porto, sem rumo, sem vela,
Cavalo sem sela
Um bicho solto, um cão sem dono, um menino, um bandido
Às vezes me preservo noutras suicido

05 agosto, 2007

Eu, em meu momento Charlie's Angels

Sempre disse pra todo mundo que não dava pra mexer no meu cabelo lisão. Ele é assim, liso. E não adianta fazer nada que ele continua liso...


Dá sim. ôôô se dá...
Depois é só lavar que Farrah Fawcett volta para os anos 70

03 agosto, 2007

Singelas homenagens

Reparei no nome de algumas das principais rodovias de São Paulo que são bem interessantes. Bandeirantes, por exemplo, é uma das principais rodovias. Raposo Tavares, Anhangüera, Fernão Dias... percebi que são todos nomes de bandeirantes. Faz algum sentido, se pensarmos que eles foram os desbravadores do interior, eles foram os que se aventuraram pela selva, abriram as primeiras trilhas que deram origem às atuais rotas.

Esses foram também os primeiros estupradores de índias genuinamente brasileiros (mesmo que algum fosse português, sei lá). Foram os primeiros saqueadores do ouro mineiro e grandes entusiastas da escravização indígena.

Enfim, pessoas dignas de serem homenageadas com nomes de estradas importantes e serem lembrados toda vez que vamos visitar algum parente no interior.

É mais ou menos como se o Bandido da Luz Vermelha virasse nome de praça. Então me vieram aqui alguns personagens do nosso tempo que não podem deixar de ter seu nominho de rua, parque, cidade ou outra coisa.

Parque Maníaco Francisco de Assis Pereira
O nome "Parque do Estado" não diz muita coisa sobre o lugar. Deveríamos colocar um nome que realmente traga à tona alguma história memorável. Nada melhor do que homenagear o motoboy que foi tão explorado pela mídia em 1998. O título de maníaco é indispensável, afinal todo mundo tem um título: desembargador, presidente, doutor. O dele é esse.

Teatro Chico Picadinho
Este agradável personagem retalhou uma bailarina na década de 60. Devia ganhar um teatro!

Centro recreativo Eugênio Chipkevitch
O pediatra pedófilo pego com fitas de vídeo onde ele aparecia abusando dos pacientes também não ficaria de fora.

Avenida Caveirão
Continuando a tradicional homenagem aos desbravadores.podíamos mudar o nome da avenida principal do complexo do Alemão para Caveirão, aquele carro forte que os policiais usam pra entrar no território dos traficantes. Afinal de contas, o Caveirão já teve que passar por cima de barreiras de concreto e pneus queimados, um verdadeiro desbravador.


POLÍTICOS: UM CAPÍTULO À PARTE

Aqui não existe mesmo nenhum santo, mas confesso que sempre me assombro com as homenagens políticas.

Centro Cultural Ernesto Geisel
O Espaço Pinacoteca, antigo DOPS, deveria homenagear aquele que foi o grande responsável pela fama do prédio nos tempos da ditadura.

Eclusa Luiz Carlos Mendonça de Barros
Só uma sugestão para o nome da eclusa na usina de Porto Primavera, rebatizada recentemente de Sérgio Motta. E já que é tudo tucano, bota lá.

Avenida Antonio Carlos Magalhães
Peraí, mas essa já existe! E verdade, na Bahia ninguém espera morrer pra prestar homenagens. Isso me faz ter certeza de que daqui a alguns anos teremos "Rua Jader Barbalho", "Aeroporto Marta Suplicy" (sábia sugestão, Leandro), "Viaduto José Dirceu".

Minhocão Paulo Maluf
Ah, esse é um clássico, precisa botar o nome do homem lá. Até pra acompanhar outras obras que misteriosamente aparecem com nomes como "Complexo Viário Maria Maluf" ou "Avenida Salim Farah Maluf". Não esquecer também do "Fura-fila Celso Pitta"

Banco Carequinha
A iniciativa privada poderia também colaborar com o nosso refresco de memória, botando o apelido mais famoso de Marcos Valério, o lobista-mor do mensalão, como nome de banco. Soa até bonitinho.

01 agosto, 2007

Caminhadas

Adoro sair andando pela cidade, de preferência por algum caminho novo. Quando eu era obrigada a fazer isso (por causa de uma dieta), buscava sempre pegar umas descidas, pra não parecer que fazia assim tanto esforço. Uma bobagem. Hoje eu vi uma subida e quase saí correndo por ela, queria subir bem rápido, queria suar. Se eu tivesse uns dez anos a menos acho que faria Parkour.

Hoje eu conheci o que é afinal a Vila Nova Conceição. Porque dali da avenida Santo Amaro não dá pra ter a menor noção daquele pedaço da cidade. Por quê todo mundo que tem grana muda pra lá? E os Jardins? E o Morumbi? Descobri que a Vila Nova Conceição virou um bairro cheio de prédios enormes, chiques e modernos, coisa que os Jardins já não têm mais. Fora que a Vila fica perto do restante da civilização, pertinho da Berrini, o centro empresarial chique da cidade, além de ter tudo por perto: supermercados, padarias, etc. Bem diferente do Morumbi, onde tudo é longe.

Andar pela cidade é uma experiência muito legal. É diferente de andar no parque, onde tá todo mundo passeando e há um silêncio específico do lugar. Na rua você convive com o movimento dos carros, os olhares das pessoas. No começo eu me sentia meio estranha, como se todos me olhassem porque havia algo de errado, mas eu não via o que poderia ser. Agora já não penso assim, acho que me olham porque eu estou bonita.

Ai, será? rs

27 julho, 2007

Mas isso é loucura...

A pista de Congonhas tem 1940 metros. São dois quilômetros, sem respiro, pro piloto parar um avião de 62 toneladas a 250 km/h. SEM RESPIRO. Depois disso ele encontra a galera da Washington Luís e da Bandeirantes.

A pista do Galeão, no Rio, tem quatro quilômetros. O dobro de Congonhas. COM RESPIRO.
Eu tô impressionada que esse foi o primeiro acidente sério na pista de Congonhas, depois de tantas derrapadas, quase-caídas, além de um reverso aberto no meio do vôo em 96.
Agora, o aeroporto tá lá, igualzinho antes. Pista igual, mas o número de aviões caiu 70%.

Ninguém mais em seu estado mental normal voa por Congonhas. E eu voei Congonhas-Santos Dumont (outro aeroporto que não dá pra confiar). É loucura!

Agora, depois do acidente, parece tão óbvio que aquele aeroporto não tinha que estar ali. Todas as vezes em que eu estava em Moema e via os aviões voando 30 metros acima da minha cabeça. Dava a impressão que algum dia um deles ia entrar de bico no shopping Ibirapuera.

Agora, atravessar a Marginal Tietê às seis da tarde, com três horas de trânsito, pra ir até Guarulhos pegar um avião ficou até divertido....

25 julho, 2007

Bloqueios e auto-sabotagens

-A deadline é hoje, amiga. HOJE. São dez e meia da noite, escreve logo essa m....

- Tá, você já apurou, já falou com a galera, já sabe tudo do assunto, já... porra, sai do blog e vai escrever essa matéria!!!!!

- Outra deadline: terça que vem. Não! Segunda. Acredita que é segunda, amiga, aí pelo menos você dá uma respirada na segunda à noite, quando você resolver que tá mesmo na hora de escrever o texto todo.

- Já mandou a pauta? Já elaborou? Já sabe onde você vai achar? Já viu se... enfim, essa pauta é nova, pensa na outra, que tá aqui na sua frente! O papel em branco! Escreveeeeeee...

***escreve por favor e acaba com a minha agonia...***

Obrigada a todos por participarem da minha sessão terapêutica. Muito grata.

19 julho, 2007


Livro de receitas




Sanduíche


Pegue uma banana

corte-a longitudinalmente

Pegue uma fatia de mussarela ou outro queijo de sua preferência

coloque-a entre as duas metades da banana

Coma


......


Sopa


Pegue uma sopa

Pegue uma banana

corte a banana em rodelas

jogue-as dentro da sopa

Coma


.......


Ovo com arroz


Coloque três colheres de arroz no prato

Faça um ovo mexido, de preferência com um pouco de queijo

Corte uma banana em rodelas

jogue-as no prato

Coma


.......


Sobremesa


Banana com:


- Leite condensado

- Canela e queijo, cozida

- Sorvete

- Só banana, de preferência maçã

15 julho, 2007

Mundos paralelos

Vermelhos são legais

E eu fui de azul, mas os vermelhos eram muito mais legais.

Não entendi a mania de chapéu de turista...

28 junho, 2007

É logo ali

Carol: Juju, se prepara! Tô indo aí na próxima terça!
Juju: Terça??? Tipo, Terça daqui quatro dias?
Carol: Isso! Fico até domingo!
Juju: Beleza! E depois??
Carol: Ué, depois volto pra Nova York! Pro batente!

...


Juju: E aí? Você tem planos pra viajar, né?
Van: Pois é... pra Ohio
Juju: E quando pretende ir? Logo?
Van: Na quinta

...

Juju: Lili, querida! Tô aqui do lado do seu escritório. Quer almoçar?
Lili: Ai, Juju, nem vai dar...
Juju: Ah, pena... tem reunião?
Lili: Não, não... eu tô em Paris
Juju: PARIS?!?!??
Lili: É, eu e o marido resolvemos passar o aniversário dele aqui

...

Alejo: Quando você vem me visitar?
Juju: Assim que der tempo, dinheiro...
Alejo: No próximo final de semana?
Juju: Ah, sim, claro! Bogotá é logo ali!

...

Thomaz: Juju, amanhã to saindo da redação, acabou meu estágio.
Juju: E aí, vai fazer pra onde? Globo? Folha?
Thomaz: Vou pra Finlândia, ganhei uma viagem
Juju: !!!!! Que legal! Mas não tá indo, tipo, sábado, né? Tá todo mundo saindo assim, de susto!
Thomaz: Não, não! Vou daqui um mês, só... Antes vou dar um pulinho na Bahia
Juju: dst#&*hyf#$@%¨df$%$%¨fgfht¨&*!!!!!!!


Aaaaah! Vão todos vocês praquele lugar!

27 junho, 2007

O carro da besta

Caríssimos, eu não podia deixar de compartilhar momento tão sublime da quilometragem do carro com vocês.

Apreciem a numerária

19 junho, 2007

Avatares em polvorosa

Não entendo nada de Second Life - ainda. Mas morri de rir do caso da festa virtual da Globo, da qual alguns participantes foram expulsos por dançarem a dança do siri, do Pânico na TV!.

O que não há de bizarro nessa notícia? Era uma festa, mas não era. Tinha pessoas, mas não tinha. Eles foram expulsos, mas não foram! Chegamos a esse cúmulo: viver uma vida totalmente independente em uma dimensão virtual. Que loucura! Quem conhece Second Life, por favor me explique: o povo lá trabalha, compra coisas, namora, casa e tem filhos? Ou só faz isso quem quer?

Mas o mais legal é ver que grandes corporações, como a Globo, já entraram na onda. Eles fizeram uma festa de abertura virtual! E a festa lotou! Poxa, é no mínimo algo hilário, heheh! Enfim, pelo jeito isso é só o comecinho de uma vida paralela.

06 junho, 2007

A família careta de Lya Luft

"Perdoem-me os pais que se queixam de que os filhos são um fardo, de que faltam tempo, dinheiro, paciência e entendimento do que se passa - receio que o fardo, o obstáculo e o estorvo a um crescimento saudável dos filhos sejam eles"

Não há nada mais deprimente do que uma mãe agredindo seu filho. Outro dia vi uma dessas num posto de gasolina chamando a filha de "estrupício". Eu não consigo aceitar uma coisa dessas. Para quê ter filhos se vai tratá-los assim?

Eu concordo com a Lya Luft na coluna dessa semana na Veja quando ela diz que a família tem que ser careta - e explica o significado que deu a essa palavra. Pra criar uma família é preciso ter e dar disciplina, respeito, atenção e amor. É um equilíbrio sutil, muito difícil, mas é a base para uma família feliz. É claro que a gente sempre tem conflitos, afinal convive na mesma casa, é uma coisa muito intensa, mas exatamente por isso é preciso trabalhar muito para manter uma família feliz.

A frase acima diz muito sobre a atual visão que se tem de filhos: um gasto, um fardo, uma despesa. São coisas que não se pode ignorar. Se não há dinheiro, por favor não insista: seu filho vai mesmo se tornar um problema. De resto, é preciso ter muita vontade de se doar para ele, de dedicar 80% do seu tempo a ele. Se não for assim, com muita vontade, planejamento e controle nos gastos, não vale a pena pôr mais alguém no mundo.

Pra quem não me conhece, explico que não quero ter filhos. Não me sinto preparada, não tenho o dinheiro, o planejamento nem a disposição de dedicar tanto tempo da minha vida a outra pessoa. Acho que o fardo, o obstáculo e o estorvo ao seu crescimento saudável seria eu mesma, por isso escolho não ser nada disso. Em 30 anos essa opinião não mudou, então por enquanto continuo assim.

30 maio, 2007

My Generation, baby!

29 maio, 2007

Coisas inesquecíveis que fazemos na vida

- Falar com uma celebridade e no meio do papo perceber como você só está falando bobagens, e sair com cara de idiota

- Pegar o metrô às seis da tarde, passar pela Sé, se dirigir à zona leste, descer na estação Bresser, andar quinze minutos pela radial pra chegar à escola de dança

- Chegar na escola de dança e perceber que você levou tudo o que precisava, só faltou a calça. Não, não dá pra dançar de jeans.

- Abrir um bolo de laranja Pulmann

- Comer o bolo inteiro em duas horas, vendo TV numa tarde fria e se sentir culpada

- Lembrar que com 10 anos de idade você passava tardes inteiras na TV vendo filme e comendo potes de leite condensado com Nescau e não tava nem aí. Bons tempos...

- Ir ao cinema assistir Homem-Aranha 3 cheia de dores musculares, exagerar no Dorflex (quatro comprimidos) e ir tomar soro no hospital. Não lembro do final do filme...

- Concordar com o marido que empregada semanal é um luxo muito caro e cortar pra quinzenal. Aí chegar em casa e ver que você é uma pessoa incapaz de deixar suas coisas em ordem...

- Não consigo achar o pen drive pra baixar a foto da bagunça da sala e botar aqui. Vai ficar pra outra hora.

Tem as coisas boas inesquecíveis também

24 maio, 2007

Tributação indecente

São quase cinco meses trabalhando todos os dias só pra pagar impostos. Matéria do UOL mostrou o levantamento feito pelo IBPT. Agora, depois do dia 26, é que a gente começa a trabalhar pra pagar aluguel, telefone, etc. E só DEPOIS disso vamos pensar em comer, pegar ônibus, comprar uma blusa, e só DEPOIS é que a gente pensa em guardar algo pro futuro.

É tão revoltante que não dá nem pra entender como é que, mesmo com tudo isso de imposto, o Brasil aparece com crescimento sustentável. O que deve ter de gente sonegando não tá escrito. E o governo inventa novos impostos todo dia. Emprego formal é um luxo, já que pra contratar alguém o empresário paga quase o mesmo valor ao Fisco. Isso é algo ridículo: microempresários não conseguem se manter dentro da lei. É como se o governo implorasse pra ser passado pra trás.

Se a carga não fosse tão violenta, se restringisse a 15% do rendimento bruto, e se as multas de sonegação fossem mais severas (e aplicadas), acredito que a arrecadação poderia aumentar (sério! dá pra aumentar). E quem sabe, com mais organização, os serviços públicos poderiam efetivamente funcionar e não teríamos que pagar tanto seguro, plano de saúde e tudo o mais.

Me sinto vivendo numa daquelas casas visitadas pela Supenanny, com quatro crianças comandando a baderna, roupas e brinquedos espalhados pra todo lado, ninguém é de ninguém, mamãe não manda nada. Agora, se a babá consegue domar os pirralhos, o que impede o governo de botar ordem na bagunça?

22 maio, 2007

Estréia
Aqui embaixo está a minha matéria que saiu na Veja esta semana. A primeira de muitas, assim eu espero.


Ginástica

A Nike entra na dança
A gigante do material esportivo agora tem seu próprio programa de malhação
Juliana Guarany
Foto: Fabiano Accorsi












Aula da Nike numa academia de São Paulo: diversão e marketing


Os praticantes de aulas coreografadas, grande febre nas academias de ginástica, ganharam um aliado de peso. A empresa de acessórios esportivos Nike acaba de lançar sua primeira aula de dança no Brasil. Criada pelo coreógrafo americano Jamie King, o mesmo que cuida dos requebros de Madonna e Ricky Martin, a dança da Nike chama-se Dancehall e se inspira no raggamuffin (mistura de reggae com rap). Batizada de Nike Rockstar Workout, a aula por enquanto é ministrada em dez filiais de uma academia de São Paulo. Nos próximos meses, chegará a outras cidades brasileiras. As aulas coreografadas se tornaram hoje um grande negócio, tocado sobretudo por empresas multinacionais. Elas se baseiam no pressuposto de que as academias, para atrair e reter alunos, precisam oferecer a eles uma alternativa divertida à chatice dos exercícios convencionais. Pela primeira vez, no entanto, uma empresa do porte da Nike, com faturamento anual de 15 bilhões de dólares, entra nesse ramo. A opção parece lógica: em vez de apenas fornecer produtos aos freqüentadores de academias, a Nike instalou-se nelas para realizar suas ações de marketing. No exterior, a empresa há dois anos oferece aulas de dança em 35 países.
Com sua iniciativa, a Nike copia o modelo da empresa mais bem-sucedida do ramo das aulas coreografadas, a Les Mills, da Nova Zelândia. A Les Mills é especializada em criar e distribuir pelo planeta programas de malhação de diversos tipos, usando desde movimentos de lutas marciais até a ioga. Ela é a responsável pela série de exercícios cujos nomes começam com body (corpo, em inglês) – bodypump, bodystep, bodycombat e assim por diante. A Les Mills atua hoje em setenta países, e, no Brasil, há 2 000 academias que pagam cerca de 900 reais mensais pelo direito de reproduzir suas aulas. Aí reside a diferença entre as estratégias das duas empresas. A Nike nada cobra das academias por suas aulas. Em troca, elas vendem seus produtos nas lojas internas e funcionam como vitrine da marca. Não por acaso, o momento escolhido pela Nike para lançar sua aula de dança no Brasil coincide com o lançamento pela empresa de uma nova linha de roupas e acessórios (veja abaixo algumas das peças).
Além da Les Mills, a venda de programas de malhação conta com outra empresa peso-pesado especializada em quebrar a rotina nas academias: a americana Mad Dogg. Ela comercializa o spinning, método de ciclismo indoor que consiste em pedalar bicicletas que simulam subidas, descidas e curvas. A empresa tem hoje nada menos que 135 000 instrutores no mundo e 30 000 academias que oferecem o spinning. A fim de chamar atenção para a chegada de suas aulas de dança ao Brasil, a Nike promove um concurso, por meio do site YouTube, que vai premiar as melhores dançarinas com viagens para Los Angeles. É mais um incentivo para todo mundo dançar nas academias.

Fotos divulgação


BAILA COMIGO
Os lançamentos da Nike
Corset com tecnologia Dri-Fit, que facilita a eliminação do suor, calça camuflada, com corte folgado, uma alternativa às leggings coladinhas, e a nova versão Q'Vida do tênis Shox, flexível e com solado baixo, para facilitar os passos de dança.










Matérias na Vejinha
Aqui tem link para as outras duas matérias e uma nota que eu fiz para a Vejinha. Não sei se dá pra ver, acho que precisa de senha, dêem uma olhada:

14 maio, 2007

Mamãe tocou no papa

O Coral Lírico cantou para o papa na Sé. Ele entrou pela lateral e viu o coral, ficou parado, olhando pra eles e minha mãe viu. Saiu ela e mais umas três correndo pra cumprimentá-lo. Ela só alcançou a mão dele, porque ele se esticou pra cumprimentá-la.

Ela tem certeza de que ele só queria estender a mão pra ela, mais ninguém.

Os seguranças e policiais em volta não concordaram com essa teoria.

Vovó tem certeza de que foram os bispos (mortos) amigos dela que mandaram um recado através do papa para cumprimentar sua nora, dizendo a ela "estivemos sempre com você". Não duvido de mais nada.

Eu só achei a histórinha boa pra contar pros sobrinhos. Mamãe é a nova Fafá :D

10 maio, 2007

Mofo na moda

Desde ontem, SãoPaulo está com aquele aspecto estranho: todo mundo espirrando devido aos ácaros dos casacos recém-tirados de dentro do armário. O frio chegou de uma vez só ontem e com ele vieram as mais variadas combinações de roupas:

Vestidinho viscolycra com fouseaux preta e sapatinho
Essa parece ser o hit da estação. E por "hit da estação" estende-se: está em todas as vitrines da Rua José Paulino, a menos badalada, mas a mais freqüentada pelas paulistanas. Eu, inclusive.

Adorei as cores berrantes dos vestidinhos, mas estou numa briga louca com a calça por baixo. Fica uma coisa meio neo anos 80. Mas gostei de botar o vestido com calça bailarina e bota. Ficou mais a minha cara. Com um sobretudo jeans ficou "style"!

Trench coat e saias
Um clássico que deve ganhar força. Aliás, clássico é chamado assim por sempre ter força, então nunca sai de moda. Eu adoro trench coats, aqueles casacos compridos parecidos com capas de espiões da Guerra Fria. Não sou muito fã de saia, mas vou tentar usá-las mais.

Tricô
Por aqui, na redação (sempre um bom termômetro), vejo muita gente com malha-da-vovó. Não sei se vai voltar à moda ou se foi o super frio que os fez tirar tudo o que estivesse ao alcance de dentro do armário. Até os homens estão com as malhas quentinhas, mas bem feinhas. Eu tenho a minha versão em verde, ainda não a usei este ano. Em julho passado eu não saía de casa sem ela.

Jeans e moleton
Qualquer roupa fica mais elegante com um sapato clássico, mesmo um moleton com jeans (bom, não conte com isso em roupas de ginástica, mas nem precisava dizer). Tô vendo aqui um exemplar: calça jeans, moleton com capuz e sapatinho de salto preto. Ficou bom! O sapato tirou aquele aspecto desleixado do moleton.

Eu, bom.... eu sou desleixada mesmo e só uso tênis :-)

Modernosas
É legal trabalhar numa editora grande porque a gente vê de tudo: os engravatados executivos, as menininhas descoladas das revistas jovens, os mulherões das revistas femininas... Tem modelo pra tudo por aqui. Vejo que uma certa classe de jornalistas servem de modelo para as modernosas. Tenho visto, como sempre, muito cabelo curto, geométrico, meias-calças pretas escuras com vestidos de malha e casacões, vários cachecóis, mas tudo meio sóbrio.

Ontem eu saí de casa de casaco vermelho. Quis botar bastante cor num dia cinza. Me senti meio solitária: todo mundo estava de cinza, marrom e preto. A estação parece que vai ser meio "dark".

08 maio, 2007

Good Morning

Pô, como assim, pessoal?
Ninguém acordado?

Hora de levantar :-)

04 maio, 2007

Correria

Não que isso tenha mudado alguma vez, mas eu ando numa correria danada. Hoje, plena sexta-feira de fechamento, inventei de escrever um pouco.

Na minha vida profissional eu sempre me imagino numa corrida. Lembro de uma época em que eu não conseguia engrenar no trabalho, cometia muitos erros. Nessas horas, me imaginava patinando na lama, ou tropeçando. É uma boa metáfora, mas o curioso é que eu nunca me imaginei cruzando a linha de chegada. É um pouco desesperador. Parece que chegar é o fim da linha, é acabar, aposentar.

Ao mesmo tempo, também dá pra pensar que cada corrida é um projeto. Aí o fim da linha é entregá-lo. Nesse caso, a gente faz várias corridas na vida e sempre tem uma linha de chegada (e um prêmio!). Mais saudável...

É duro escrever post na sexta! Um textinho desse tamanho e eu levei quase duas horas pra conseguir terminar de tanto que me interrompem.

Tudo bem, com uns tropecinhos eu consegui terminar :-)

01 maio, 2007

Bichos de pelúcia

Eu tinha um urso chamado John. Era meu jeito de homenagear John Lennon. Ele ficava ali na prateleira entre os outros bichos de pelúcia, mas ele era especial, tinha nome de roqueiro. Eu o ganhei do meu namorado na época. Eu tinha 16 anos recém completados. Meio tarde pra brincar com bichinhos.

Até essa idade eu não tive nenhum brinquedo de menina. Tive minha bonecas, ursinho carinhoso verde (boa sorte) de plástico, até tive uma barbie. Mas eu simplesmente não me ligava nessas coisas. No colégio eu queria ser da turma dos meninos. Eu preferia jogar baralho com meus irmãos do que brincar sozinha. Acho que isso tem a ver com o fato de ter tido um irmão e duas irmãs. Além de uma montanha de primos! A casa sempre estava cheia, eu não ficava muito tempo sozinha. Eu tinha uma amiga, filha única, que tinha TODOS os melhores brinquedos lançados na época. A gente tinha uma relação de amor e ódio. Adorávamos jogar juntas, nos dávamos bem, mas a gente alimentava uma certa inveja uma da outra: eu, por ela ter todos os brinquedos que quisesse e um quarto só dela; ela, por eu ter irmãos, companhias constantes para brincar.

Depois dos vinte, lembro que eu queria ter a coleção completa de bichinhos da Parmalat. Eu adorava a vaca! Ela era fofa... Na mudança de casa, acabei me desfazendo de todos. E dos bichos mais antigos também. Tive mais alguns, mas eles perderam o sentido.

Então um dia eu casei, montei minha casa com meu marido e me dei conta que eu ainda adoro bichos de pelúcia. Só que agora eles são super hi-tech: andam, pulam, vêm no colo, pedem carinho e dão suas miadas manhosas. Meus gatos são a minha versão adulta dos bichinhos de pelúcia, exceto pelo fato de que eles se vão independente da minha vontade. Perdi um há pouco mais de um ano e ainda não aceitei isso. Ontem minha gatinha resolveu mastigar uma agulha, e me voltou toda aquela agonia de perder outro bicho. Ela ficou bem, depois de eu enfiar a mão na boca dela e arrancar de lá o tal apetrecho. Gato escaldado...

Eles me deixam um pouco preocupada, mas são a alegria da casa. Adoro minhas pelúcias andando por aí.

25 abril, 2007

Fortaleza

Odeio começar textos. Sou travada. Depois que começo a escrever, aí sai tudo com facilidade, mas a primeira linha, o título, é tudo complicado pra mim.

Pronto! já escrevi o primeiro parágrafo! Agora dá pra continuar.

Ser uma pessoa segura dá medo. Em si e nos outros. Às vezes sinto que eu preciso segurar o rojão sozinha, confiar em mim. Mas isso nem sempre acontece. É a insegurança de quem é segura demais de si. Será que eu perdi alguma coisa? Me achei tão boa que deixei passar algo importante? Segurança é confundida com arrogância.

Se eu fosse essa pessoa tão segura, seria mesmo muito chata. Ou talvez mentirosa, do tipo que fala bem de si mesma o tempo todo esperando que um dia acredite nisso de verdade. Conheço esse tipo. Eu sou criativa, esperta, talentosa, mas sou dura na hora de decidir, não acredito muito quando me dizem que eu sou bonita, tenho mais preguiça do que gostaria. Mas sou sincera comigo mesma.

Hoje é um dia como qualquer outro. Eu tinha tarefas a fazer, e as fiz. Não sei que resultado vou ter disso, mas não estou tão preocupada. Eu fiz o que me dispus a fazer e me sinto orgulhosa de mim mesma. É muito bom superar barreiras que um dia nos seguraram.

Não sei não... mas acho que hoje não há nada que me segure. Hoje eu acordei poderosa!

24 abril, 2007

Quero uma realidade paralela

Vou viver num mundo onde tudo o que eu faço sai da hora certa, meus textos fluem com perfeição, minhas palavras são sempre muito bem pensadas e não me causam nenhum tipo de mal estar. Não tenho preguiça de malhar, ganho rios de dinheiro, todo mundo me ama, todo mundo torce por mim, viajo todo ano pra Europa, não perco nenhum episódio de ER, minhas piadas são hilárias e eu não fico histérica se alguém toca só no meu ombro direito.

Mas primeiro... eu preciso terminar essa matéria.

Why can't I just do it and get it over with!?!

22 abril, 2007

To do list

- Vá até uma floricultura, compre uma única rosa colombiana jovem e dê de presente à sua avó

- Tire os papéis da sala. Todos eles, todos os que estão soltos. Se não tiver um bom lugar para guardá-los, jogue tudo no lixo

- Compre um bom sutiã. Aliás, vários. Pelo que vi, bons sutiãs nunca são demais

- Jogue fora os ruins. Vai fazer o que mais com eles?

- Preste atenção ao que acontece à sua volta no trabalho, justamente naquela hora em que geralmente você está em outro mundo, ouvindo música ou lendo alguma bobagem

- Volte na sua sorveteria preferida na infância e peça pela casquinha dupla dos seus sabores prediletos. Minhã irmã, na Brunella, pedia as duas bolas de uva. Ninguém entendia nada

- Quando for ver o seu filme preferido - de novo -, pelo menos faça-o com uma boa companhia

- Vá na aula de Body Combat!!!

- Me chame para a próxima balada :-)
Im-por-tan-te

Só-pra-encher-o-saco-do-meu-amigo-Drex-Maracangalha-que-disse-que-odeia-hífens-entre-as-palavras-.-Beijos-,-Drex!

21 abril, 2007

Melhor?

Cara nova pro blog, com uma foto minha aí do lado. Tá um pouco grande demais...

A merda maior é que perdi todos os comentários.

Mas eu tô voltando, tô voltando...

19 abril, 2007

Que acontece?

Por quê as pessoas insistem em jogar lixo no chão?

Por quê, ó meu Deus, por quê, todos os meus programas favoritos na TV passam bem na hora que eu estou no trabalho, aí só consigo ver a reprise, às 2 da manhã?

Por quê chocolate engorda? (putamerda, POR QUÊ??????)

Por quê, raios, sumiu a fotinho e todos os ícones lindos que o Inverno fez pra mim???

17 abril, 2007



London

Mesmo com tantos "ifs", "howevers" e "are you sures", eu continuo morrendo de vontade de morar por lá.

Ainda não fiz a minha super viagem pela Europa, mas quando fizer, quero que ela termine por ali, assim eu já fico lá de uma vez.

Também gostaria de passar um tempo maior em NY, mas por enquanto o objetivo é Londres.

13 abril, 2007

Não está tão longe assim...

Hoje fiz incrição no MySpace, o Orkut dos americanos. Queria retomar contato com alguns dos meus amigos de lá. Morei nos EUA em 96/97. Encontrei casais da época, hoje casados. Outros morando em estados diferentes (acho bem mais comum por lá mudar de estado/cidade do que por aqui).

Descobri que conheço um cara que está lutando na guerra do Iraque.

Até este instante essa guerra parecia que não acontecia no mesmo planeta em que eu estou. Não só pela total falta de nexo que ela tem, mas pelo Brasil não se envolver de nenhuma forma. E de repente, eu consigo dar nome para um dos soldados...

Agora tudo parece mais próximo. O mundo voltou a ser um lugar só, cheio de loucos inconseqüentes.

11 abril, 2007

Hoje eu acordei, tirei o pijama, fui pra minha cama, e depois dormi...

Bom, hoje eu fiz tudo, menos isso. Tem dia meu que começa ontem, não dormi nem três horas, acumulei duas funções do tipo hardcore e tô na pilha aqui, até sei lá quando. Continuo sem saber se vou dormir nas próximas 72 horas...

...aí eu fui tomar café, tirei o pijama, fui pra minha cama, ieié!

10 abril, 2007

Lá em casa, o povo só fala de política

Meu pai: Agora o PFL inventou se virar Democratas. Que bobagem! E se eu resolver que sou democrata? Não posso ser a favor da democracia, porque eu não sou PFL, de jeito nenhum! Então, eu não sei o que eu sou.

Meu avô: Mas é claro que você sabe o que você é.

Meu pai: Então eu sou o quê?

Meu avô: Você é são-paulino!

09 abril, 2007

Lembrar-se

Hoje meu avô ganhou uma neta. Ele ficou emocionado em me ver. Apresentei meu marido a ele, conversamos sobre os livros que ele já escreveu. Perguntei do passado, do que ele sentia saudade. A resposta foi: "Sabe, este momento aqui, hoje, está ótimo. Eu estou muito feliz". Foi muito bom vê-lo bem.

Esta foi pelo menos a segunda vez que ele me conheceu. Meu marido, então, ele vai conhecer todas as vezes que a gente aparecer por lá. E sempre será assim: uma novidade, uma grande surpresa.

Perda de memória é algo angustiante de ver, mas talvez para ele não seja assim tão ruim. É como dar o primeiro beijo várias vezes. Meu avô ontem mesmo pediu minha avó em casamento. Pois é, eles já casaram três vezes (no dia, nas bodas de prata e nas de ouro) e ele continua se apaixonando por ela todos os dias.

Uma outra tia minha sentou ao nosso lado e eu apresentei a ela o meu marido. Ela disse que ele era forte, me elogiou muito, disse que ele era um cara de sorte. Fiquei na dúvida se desta vez ela tinha mesmo lembrado de mim ou se improvisou. Eles são bons nisso: fazer você acreditar que eles sabem quem é. Mas o importante foi ver a empolgação dela em nos dar conselhos e fazer elogios.

Lembrar-se de tudo é muito bom. Como já disse meu amigo Drex, a memória é hipócrita: só guarda as coisas boas. As memórias ruins fogem dessa regra, mas essas podiam ser arquivadas pra sempre.

Fico triste de ver um homem brilhante e com tanta bagagem, como meu avô, perdendo suas lembranças. Mas fico feliz de poder criar novos momentos bons pra ele a cada dia.

04 abril, 2007

"Na grade"

A grade é a glória!
Isso se a gente está falando de show de rock, claro. Ir a um show de multidão e ficar lá na grade, na boca do palco, é mesmo coisa pra poucos. Poucos e loucos! Tem aqueles fãs enlouquecidos, que passaram a noite toda na fila pra entrar e ficar ali. Os que passaram o dia todo só na cerveja, suados e cheirando mal. Tem os histéricos, que vêm lá de trás atazanando até chegar no palco (mas estes não duram muito ali não). Eu costumava chegar no estádio no meio da tarde, ia parar na metade do caminho e contava o meu progresso até agrade pelos cabeçudos da multidão. Os cabeçudos deviam ser proibidos de ficar na frente! É uma injustiça com os baixinhos.

Hum, deixa eu ver... o primeiro show que eu consigo lembrar de ter ido, destes com multidão, palco ao ar livre e tal, acho que foi um evento no Parque do Carmo. Sei lá do que era o evento, mas era para o público infantil e minha mãe era da organização. Ela me botou no meio de uma criançada com camisetas combinadas e eu subi lá no palco. Nem sei o que eu fui fazer, eu devia ter uns sete anos, mas o primeiro show de multidão que eu fui, eu participei :-)

Mas os mais legais foram, sem dúvida, os Hollywood Rocks dos anos 90. Fui em vários! Fico até pensando que estes festivais não deviam custar nem um terço do preço do ingresso de hoje, porque eu ia sem hesitar, minha mãe bancava sem reclamar e tal. No primeiro festival, meu tio nos levou (ordens da mamãe, mesmo ela sabendo que ele era o tio mais porra-louca que eu tinha, mas pelo menos era tio). O primeiro que eu fui foi logo o melhor de todos, em 1993. Alice in Chains, L7, Nirvana, Red Hot Chilli Peppers, além de brasileiros. Inclusive, foi a única vez em que eu fui com os amigos até o hotel dos caras, no caso o Maksoud Plaza. Vi o Anthony Kiedis de pertinho, dentro do carro (desesperado com a gritaria). No meio dos shows eu me perdi do tio, dos amigos, de todo mundo, porque queria chegar na grade. Fiquei a quatro metros do Kurt Cobain, enlouquecido e quebrando os instrumentos. Deve ter sido o pior show da história do Nirvana. No meio da galera eu encontrei um amigo que nem tinha ido com a gente.

O de 94 foi mais brasileiro. Apesar da Whitney Houston, eu fui lá mesmo pra ver o Jorge Benjor. Tanto que no show da Whitney eu até saí da grade. No dia do Aerosmith também foi muito bom.

Já em 95 o show dos Rolling Stones foi inesquecível. Claro que esse último, de Copacabana, foi muito bom, mas lá atrás eu já tinha visto o Mick Jagger a três metros de mim. E nem era um show tão cheio, foi comparado ao do INXS em 94, que com alguns pulos maiores a gente já chegava logo na 'apoteose'. Em 96 eu devo ter visto The Cure e Black Crowes, mas eu sinceramente não me lembro...

Teve também uns Monsters of Rock, lembro de ter visto o Alice Cooper. Os Free Jazz do final da década também foram ótimos.Fui no Dave Matthews Band em 98, uma das minhas bandas de cabeceira.

Esses eu perdi
Depois de uns anos, eu parei de ir em shows. Acho que foi uma junção de ter crescido um pouco com o fato de agora eu ter que pagar, e não mais a mamma. O que eu perdi e me mato até hoje por isso foi o Rush em 2002. Como eu pude não ir!!!!! Pago penitências todo dia.

Perdi também o Jamiroquai e a Erikah Badu no Free Jazz de 97, mas a procura foi grande demais! Os ingressos se esgotaram no primeiro dia de vendas. Assisti de casa, pulando na sala.

U2 já veio em 98 e este ano... e eu ainda não fui ver.
Chemical Brothers em 99... perdi, perdi...

O Rock in Rio 3 trouxe Dave Matthews de novo. Cheguei a ir ao aeroporto, disposta a encarar a viagem de última hora, mas havia um caos semelhante aos atuais para embarcar.

Agora quero mais
Acho que entrei na fase dos shows "de adultos". Fui ver Roger Waters mês passado no Morumbi, mas a cena era completamente outra: nada daquela multidão de adolescentes insandecidas grudadas na grade, nem os rapazes sem camisa cheirando a cerveja. Tinha 45 mil pessoas lá dentro, sentadas e prontas pra ver um show assim, mais introspectivo. Muita fila, mas nenhum tumulto. A grade até perdeu um pouco da graça, nem fui lá. O show foi muito bom e tranquilo, com direito a porco voador.

O próximo é Jethro Tull!

03 abril, 2007

Rotina?

Eu conheço poucas pessoas que tenham um horário de trabalho mais louco que o meu. Eu acordo, tomo café, vejo TV, saio, às vezes compro uma roupa, vou à academia, almoço fora, faço uma caminhada e até vou ao cinema. Aí eu vou para a redação, tipo 17h. Hoje até atrasei, por conta da super chuva que alagou a zona sul (choveu até no TETO da cozinha...). Eu tenho "fobia" de rotina. Se eu vejo que tô fazendo o mesmo roteiro do outro dia, eu mudo. Pra ir à faculdade eu tinha uns 30 caminhos diferentes. Pra quem pergunta, costumo dizer que eu mudava os caminhos porque achava que estava sendo seguida. Que nada, é fobia de rotina mesmo.

Mas tem certas coisas que a gente não tem opção, viram rotina mesmo. Aquela aula de dança que insiste em acontecer toda segunda-feira, mesmo horário; a costela de porco do restaurante, que me obriga a nunca mudar o meu pedido quando vou até lá; o cinema da sexta-feira...

No fundo, eu adoro a minha rotina: acordar sem olhar para o relógio, passear o dia inteiro e, lá pelo final da tarde, ir pro trabalho. Sair de lá umas 2h da manhã e ainda ver algum seriadinho quando chegar em casa. Agora tenho que entrar na rotina de atualizar o blog todo dia.

Rotina às vezes é legal...

02 abril, 2007

Criei coragem e voltei

Já estava com vontade de ressucitar o blog há muito tempo. Pensei em fazer outro, criar um tema, qualquer coisa assim. Nunca que chegava "o momento" da volta, então resolvi voltar assim mesmo, numa tarde de segunda-feira, depois de não fazer nada o dia todo, com uma certa pressa, porque tenho compromisso daqui a pouco. Assim mesmo, sem nenhum motivo especial nem um super-texto-tô-na-área.

Voltei e pronto.