25 janeiro, 2008

Canções Profanas

Quando eu me dei conta, minha mãe já tinha me botado no meio do coro e eu fazia vocalise com todo mundo na cúpula do teatro municipal. Acabei de voltar pra casa, estava louca pra ver um concerto interessante, quando descubro que hoje, sexta-feira dis 25, eles iriam apresentar Carmina Burana (aquela peça famosa do Carl Orff, que tudo quanto é diretor de cinema já usou).

Mas eu sou daquele seleto time de filhos de cantores, então consegui acompanhar o ensaio, já que a apresentação seria bem mais disputada - de graça, com fila, muita gente... Segundo o Jaime Guimarães, um dos maestros do coral lírico, eu escolhi uma das duas melhores cadeiras do teatro inteiro pra sentar. Ele, óbvio, sentou ao meu lado na outra cadeira boa. "São as únicas retráteis. Antes todas eram, mas fazem muito barulho". Que bom conhecer os segredinhos do teatro.

Porque será que esta peça faz tanto sucesso no mundo atual?
Segundo o Jaime, ela tem ritmo, tem quebras, tem uma dinâmica toda especial. Ela é impactante. Eu ali sentada, com aquele coral enorme na minha frente, uma orquestra, solistas fantásticos... cada nova entrada me arrepiava.

Muito bom, muito. Vai direto pro iPod.

24 janeiro, 2008

De manhã

O dia ainda estava escuro quando ele se livrou das cobertas. A preguiça era a de sempre, já estava acostumado, o que não dava era pra ficar ali esperando ela ir embora. Ouvia alguns passarinhos teimosos, tentando viver nas pobres árvores do centro da cidade. Queria ser um gato agora, daqueles que não levantam nem com parada gay. O banheiro estava tão longe, uns cinco passos de distância. Será que pegou a escova de dentes certa? Sei lá. Não tá na hora de pensar nisso, tá cedo demais. Hum, blusa azul, nem a pau. Pegou uma calça social e a blusa listrada. Homem não tem tanta escolha assim. Ou tem? Claro que tem, né? Mas e essa preguiça aí? Tomou um banho "pra constar". Mas putz... se você se deu ao trabalho de tirar as roupas e entrar no chuveiro, vá até o final, caramba. Que seja. Dá tempo pra um café? Dá nada. Mas ele toma café de qualquer jeito, não quer nem saber. Que me esperem, não vou sair com fome. As fotos ainda estão voltadas pra baixo. E você tinha que me lembrar? Tô aqui, tentando viver a vida normalmente... É, como se isso fosse vida.
Hora de acordar

Diário de viagem: um mês inteiro nos Estados Unidos, sem escrever quase nada. Foi uma viagem impulsiva, cheia de decisões erradas, confusões mentais e momentos também muito legais. Não fui me achar - e não achei. Voltei ainda perdida, mas agora é hora de acordar.

Desliga o despertador, por favor

mais cinco minutinhos...

16 janeiro, 2008

Corre-corre

Agora em Palm Beach, Florida, com brinquedo novo!

06 janeiro, 2008

Causando em NYC!


Hoje eu fui conferir um clube burlesco no East Village. Meninas tirando a roupa, um homem que também não estava ligando muito pro frio e botou o dele pra fora e um outro que tinha certeza que era jesus cristo. Este era o apresentador, prometia "blowjobs" no banheiro a cada intervalo.

Tô empenhada em achar uns lugares escondidos na cidade. Neste clube de hoje não tinha absolutamente nenhum turista. Me senti toda "por dentro" da onda. os shows foram bem regulares. Eu esperava meninas mais bonitas. Teve uma lá que no Brasil não ia nunca subir no palco. E ela ganhou uma grana! Burlesco tem disso, é diferente de uma casa de strip. A coisa não tem que ser exatamente bonita, muitas vezes o legal é ser escrachado, fazer rir.

Depois disso ainda rodei sozinha pelo East Village. Eram duas da manhã e as ruas estavam lotadas, total Vila Madalena. Com uma diferença: deu a minha hora, eu entrei no metrô e vim pra casa. Pô... se o metrô de São Paulo fosse 24 horas a cidade seria outra.

O mais legal foi quando, no meu telefone-rádio, começou a tocar "New York, New York". Eu, no metrô, ao lado de branquelas, gringos, latinos, negros e homeless people dormindo, ouvia Frank Sinatra cantando a plenos pulmões:

"I want to be a part of it
New York, New York"


Yeah, that's the spirit!