30 setembro, 2002

Notícias do front

Segundo minha informante carioca (uma jornalista que ligou agora pra falar de Prêmio caras, juro por Deus), a situação é de guerra civil no Rio. O Comando Vermelho, que domina as favelas que rodeiam a parte nobre da cidade e são lideradas por Fernandinho Beira-mar - O verdadeiro governador - fechou o comércio da zona sul e também escolas. Tudo na base do FUZIL. Sim, ninguém de três oitão, não, era fuzil mesmo.

O ato é pra mostrar que tem lama demais nas areias de Ipanema, e que se alguém mexer com o governador, muita gente vai cair, e em sua maioria, gente que nem da favela é...

Será que a situação lá tá preta? É só um palpite...
Receita para uma família infeliz:
- Pegue um pai, deixe-o desempregado por dois anos ou até ele entrar em depressão
- Pegue uma mãe, faça-a trabalhar feito alucinada para cobrir o marido
- Com duas filhas, deixe-as bem alienadas do assunto
- Pegue o filho e coloque-o num país distante, sozinho e agora triste
- Pegue você, coloque-se num emprego sem a menor estabilidade
- Pegue uma cachorra de 12 anos, só pele e osso, com bico de papagaio

Coloque tudo numa casa com quatro quartos, três salas, uma cozinha grande e três banheiros na seguinte disposição:
- A mãe na sala
- O pai no computador
- Uma irmã num quarto
- Você no outro
- Outra irmã e o irmão fora
Assim ninguém precisa nem se falar

Chegue em casa sempre depois de meia-noite. Acrescente 5 cigarros de maconha para o pai por dia, depressão à vontade. Coloque no seu quarto uma dose considerável de insônia, indo dormir às três e acordando às sete.
Não ligue mais para o que está acontecendo. Quando você perceber, sua família estará mais infeliz do que nunca. É tiro e queda.
Nossa... chega disso!
Já fiz tanta inscrição em programa de trainee que tô ficando vesga... e o pior é que eu sei, eles sabem, a torcida do São Paulo sabe, que nem 1% dessas vagas chamam trainee de jornalismo.

Mas então, onde que eu vou arrajar meu emprego segura, bem-remunerado e fixo? Certo... Quando eu entrei nessa eu sabia que não ia ser bem assim, mas vá lá... a crise tá tão brava que tá difícil assimilar as coisas. Não tenho muito pra onde correr, e esse é o grande problema.

Mas chega, é tarde, eu vou dormir que amanhã eu tenho um departamento inteiro pra cuidar, afinal, eu ainda tô lá, sobrevivendo...

27 setembro, 2002

Quem já ouviu na rádio Eldorado a versão de Caetano Veloso para a "Maracatu Atômico", de Chico Sciense?
Não sou crítica musical, até porque se fosse, nunca estaria aqui, sentada exatamente na cadeira em que estou. Tenho aqui a humilde opinião de ouvinte.

Caetano simplesmente estragou a música. Ele colocou uma versão maluca, com arranjos diferentes, mudou andamento, mudou melodias, manteve a letra, e só. O que se sente ao ouvir o assassinato que se faz de uma música que elevou Chico Sciense ao status de mito é um desgosto, uma tristeza inquietante. A voz mole do baiano dá uma angústia no peito, do tipo que me faz parar tudo que estou fazendo só pra ir até o som e mudar a estação. E olha que, com a cultura preguiçosa em que fui criada, isto é um ato de revolta! Só faço isso em músicas do Legião Urbana, Capital Inicial, Engenheiros do Havaí e agora nessa do Caetano, que não dá pra engolir assim, sem nenhum alucinógeno.
Meu post do Neuronio que não entra lá de jeito nenhum, vamos ver se entra aqui:
Oi, Pessoal!!!!
Tô muito mais feliz hoje. Muito mais leve também. Ontem a baladinha rendeu. DREX FOI LÁ COM A MÁ!!!! Adoro encontrar esses dois, a gente tem sempre o que discutir, muito bom!
Aliás, só eu e ele temos 100% de presença nos encontros. ele conheceu minha irmã loira e meus pais. Meu pai, ele foi tb... mas se comportou bem.
A balada teve três turnos! E o Jazz ficou lá comigo do começo ao fim. Muito legal, adorei minha festinha, despretensiosa e enriquecedora.

Beijinhos a todos e obrigada por todos os parabéns!
Acabou. Eu sempre acho que o dia do nosso aniversário é mais longo que os outros dias. O meu foi, mas acabou.


-Tem cerveja?
- Tem, mas acabou.


O happy hour foi muito muito bom. O Drex foi, e eu sempre fico feliz de encontrar meu maninho. Drex, que mania que a gente tem de abrir o bar!!!! Acho que esse povo paulista anda indo pra balada cada vez mais tarde! Maqs foi bom, quando eu vi, estava num ambiente que eu sempre idealizei: com os amigos, bebendo num bar onde só tinha a gente, sem música alta absurda no ouvido, podendo conversar à vontade. E meu gatinho foi, mas teve que sair correndo. Tudo bem, eu já sei que ele me ama, dessa vez não fiquei pedindo provas de amor. Tô melhorando, não?

Minha chefinha foi, que saudade dela! Agora eu tô aqui, na mesa dela, abandonada. Que estranho isso... não ter chefe não é tão bom assim, porque agora quem te fiscaliza é só você, e isso pode se transformar num problema se você tem prazos, como eu, e é desorganizada, como eu...

26 setembro, 2002

HOJE É MEU ANIVERSÁRIO


Parabéns pra mim! Estão todos convidados para um happy hour no Bom Motivo hoje. O bar fica na rua Inácio Pereira da Rocha esquina da Dep. Lacerda Franco, perto do Blen Blen, na Vila Madalena. Que eu saiba não tem consumação mínima, mas se tiver, é pouquinho tb...


É uma pena que hoje tenha notícias tão ruins. Minha chefe foi embora e eu fui promovida a burro de carga da vez, sem direito a aumento de salário. Isso não é legal, não mesmo... o clima no trampo não está nada bom, muito tenso, mas jájá eu ligo o FODA-SE e mando tudo pro infierno, como faria a minha amiga Dani.


Sou muito encanada com essa história de pomover balada, sempre acho que não vai ninguém. Na última que eu fiz em casa, ninguém foi mesmo... mas eu sou desorganizada demais, fazer o que... nem vi que a minha empregada tava grávida...desligada...


Bom, o Drex disse que vai, então eu já tô feliz. Meu gatinho vai tb, e o Jazz vai... então tá fechado! Vai todo mundo!

25 setembro, 2002

Obrigada pelas pautas, pessoal. Mais pra frente eu ainda vou fazer essa matéria. E mais umas 30 que eu tenho em mente.

Hoje é dia de TV. Vou lá ver a gravação na Record. Lodo básico... mas belê, life is funny.

Ah! Por falar em funny, vou contar uma história aqui, que seria cômica, não fosse tão trágica. A empregada lá de casa teve nenê ontem. Isso mesmo, não entendeu? Eu explico: a bebê nasceu com três quilos, nove meses completos, de parto normal. Ainda não entendeu. Ok, eu digo: ninguém sabia que ela estava grávida! Sério! Ninguém fazia idéia. Nem eu, nem meus pais, nem meu gatinho, nem o porteiro do prédio! Cara, surreal. Ela escondeu de todo mundo, e ninguém reparou na barriga dela!!!! Socorro, no mínimo ela é louca de trabalhar até três horas antes de dar à luz! Putzz... mas parece que tá tudo bem. Ela achou que minha mãe ia mandá-la embora. Meu, minha mãe tem coração, né? Num vai jogá-la na rua assim, pelamordedeus... Aiai, só rindo mesmo, viu...

24 setembro, 2002

Preciso de pautas pra Veja!!! Me ajudem! Preciso de coisas prática sobre QUALQUER coisa. Como escolher o melhor som pro carro, sites de receitas culinárias, recorrer de uma multa, sei lá, qualquer coisa.

HELP!!

23 setembro, 2002

Quem conhece Hilda Hilst?
Ela é ótima. 72 anos. Escreve há quatro décadas e resolveu, de uns 20 anos pra cá, que não faz mais literatura séria. Isso mesmo. Os textos dela são só escrachados, maior zona. Ela reclama que muitos não entendem o que ela escreve e resume "escrevo em português". É, tem gente limitada mesmo, oras...
Quem quiser, confere lá a entrevista na Carta Maior.
tem algo errado aqui...

21 setembro, 2002

Consegui, dei a má notícia da semana na Veja. É só uma notinha minúscula, mas pra mim é uma porta de entrada e tanto!. Eu critico muito a Veja, faço mil ressalvas, mas ainda assim é uma das publicações mais importantes do país. Então, pra mim, estar lá já é muita coisa.

Legal, né? Espero conseguir outras chances dessas por lá, e por outros lugares também. Quem quiser pode conferir na seção Para usar da revista dessa semana. Algo sobre a carambola ser fatal... má notícia mesmo!

20 setembro, 2002

Nossa! O dia passou rápido! Mas ainda não acabou, então vou continuar aqui, na luta, irmãos!

Mas o dia enfeiou de vez hoje, pessoal. O bom é sair, pegar um cinema, qualquer coisa assim... Lançou Sinais hoje e meu gatinho tá louco pra ver. É uma boa opção...
Dá-lhe garganta puxando hoje... sabe aquela propaganda da Denise Fraga, do Doril. É bem babaca, mas eu tô me sentindo assim, pronta pra pegar gripe. Mas acho que isso é da poluição dessa cidade "linda"...

Bom, o dia cinzento não tá colaborando nada com o meu humor. Fora que um caminhoneiro filho da p... me deu uma fechada que eu fiquei umas duas horas gritando pra ele "SEU PODRE!!!". Podre mesmo, é nojento ver esses caminhões desregulados soltando aquela fumaça preta pela cidade. Dá vontade de furar todos os pneus deles. Depois um coitado na minha frente ainda bateu em outro carro, nem fiquei pra olhar...

Assim que a minha pressão parar de cair eu volto...
.

19 setembro, 2002

Criei um e-mail pra mim. Quem quiser pode falar comigo pelo maninha11@terra.com.br

Alguém quer falar comigo? Não?



Ah, Dane-se.
Ai, que lindo!
Falei ontem com meu maninho. Ele mora na Califórnia e eu morro de saudades. Ele disse que entrou aqui pra me dar um oi. Então, lindo, tá vendo ali embaixo um link para o comments? (tá escrito "ninguém me atualizou", "alguém me deu um toque" ou "novidades mil!") entra lá e deixa o seu recado.

Drex! Desse jeito isso aqui pode virar um pseudo-Cartas de Maracangalha! Que lindo.

Saudades de você, mano. Muitas muitas. O melhor da vida pra vc.

18 setembro, 2002

Notícia de hoje no Agora São Paulo:

Na fábrica
A Atração está produzindo um cantor para abalar os corações e o caixa da empresa. Seu nome é Felipe Lorenzo. Ele está colocando botox, mudando a cor do cabelo e sendo fotografado por Chico Audi, entre outros tantos detalhes. É só esperar.

Eu mereço! Eu mereço isso!!!! Vcs vêem com o que que eu tenho que lidar.
Diz aí Sonoe, É O FIMMM!
Falei pra Sonoe que eu ia linkar ela aqui. Pois então! Prometi e cumpri!

Agora quero ver todo mundo lá dando palpite na sua vida!
Bjosss!!!
Bom, já falei muito de quem eu admiro. Só pra mudar de assunto um pouco, vou falar de um jornalista que eu simplesmente abomino. Claro que não é a Sônia Abrão, porque aquilo ali nem jornalista é. Tô falando de jornalista mesmo, diplomado, bem sucedido.


Conhece Álvaro Pereira Júnior? Sim, o cara é mala, pra dizer desmerecer o texto dele, que não é de todo ruim. O problema é que ele é pretensioso demais. Pra quem quiser conhecer, leia a coluna Escuta Aqui, do Folhateen. Desde os meus 16 anos (beem antes de querer ser jornalista) eu já enviava cartas de protesto à sua coluna. Quem me conhece sabe que eu sou chata com música, eu tenho cá minha opinião, trabalho com isso e tal. Respeito muito a opinião dos outros e sempre procuro ver do ponto de vista de cada um. É isso que me irrita no cara. Ele não respeita, faz questão de criticar certas bandas baseado puramente em sua opinão, como se sua palavra fosse suficiente para tornar tudo verdade. É a pretensão de dizer quem presta e quem merece ser jogado direto na lata do lixo.
Drex, querido. O Sérgio Dávila escreve para a Folha e para o UOL. Ele tem uma coluna no uol só sobre Nova York (foi aí que eu me apaixonei, heheh). O endereço é www.uol.com.br/sergiodavila. Na Folha eu já vi texto dele em tudo quanto é lado, por isso que eu adoro! Já li coisa dele em economia, dinheiro, informática, ilustrada (claro, ele tem coluna lá), caderno de TV (tem coluna lá tb, sobre NY). Admiro muito esse cara pelo conhecimento que ele tem. Ele é interessado, antenado. A minha vontade é de ter a vida que ele tem, é o meu ideal de jornalista: muito trabalho e muita diversão também.

17 setembro, 2002

Ontem foi um dia especial, por causa de um momento especial pra mim. Fiz questão de ir até o shopping Higienópolis, comprar o livro do Sérgio Dávila (NY antes e depois do atentado) e apertar a mão dele. Sou fã incondicional desse cara. Ele escreve muito bem, eu gostaria de ser metade do que ele é hoje. Eu falava com ele por e-mail algumas vezes, mas muito sem coragem. Quando fui lá eu vi quem ele era. E ele é normal que nem eu, que nem todo mundo. Coisa de fã, né? Achar que o cara pode ser diferente.

Saí de lá com um autógrafo do meu ídolo completamente ilegível. Ô letrinha de médico, sô! Só minha chefe Sonoe pra decifrar o que tava escrito ali. E ela não levou mais de 30 segundos pra isso... com cérebro é mais caro mesmo!
Coisas que eu odeio:

- Andar a cavalo
- Batata frita
- Camarão
- Pipoca
- Dobradinha, miolo e outros muídos
- Frutos do mar
- Filmes de terror
- Acordar com um tapa na bunda (já fico de mau humor suficiente pro dia todo)
- Claudinho e Buchecha, Kelly Key e lodos em geral
- Sônia Abrão (ô mulher sem caráter...)
- Malufistas (tirando meu tio, que só tem esse defeito, mais nenhum)
- Gente preconceituosa
- Trânsito
- Cinema sábado à tarde
- Artista mala me ligando 8 da manhã pra "desabafar" (é o fim!!!!)

16 setembro, 2002

Depois de um fim de semana descansando no sítio, é ótimo chegar revigorada no trabalho, não?
Não. Cheguei em casa ontem e fiquei conversando com minha mãe até beeem tarde. Ela tava com insônia, acabei que eu também não dormi. Aí chego aqui toda quebrada pra trabalhar, que ótimo. Porque a gente faz isso?

E ainda por cima tô toda dolorida porque resolvi andar a cavalo com meu gatinho... eu odeio cavalos. Nem sei dizer porque. Não gosto de andar, de montar no bicho, de fazer ele me carregar e tal. Hoje é dia, viu...

13 setembro, 2002

ok, o texto aqui é longo, pois eles pediram 4200 caracteres. Mas adorei escrevê-lo. Então coloca aqui para quem quiser ver. Críticas e, principalmente elogios, claro, são muito bem vindos.

O que parecia ser tão difícil, hoje percebo como foi natural. Decidi ser jornalista depois de ter feito uma reportagem. Sim. Eu nem percebi que havia feito uma reportagem. Tinha 16 anos e entrevistei uma moradora de rua para a feira de ciências do colégio. Levei a fita pra casa e editei sozinha, com base nos meus critérios que nem sabia de onde tinha tirado. Por um defeito do aparelho de som, cada corte do depoimento vinha seguido de uma pausa. Este defeito foi importantíssimo na apresentação do projeto, pois senti que era o tempo exato de as pessoas assimilarem a informação, era o momento que elas tinham para se emocionar. Fiquei fascinada pela reação das pessoas, a percepção de cada um sobre o meu trabalho.

Percebo que o jornalismo é esse jogo de emoções, a busca pelo conhecimento do profissional e a sede que este tem em transmitir sua visão de mundo. Ser jornalista é estar muito além do texto que se escreve. Ser jornalista é preocupar-se em apreender o que se busca em cada reportagem e, principalmente, saber conduzir o próprio sentimento para o trabalho, a ponto de permitir que o receptor compartilhe da paixão que se tem em adquirir conhecimento.

Cada depoimento, cada personagem da matéria ganha a força das palavras. O jornalista deve sempre saber como usar as palavras alheias da forma mais fiel possível, pois não há como reproduzir exatamente o que o personagem quer. Ele fala através do jornalista, que precisa colocar sua alma no que escreve. A visão do humano, o olho do jornalista está presente em cada palavra do texto. Mesmo que seja uma notícia corriqueira, a visão de um profissional será sempre diferente de outro, pois sua alma está ali contida.

Minha vivência pessoal também foi decisiva dentro das minhas escolhas na profissão. Minha avó, devo dizer, ficou decepcionada. A razão disso foi a dura vida política de meu avô, que em 1963 era ministro da educação do governo João Goulart. Seu nome é Paulo de Tarso Santos. Em sua carreira política, meu avô sofreu demais nas mãos de jornalistas que buscavam especulações do governo. Foi tachado de comunista e viu palavras alheias colocadas em sua boca. Em 1964 foi obrigado a exilar-se no Chile e lá permanecer por seis anos, junto com outras figuras importantes da história do país, como Fernando Henrique Cardoso e Almino Affonso, até hoje um grande amigo dele. Sinto-me privilegiada por ter crescido num meio político tão ativo como este, poder conviver com uma comunidade preocupada em intervir no futuro do país.

Desta família surgiram outros personagens importantes como meu padrinho Paulo de Tarso da Cunha Santos, publicitário especializado em marketing político. Um dos primeiros a cuidar de campanha no Brasil. E justamente da campanha de Lula em 1989. Mais uma vez me vi em meio a decisões importantes para o país. Vi a criação de um jingle inesquecível até hoje (Lula lá). Tudo isso me fascinou, me fez ter vontade de participar. E minha forma de participação é a divulgação, é poder passar a minha visão de tudo aquilo.

Outra questão importante não só na minha escolha como na formação de toda a minha personalidade é a música. Minha mãe é cantora lírica do Teatro Municipal de São Paulo. Ela é fundadora do Coralusp e foi lá que conheceu meu pai. Crescer rodeada de música é maravilhoso. Minha impressão de infância é que todas as crianças estavam rodeadas de música, mas não era assim. Era um privilégio meu que reconheci mais tarde. Faço coral desde pequena. Participei do Coralusp por dois anos e hoje canto com o maestro Diogo Pacheco, personagem assustador quando eu tinha cinco anos, quem diria. Da cultura eu tiro a poesia presente em meu pai. Cada texto meu vem carregado de sentimento e isso se deve ao fato de conviver diariamente com a música.

A vivência pessoal me enriquece por dentro e por fora, faz parte da alma que coloco nos textos. A arte nos deixa mais acessíveis ao mundo, o que me permite ouvir e compreender cada entrevistado como se fosse o mais importante. Minha preocupação é ser jornalista com personalidade e caráter. Destacar-me daqueles que por ventura não se preocupem com o resultado do que fazem. Para mim, o retorno começa antes mesmo de um texto estar pronto.
Piração essa de ser sexta-feira 13. A gente diz que não liga mas se pega volta e meia pensando nisso. Não vai viajar, se não vai ter acidente, não sai de casa pra não se machucar. Não fica em casa ouvindo os demônios do local se manifestarem.

As vezes me dá um pouco de inveja do meu primo Tato e do meu irmão. Eles têm um certo poder mediúnico, é como uma porta aberta para o sobrenatural. Eles ouvem vozes, passos de gente que não está mais aqui. Minha mãe disse que também ouvia quando era pequena.

Me lembro de quando eu dormia no mesmo quarto que meu irmão e de noite ele começava a ouvir barulhos estranhos e vozes. Ele gritava de medo, me chacoalhava e não tinha santo que me deixasse acordar. Penso como ele sofreu, eu queria ter acordado só para poder abraçá-lo e passar um pouco do medo. Acho que hoje sou mais corajosa que antes. Sempre fui meio valentona.

12 setembro, 2002

"Eu sempre fui muito cuidadosa com as decisões... uma delas foi a de não ser igual a todo mundo. bem que tentaram me enquadrar, mas essa decisão irreversível eu tomei muito cedo. e levei a sério.

desde sempre eu optei por andar na turma dos meninos, que eram bem mais divertidos que as meninas da minha época. com eles eu aprendi um pouco da prática masculina. e resolvi aplicar, mas só o que eu dou conta, porque eu sou mulherzinha mesmo. e fiquei namoradeira, porque aprendi com eles que prazer não é pecado."

Quem me conhece de verdade sabe que eu sou assim mesmo. Tudo isso aí cabe a mim perfeitamente. Mas não fui eu quem escreveu isso. Foi a Naty, minha amiga linda de net. Sim, Naty, eu sou igualzinha, passei por essas situações também. Impressionante isso. Te adoro, amiga.

SOMOS MULHERZINHAS QUE NEM A !!!!
Dentro da dinâmica do mundo a gente encontra seres que não vivem no nosso tempo. Não digo no termo da época, mas sim na questão do tempo horário mesmo. Na verdade o tempo é tão relativo que para ninguém ele é visto do mesmo jeito. E para a mesma pessoa ele pode passar voando, ou simplesmente parar.

Acho isso muito interessante. O mais legal é o tempo da internet. esse é um tempo novo, eu sempre me surpreendo. Pois aqui, não importa o dia nem a hora que a gente escreve. Aqui o tempo é constante. Você escreve e o tempo pára até a próxima vez que você resolve escrever de novo.

Beijos aos meus amiguinhos neurônicos, que dentro da internet, estão comigo simplesmente o tempo todo.

:)

11 setembro, 2002

Ói Nóis aqui!!!!!

ai, consegui!
Momento música

Música lá em casa é coisa de louco. Minha mãe adora MPB e óperas, músicas clássicas. Mas você tem que saber o que é MPB. Ela gosta de João Bosco, Chico Buarque, Trio Esperança. Marisa Monte é carne de vaca, entende? Meu pai curte isso também, mas o mais interessante é o quanto ele ama musicais da Broadway. A Paty já gosta mais de música brasileira, e ela tá sempre atrás de coisas alternativas. Pra ela, tudo que foge do estereótipo é legal. Isso a fez cair em outro estereótipo: ela é hippie. A Vanessa é carne de vaca total. Adora Marisa Monte, Ivete Sangalo, Jota Quest e bandinhas da moda. O Ricardo gosta de rock americano, bem da fase hard rock mesmo. Nirvana, Metallica, Red Hot Chilli Peppers, Radiohead. E ele também é meio que nem a Paty, que curte música regional brasileira, coisa nordestina, tipo Elomar, que eu adoro.

Aliás, eu também adoro musicais, MPB, rock... Minha banda favorita é a Dave Matthews Band, que eu deliro de ouvir. Gosto de samba rock pra dançar, e Funk Como Le Gusta. Gosto de quem me faz pensar, caso do Rappa. E sou apaixonada por Beatles, de coração.

Hã? Que dia é hoje? 11, porque?
Como? Um ano?

Ah, tá...

É como eu sempre digo,

FODA-SE!!!!

:)

10 setembro, 2002

Pro Jazz:

Hoje eu estourei. Mês passado eu estava com um pássaro- job na mão e deixei ele ir, apostei que se ficasse poderia crescer. Ledo engano. Agora estou sem pássaros, estou só vendo a hora que não tiver pra onde correr. Tenho que me preparar pra isso. Eu odeio essa preparação, porque é muito estressante. Você fica sem chão.

Mas tudo bem. Já passei por isso e vi que disso não se morre. Apesar de toda a situação não só minha como de todos que levam "vida de otário" (vide Cidade de Deus), me matar é que eu não vou, mesmo. É hora de brigar com o sistema. De novo!!!

Que perfume você é?


Sei... Chanel 5... Eu tô mais pra Seiva de Alfazema ultimamente...
O mundo te engole quando você está por baixo. A vida inteira de batalhas, correndo, lutando. Pra quê?? Que merda de vida é essa em que o objetivo é continuar lutando? Vencer nunca?

Não existe um ponto final. Não existe um momento em que se diz "ok, estou onde eu quero". Isso é fracassar nos dias de hoje. O ideal é estar sempre correndo atrás de algo maior. Mas então a vida se resume a frustrações, com pitadinhas homeopáticas de felicidade. Desse jeito não há quem consiga ser feliz. Ser feliz é proibido. Descansar é ficar pra trás. Se tudo o que você quer é uma casa na praia e um bar, você é um fracassado. Você tem que querer o melhor lugar na melhor empresa. Tem que querer passar por cima de tudo e todos para ganhar mais, mais, mais.

EU ODEIO O CAPITALISMO
AAAAAhn... o enetation tá fora do ar. Menos mal. Pelo meons não fui eu que fiz nada de errado.
ô, inferrrno! que que houve aqui? Cadê meus comments???

Ai, gente, mandaram meu estagiário embora e eu sou a próxima... Que que vai rolar aqui? Talvez a minha cabeça...

Dia tenso, nem tô podendo desencanar. Daqui a pouco eu volto.

09 setembro, 2002

Calma, gente. Tô aprendendo. Logo logo eu chego lá. Mas se o Drex der uma força eu chego mais rápido!

Pô, mano, HELP!

Tem muita coisa aqui que eu quero arrumar. Não sei como fazer pra mudar a fonte da letra, nem como coloco os links dos outros Blogs e links no texto tb...

Já viram que eu tô crua, né?
bjss

Bom, blog daqui, blog de lá... consegui colocar os coments, sou mais feliz agora!

Depois dessa overdose de informações que eu tive só pra construir o bichinho virtual (tamagoshi! Quero um guaraná...) deixo pra postar amanhã

Beijinhos!
Será que agora foi???
Então tá, tô aqui também. Agora eu sou da turma, tô por dentro! Aê pessoal, quero minhas boas vindas! Do lado de cá tenho só a idéia, e aí vai o objetivo deste blog.

Conversando outro dia com minha amiguinha Cá, esta me disse que estava muito desatualizada com o que acontece no mundo. Eu sugeri que ela fizesse um blog adesatualizada.com.br Mas eu mesma comecei a pensar na minha situação de jornalista. São 24 horas ligada no mundo, tendo a obrigação de saber de tudo, ter opinião formada sobre qualquer assunto, vi que esta paranóia já me consumia como que naturalmente e resolvi romper, que seja um pouco, com isso.

Ser desatual é criar um tempo próprio, um ritmo de vida livre das ditaduras criadas pela sociedade em que se vive. Quem sabe assim a vida ganhe um brilho diferente, um novo ritmo também.

Beijinhos!
Cadê meu blog, cadê meu blog...
Testando, testando...