30 maio, 2007

My Generation, baby!

29 maio, 2007

Coisas inesquecíveis que fazemos na vida

- Falar com uma celebridade e no meio do papo perceber como você só está falando bobagens, e sair com cara de idiota

- Pegar o metrô às seis da tarde, passar pela Sé, se dirigir à zona leste, descer na estação Bresser, andar quinze minutos pela radial pra chegar à escola de dança

- Chegar na escola de dança e perceber que você levou tudo o que precisava, só faltou a calça. Não, não dá pra dançar de jeans.

- Abrir um bolo de laranja Pulmann

- Comer o bolo inteiro em duas horas, vendo TV numa tarde fria e se sentir culpada

- Lembrar que com 10 anos de idade você passava tardes inteiras na TV vendo filme e comendo potes de leite condensado com Nescau e não tava nem aí. Bons tempos...

- Ir ao cinema assistir Homem-Aranha 3 cheia de dores musculares, exagerar no Dorflex (quatro comprimidos) e ir tomar soro no hospital. Não lembro do final do filme...

- Concordar com o marido que empregada semanal é um luxo muito caro e cortar pra quinzenal. Aí chegar em casa e ver que você é uma pessoa incapaz de deixar suas coisas em ordem...

- Não consigo achar o pen drive pra baixar a foto da bagunça da sala e botar aqui. Vai ficar pra outra hora.

Tem as coisas boas inesquecíveis também

24 maio, 2007

Tributação indecente

São quase cinco meses trabalhando todos os dias só pra pagar impostos. Matéria do UOL mostrou o levantamento feito pelo IBPT. Agora, depois do dia 26, é que a gente começa a trabalhar pra pagar aluguel, telefone, etc. E só DEPOIS disso vamos pensar em comer, pegar ônibus, comprar uma blusa, e só DEPOIS é que a gente pensa em guardar algo pro futuro.

É tão revoltante que não dá nem pra entender como é que, mesmo com tudo isso de imposto, o Brasil aparece com crescimento sustentável. O que deve ter de gente sonegando não tá escrito. E o governo inventa novos impostos todo dia. Emprego formal é um luxo, já que pra contratar alguém o empresário paga quase o mesmo valor ao Fisco. Isso é algo ridículo: microempresários não conseguem se manter dentro da lei. É como se o governo implorasse pra ser passado pra trás.

Se a carga não fosse tão violenta, se restringisse a 15% do rendimento bruto, e se as multas de sonegação fossem mais severas (e aplicadas), acredito que a arrecadação poderia aumentar (sério! dá pra aumentar). E quem sabe, com mais organização, os serviços públicos poderiam efetivamente funcionar e não teríamos que pagar tanto seguro, plano de saúde e tudo o mais.

Me sinto vivendo numa daquelas casas visitadas pela Supenanny, com quatro crianças comandando a baderna, roupas e brinquedos espalhados pra todo lado, ninguém é de ninguém, mamãe não manda nada. Agora, se a babá consegue domar os pirralhos, o que impede o governo de botar ordem na bagunça?

22 maio, 2007

Estréia
Aqui embaixo está a minha matéria que saiu na Veja esta semana. A primeira de muitas, assim eu espero.


Ginástica

A Nike entra na dança
A gigante do material esportivo agora tem seu próprio programa de malhação
Juliana Guarany
Foto: Fabiano Accorsi












Aula da Nike numa academia de São Paulo: diversão e marketing


Os praticantes de aulas coreografadas, grande febre nas academias de ginástica, ganharam um aliado de peso. A empresa de acessórios esportivos Nike acaba de lançar sua primeira aula de dança no Brasil. Criada pelo coreógrafo americano Jamie King, o mesmo que cuida dos requebros de Madonna e Ricky Martin, a dança da Nike chama-se Dancehall e se inspira no raggamuffin (mistura de reggae com rap). Batizada de Nike Rockstar Workout, a aula por enquanto é ministrada em dez filiais de uma academia de São Paulo. Nos próximos meses, chegará a outras cidades brasileiras. As aulas coreografadas se tornaram hoje um grande negócio, tocado sobretudo por empresas multinacionais. Elas se baseiam no pressuposto de que as academias, para atrair e reter alunos, precisam oferecer a eles uma alternativa divertida à chatice dos exercícios convencionais. Pela primeira vez, no entanto, uma empresa do porte da Nike, com faturamento anual de 15 bilhões de dólares, entra nesse ramo. A opção parece lógica: em vez de apenas fornecer produtos aos freqüentadores de academias, a Nike instalou-se nelas para realizar suas ações de marketing. No exterior, a empresa há dois anos oferece aulas de dança em 35 países.
Com sua iniciativa, a Nike copia o modelo da empresa mais bem-sucedida do ramo das aulas coreografadas, a Les Mills, da Nova Zelândia. A Les Mills é especializada em criar e distribuir pelo planeta programas de malhação de diversos tipos, usando desde movimentos de lutas marciais até a ioga. Ela é a responsável pela série de exercícios cujos nomes começam com body (corpo, em inglês) – bodypump, bodystep, bodycombat e assim por diante. A Les Mills atua hoje em setenta países, e, no Brasil, há 2 000 academias que pagam cerca de 900 reais mensais pelo direito de reproduzir suas aulas. Aí reside a diferença entre as estratégias das duas empresas. A Nike nada cobra das academias por suas aulas. Em troca, elas vendem seus produtos nas lojas internas e funcionam como vitrine da marca. Não por acaso, o momento escolhido pela Nike para lançar sua aula de dança no Brasil coincide com o lançamento pela empresa de uma nova linha de roupas e acessórios (veja abaixo algumas das peças).
Além da Les Mills, a venda de programas de malhação conta com outra empresa peso-pesado especializada em quebrar a rotina nas academias: a americana Mad Dogg. Ela comercializa o spinning, método de ciclismo indoor que consiste em pedalar bicicletas que simulam subidas, descidas e curvas. A empresa tem hoje nada menos que 135 000 instrutores no mundo e 30 000 academias que oferecem o spinning. A fim de chamar atenção para a chegada de suas aulas de dança ao Brasil, a Nike promove um concurso, por meio do site YouTube, que vai premiar as melhores dançarinas com viagens para Los Angeles. É mais um incentivo para todo mundo dançar nas academias.

Fotos divulgação


BAILA COMIGO
Os lançamentos da Nike
Corset com tecnologia Dri-Fit, que facilita a eliminação do suor, calça camuflada, com corte folgado, uma alternativa às leggings coladinhas, e a nova versão Q'Vida do tênis Shox, flexível e com solado baixo, para facilitar os passos de dança.










Matérias na Vejinha
Aqui tem link para as outras duas matérias e uma nota que eu fiz para a Vejinha. Não sei se dá pra ver, acho que precisa de senha, dêem uma olhada:

14 maio, 2007

Mamãe tocou no papa

O Coral Lírico cantou para o papa na Sé. Ele entrou pela lateral e viu o coral, ficou parado, olhando pra eles e minha mãe viu. Saiu ela e mais umas três correndo pra cumprimentá-lo. Ela só alcançou a mão dele, porque ele se esticou pra cumprimentá-la.

Ela tem certeza de que ele só queria estender a mão pra ela, mais ninguém.

Os seguranças e policiais em volta não concordaram com essa teoria.

Vovó tem certeza de que foram os bispos (mortos) amigos dela que mandaram um recado através do papa para cumprimentar sua nora, dizendo a ela "estivemos sempre com você". Não duvido de mais nada.

Eu só achei a histórinha boa pra contar pros sobrinhos. Mamãe é a nova Fafá :D

10 maio, 2007

Mofo na moda

Desde ontem, SãoPaulo está com aquele aspecto estranho: todo mundo espirrando devido aos ácaros dos casacos recém-tirados de dentro do armário. O frio chegou de uma vez só ontem e com ele vieram as mais variadas combinações de roupas:

Vestidinho viscolycra com fouseaux preta e sapatinho
Essa parece ser o hit da estação. E por "hit da estação" estende-se: está em todas as vitrines da Rua José Paulino, a menos badalada, mas a mais freqüentada pelas paulistanas. Eu, inclusive.

Adorei as cores berrantes dos vestidinhos, mas estou numa briga louca com a calça por baixo. Fica uma coisa meio neo anos 80. Mas gostei de botar o vestido com calça bailarina e bota. Ficou mais a minha cara. Com um sobretudo jeans ficou "style"!

Trench coat e saias
Um clássico que deve ganhar força. Aliás, clássico é chamado assim por sempre ter força, então nunca sai de moda. Eu adoro trench coats, aqueles casacos compridos parecidos com capas de espiões da Guerra Fria. Não sou muito fã de saia, mas vou tentar usá-las mais.

Tricô
Por aqui, na redação (sempre um bom termômetro), vejo muita gente com malha-da-vovó. Não sei se vai voltar à moda ou se foi o super frio que os fez tirar tudo o que estivesse ao alcance de dentro do armário. Até os homens estão com as malhas quentinhas, mas bem feinhas. Eu tenho a minha versão em verde, ainda não a usei este ano. Em julho passado eu não saía de casa sem ela.

Jeans e moleton
Qualquer roupa fica mais elegante com um sapato clássico, mesmo um moleton com jeans (bom, não conte com isso em roupas de ginástica, mas nem precisava dizer). Tô vendo aqui um exemplar: calça jeans, moleton com capuz e sapatinho de salto preto. Ficou bom! O sapato tirou aquele aspecto desleixado do moleton.

Eu, bom.... eu sou desleixada mesmo e só uso tênis :-)

Modernosas
É legal trabalhar numa editora grande porque a gente vê de tudo: os engravatados executivos, as menininhas descoladas das revistas jovens, os mulherões das revistas femininas... Tem modelo pra tudo por aqui. Vejo que uma certa classe de jornalistas servem de modelo para as modernosas. Tenho visto, como sempre, muito cabelo curto, geométrico, meias-calças pretas escuras com vestidos de malha e casacões, vários cachecóis, mas tudo meio sóbrio.

Ontem eu saí de casa de casaco vermelho. Quis botar bastante cor num dia cinza. Me senti meio solitária: todo mundo estava de cinza, marrom e preto. A estação parece que vai ser meio "dark".

08 maio, 2007

Good Morning

Pô, como assim, pessoal?
Ninguém acordado?

Hora de levantar :-)

04 maio, 2007

Correria

Não que isso tenha mudado alguma vez, mas eu ando numa correria danada. Hoje, plena sexta-feira de fechamento, inventei de escrever um pouco.

Na minha vida profissional eu sempre me imagino numa corrida. Lembro de uma época em que eu não conseguia engrenar no trabalho, cometia muitos erros. Nessas horas, me imaginava patinando na lama, ou tropeçando. É uma boa metáfora, mas o curioso é que eu nunca me imaginei cruzando a linha de chegada. É um pouco desesperador. Parece que chegar é o fim da linha, é acabar, aposentar.

Ao mesmo tempo, também dá pra pensar que cada corrida é um projeto. Aí o fim da linha é entregá-lo. Nesse caso, a gente faz várias corridas na vida e sempre tem uma linha de chegada (e um prêmio!). Mais saudável...

É duro escrever post na sexta! Um textinho desse tamanho e eu levei quase duas horas pra conseguir terminar de tanto que me interrompem.

Tudo bem, com uns tropecinhos eu consegui terminar :-)

01 maio, 2007

Bichos de pelúcia

Eu tinha um urso chamado John. Era meu jeito de homenagear John Lennon. Ele ficava ali na prateleira entre os outros bichos de pelúcia, mas ele era especial, tinha nome de roqueiro. Eu o ganhei do meu namorado na época. Eu tinha 16 anos recém completados. Meio tarde pra brincar com bichinhos.

Até essa idade eu não tive nenhum brinquedo de menina. Tive minha bonecas, ursinho carinhoso verde (boa sorte) de plástico, até tive uma barbie. Mas eu simplesmente não me ligava nessas coisas. No colégio eu queria ser da turma dos meninos. Eu preferia jogar baralho com meus irmãos do que brincar sozinha. Acho que isso tem a ver com o fato de ter tido um irmão e duas irmãs. Além de uma montanha de primos! A casa sempre estava cheia, eu não ficava muito tempo sozinha. Eu tinha uma amiga, filha única, que tinha TODOS os melhores brinquedos lançados na época. A gente tinha uma relação de amor e ódio. Adorávamos jogar juntas, nos dávamos bem, mas a gente alimentava uma certa inveja uma da outra: eu, por ela ter todos os brinquedos que quisesse e um quarto só dela; ela, por eu ter irmãos, companhias constantes para brincar.

Depois dos vinte, lembro que eu queria ter a coleção completa de bichinhos da Parmalat. Eu adorava a vaca! Ela era fofa... Na mudança de casa, acabei me desfazendo de todos. E dos bichos mais antigos também. Tive mais alguns, mas eles perderam o sentido.

Então um dia eu casei, montei minha casa com meu marido e me dei conta que eu ainda adoro bichos de pelúcia. Só que agora eles são super hi-tech: andam, pulam, vêm no colo, pedem carinho e dão suas miadas manhosas. Meus gatos são a minha versão adulta dos bichinhos de pelúcia, exceto pelo fato de que eles se vão independente da minha vontade. Perdi um há pouco mais de um ano e ainda não aceitei isso. Ontem minha gatinha resolveu mastigar uma agulha, e me voltou toda aquela agonia de perder outro bicho. Ela ficou bem, depois de eu enfiar a mão na boca dela e arrancar de lá o tal apetrecho. Gato escaldado...

Eles me deixam um pouco preocupada, mas são a alegria da casa. Adoro minhas pelúcias andando por aí.