Eu era um bêêêbadooo... e vivia drogaaaaadooo..."

Sabe aquele momento em que está tudo estranho, muito errado? Então, eu NÃO estou nesse momento. Eu tô naquele em que tá tudo certo, mas mesmo assim a gente acha que tá errado. São tantas as coisas que precisamos fazer para que tudo funcione que temos a nítida impressão de estar nadando contra a correnteza, e como isso cansa!!!

Depois de um Carnaval fazendo nada, só deitada em casa e passeando em São Paulo, sem carros pra atrapalhar, cheguei ontem cansada, esgotada fisica e mentalmente. Parecia que o trator que atropelou o Walker semanas atrás (e depois "voltou de ré") havia me atropelado também.

Aí as notícias foram me animando. O humor melhorou, o trânsito piorou, mas deu pra chegar em casa. Fui dormir mais contente, mas faltava fazer uma coisa.

Então hoje, hora do almoço, fui até o shopping e fiquei lá, andando, pensando, olhando roupas, almofadas, colchas (tô nessas agora). Comi tranquila, sozinha na praça, entrei numas lojas, sem levar nada, tomei um mate, passeei mais, sem rumo. Aí voltei.

Era disso que eu precisava. Um tempo só pra mim, pra botar a cabeça no lugar, pra compreender meu próprio raciocínio. Vez ou outra sinto como é importante ter esse momento solitário, sem falar com ninguém nem nada, pra gente se encontrar.

*Confesso: TIVE que comprar o banana moon da Lush, era uma questão de NECESSIDADE... ou obsessividade, como preferir. Mas de fato, não deu mais pra passar na frente e não levar...

"na casa do senhor não existe satanás..."

Dos medos, espantos, mágoas e da incapacidade que tenho de me preocupar

De todas as minhas dores de cabeça, de todas as pessoas que andam me seguindo pelas ruas, de todas as conversas ao telefone, nenhuma delas tem a ver com o medo de uma apunhalada pelas costas.

Se é pelas costas, então não vai dar pra ver. E não adianta ficar olhando para trás a cada 5 minutos, não vai ver nada. Quem te apunhala pelas costas é quem não te conhece, ou quem procura acertar em cheio algo que te magoe.

Não digo que não dói, que não há o risco de ser pego de surpresa por uma pessoa assim. O que há é a possibilidade real de se levantar, não importa o tamanho da queda. Não importa o quanto vai doer ou prejudicar, a gente se levanta e continua.

Esse recado não vai pra ninguém especificamente. Tenho alguns amigos numa situação de medo do desconhecido. Medo de que alguém os prejudique. Não tenham medo. Primeiro porque não há nada que alguém possa fazer para te prejudicar, e se houver, tudo é superável. Depois, porque a confiança em si mesmo se torna um muro de 300 metros que a pessoa tem que escalar para te atingir.

Amo vocês, e repito o que já disse: confiem em si mesmos, pois vocês são muito mais poderosos do que pensam.

Tá ok... que se há de fazer...

Depois de um carnaval estressante, sem conseguir dormir direito, nem descansar, nem nada, vi que ainda temos mais duas semanas de enrolação pra conseguir mudar. Isso tá sendo um tormento sem tamanho, mas isso vai passar.

O importante é que a gente vai ser feliz ali, por muito tempo!

Ai meus sais...
Ai meus sapos, gordos, verdes, gosmentos e fedidos. Se eu engolir mais essa, não vai dar. Eu tô nervosa, estressada e irritada com tudo isso. Se não sair isso hoje, acho que vou ter um colapso nervoso!

D E S A C R E D I T E I

Olhei nos comments do post abaixo a indicação de um blog "volta à infância", como nós adoramos lembrar. Caí numa página cheia de Lucianos!

Gente, eu fiz uma pesquisa rápida pela net um tempo atrás que resultou neste post aqui. Não achei nada sobre o Luciano, e ele sempre foi meu favorito no grupo (sim, meninas, eu também era apaixonada por ele quando tinha 7 anos!). A página é assinada por ele, mas ainda tenho cá minhas dúvidas se é ele mesmo quem faz. Será???

Ai, lá venho eu louca de novo, querendo falar com os ídolos de infância...

Então, pra botar uma continuação daquele post:

Esse é o Luciano hoje!

Tá tocando na noite paulistana, e lá no site tem uma agenda de shows

Enquanto isso no messenger...

Knick Knack (vulgo Walker): socorro

Knick Knack: num guento mais

Knick Knack: preciso de ferias permanentes

Maninha: prefiro férias lisas

Maninha: permanentes são difíceis de pentear...

Maninha: muitos caracóis... ;-)

Knick Knack: aiaiai....

Knick Knack: essa foi pra fechar o dia

Swallowing frogs

A culpa não é minha, nem dele. A culpa é de um terceiro filho da mãe que apareceu na história e fica empatando a vida dos reais interessados. E todo mundo sai prejudicado: eu, ele, o idiota filho da mãe também.

Mas tem que resolver né? Alguém precisa dar um jeito na situação, e quando a corda arrebenta do lado certo, ou seja, o mais fraco, quem paga o pato? Sim, a Maninha, do lado mais fraco.

É muito foda engolir um sapo assim, a seco. Acaba com meu humor de manhã. E nem dá pra reclamar com o cara, porque na verdade ele é o mais prejudicado de todos. Então tá, engulo sapo por uma boa causa.

...

Mas não desce nada bem. E a gente aqui na contabilização.
Sapo nº 1...

Glenn Closes à parte...

Neste momento estou com a sensação nítida de nervoso, de que tem muuuita gente de olho em mim, de que a qualquer momento eu terei que mostrar algum trabalho e que com certeza esse trabalho que eu tenho certeza que tenho que mostrar não tá pronto! Ai meu Deus! Ai meu Deus! Lá vem a chefe!!! Ai, passou... A chefe nunca pegou no meu pé, tá curtindo o trabalho, mas eu ainda acho que ela vai me colocar contra a parede! Tenho certeza! Ela só tá esperando eu cometer um deslizezinho!

Ué... a chefe foi embora. Não quis saber se eu entrei no horário, se vou sair cedo, nem se amanhã eu chego na hora. E tá tudo em ordem no trampo. E ninguém quis saber se eu fiz tudo certo.

...

Aaaah, mas aí tem coisa!

Alguns Adendos ao Último Mana Post

1. Sobre o "pinto de boi", ou Métodos de Tortura do Interior Comentados e Revisados

Calma. O "pinto de boi"é bem isso mesmo, mas o que diferencia é o uso dele. Esse instrumento corretivo é amplamente utilizado no interiorzão de Brasil sem portera, e pode ser empregado tanto intimidatoriamente como corretivamente. Não há, portanto, cunho sexual na intenção original do método.

Consiste em, no momento do abate, separar o membro bovino, retirando posteriormente a pele que o recobre e deixando apenas a cartilagem. O mesmo é então pendurado ao sol para sofrer processo de desidratação, com o intuito de reforçar o tecido cartilaginoso do dito cujo (alguns aceleram esse processo com o uso de fogo, selando posteriormente com sebo; a vantagem de secar ao natural é que não precisa selamento). O resultado desse intrincado processo é um bastonete recurvo com as propriedades físicas aproximadas do bambu, sem no entanto se quebrar ao impacto como o vegetal. Esse instrumento é usado para "disciplinar" moleques travessos e afins, e geralmente uma pancada é o bastante para trazer ao chão a vítima, fazendo- a urrar de dor e nos dando aquelas cenas contrangedoras de mãos postas em oração e pedidos de "pelamordedeus, não me bate mais com isso!!"
Em resumo: DÓI PRA CARALHO!!


2. Sobre a surra na vaca

Devido à natureza extremamente aberrante e deturpada da vaca, ela não apenas gostou e pediu "bis" como ainda solicitou de imediato que a surra fosse, de imediato, aplicada por "... um boi, ou melhor, ou touro verdadeiro, saudável e inteiro, devidamente em posse do referido instrumento..." Por essa razão a surra foi aplicada então com uma corrente metálica em brasa; após 40 golpes, a vaca sofreu lavagem com uma solução de sal grosso, vinagre e limão espremido (com casca), método amplamente utilizado na época da escravidão para evitar infecções nos escravos punidos. Depois de ter os olhos furados, o nariz e as orelhas cortadas, e farpas de bambu introduzidas sob as unhas, o enforcamento seguiu como descrito pela Maninha.

Momento Mundo Perfeito na desatual

VACA LOIRA É TORTURADA E ASSASSINADA EM PLENA FARIA LIMA

Uma vaca loira foi espancada e assassinada enquanto ruminava na av. Brigadeiro Faria Lima, em pinheiros, São Paulo. Ela estava com seu poodle branco, vestia roupas diferentes e não encarava os passantes. Foi quando um casal pegou-a pelo pescoço e passou a gritar com a vaca loira. Eles a amarraram num portão e deram uma surra de pinto de boi. Em seguida penduraram a vaca loira pelo pescoço, sufocando-a até a morte. O poodle também levou surra de pinto de boi.

A vaca loira e seu poodle morreram na hora. O casal foi visto andando calmamente pela avenida, mas não foi abordado por nenhum policial ou jornalista, que tiveram medo de serem atacados. O motivo da morte da vaca loira parece um mistério, mas depois dos primeiros rojões ouvidos por aí, sabe-se que foi um bom acontecimento pra muita gente.

Chega de vaca loira! eeee!

Bate-papo com Ricardo Feltrin, da coluna Ooops!

Mesmo as críticas brincalhonas podem não ser bem vindas. Que cuidados você se preocupa em ter para não ultrapassar o limite entre ofensa e deboche?

Ricardo Feltrin responde: O limite é esse: a(o) fulana(o) não aparece em 597 programas diferentes cantando aquelas bobagens sem sentido? Ela(ele) não dá entrevista a 235 sites de fofocas dizendo que faz e acontece? Ela(ele) não abre a sala da sua casa e conta intimidades e sobre como vive para a "Caras" e a "Quem"? Pois é... então, minha filha, meu filho, dá licença, que eu quero comentar tudo isso... posso? (risos)

FELTRIN É MEU ÍDOLO!!!!!!

Quem não leu ainda TEM-QUE-LER!!!

Desde a semana passada o talentosíssimo e gatíssimo* Felipe Web está mandando ver na criatividade lá no Tiras. Ele está colocando desenhos da Turma da Mônica "nos dias de hoje", com a devida explicação do que cada um se tornou. Começou com os principais, agora está contando a saga dos coadjuvantes.

Santa criatividade, Batman!!!

*Ele é gatíssimo... mas não assim um Walker, né? heheh!

E pra quem ainda tem dúvida que o Walker é gatíssimo...

...segue uma foto dele:



UPDATE: Okei, okei. Uma fotinho mais comportada...

FELICIDADE É COMER BOLO COM IOGURTE DE BANANA OUVINDO "EASY LOVER", FALANDO COM A CAMILINHA NA NET NUM DOMINGO DE SOL, COM MEU MARIDÃO COZINHANDO

Felicidade é rever pessoas super legais na festa, encontrar a Lilla depois de um ano inteiro insistindo pra ela aparecer

Felicidade é cantar, com minha mãe e meu pai do aniversário de 80 anos do tio, tirar a barriga da miséria de tanto comer crepe

Felicidade é acordar às 11hs, chamar o maridão pra levantar, e ouvir "daqui a pouquinho", e só levantar às 5 da tarde

Felicidade é ficar empolgada pra acordar cedo na segunda, pra ir trabalhar, como eu não ficava há muuuuuito tempo

Enfim, felicidade é aqui, é agora.

Marta Suplicy: populismo não é à prova d'água

São Paulo cresceu rápida e desordenadamente. Uma das conseqüências é o inchamento populacional. Outra é a falta de infraestrutura para a maior parte da cidade, onde também se localiza a população de renda mais baixa. Em poucas palavras, favelização.

Fato que, somado às fortes chuvas típicas da estação do verão, resulta no quadro já tão conhecido: enchentes, pessoas sofrendo perdas materiais, mortes. Ouve- se indignaçao e pedidos de ajuda. Governantes se defendem, culpando sempre as condições urbanas, que nesse momento, sob os mais diversos argumentos, se tornam parte constituinte e imutável da própria cidade, e as gestões anteriores, que nada fizeram, a exemplo da gestão corrente, independente de qual seja. Até aqui nada de novo.

Mas dessa vez, algo inusitado ocorreu. Nossa prefeita, Marta Suplicy, que concorre à reeleição, se dispôs a ajudar ao invés de reclamar das gestões passadas. Não, ela não vai fazer obras que possam resolver o problema: não vai desfavelizar e nem contruir ou reformar a infraestrutura básica (e obrigatória) para essa população. Vai ISENTAR os moradores "das regiões afetadas"de pagarem IPTU.

Isso mesmo: aqueles que perderam móveis, eletrodomésticos e até a própria casa, não precisam pagar o imposto cuja receita deveria, entre outras coisas, manter um sistema eficente que evitaria esses fatos. A lógica teórica da coisa funciona: fomos imcompetentes, portanto não cobramos. Mas esses eventos afetam, na maior parte das vezes, favelas! Sim, a maior parte dos prejudicados moram em barracos. Alguém já viu barraco pagar IPTU? É uma medida que só atinge uma parcela muito pequena dos que foram afetados, e ainda assim resolve muito pouco ou quase nada mesmo para esses. É um paliativo, na verdade, e dos mais improvisados e fracos já vistos. Nào adianta nada remover um imposto agora, se no ano quem vem haverão mais chuvas e mais eventos semelhantes.

E tem mais: a prefeitura vai abrir UM FUNDO DE AJUDA VOLUNTÁRIA para que os cidadãos de São Paulo possam depositar quantias e colaborar humanitariamente para ajudar os pobres coitadinhos. Mas que coisa, é obrigação DO GOVERNO resolver essas coisas, e não da população! Os governantes foram eleitos para zelar pelos cidadãos, para dar segurança, saneamento, etc. Eles são pagos, e por sinal muito bem pagos, unicamente para exercer essas atividades. É para isso que pagamos impostos, certo? Ou em tese, deveria ser para isso. Os cidadãos sempre são cobrados a pagar os impostos, as faturas chegam infalivelmente. E onde vai parar todo o dinheiro dos impostos, essa carga tributária abusiva que onera o trabalhador e dizem, é para o nosso próprio bem? E essa quantidade enorme de taxas que a prefeita criou, não servem pra nada nessas horas? Isso sem mencionar as entrelinhas dessa proposta: quem ajuda é sensível aos problemas alheios, tem bom coração, cidadão exemplar. Quem não ajuda é insensível, desconfiado e egoísta.

E lá vem a imprensa divulgando imagens e reportagens mostrando pessoas desoladas, chorando a desgraça de perder tudo, dizendo que não tem pra onde ir e pedindo ajudar "pelo amor de Deus" (incrível que nessas horas não se encontram ateus). Golpe muito baixo, na minha opinião. Completamente antiético. O cidadão servindo o Estado, ainda que sob uma roupagem de voluntariado.

Essas medidas foram muito bem anunciadas e divulgadas. Aliás, é curioso ver um governo falando que "não vai poupar esforços nem recursos para tentar a reeleição" pedindo ajuda para a população agora que surgem problemas concretos e palpáveis. Não, a prefeitura não pode dispor das verbas para a campanha em favor dos afetados (reeleição é mais importante), assim como não pôde resolver o problema das escolas de lata, mas criou os CEUs, e divulgou amplamente esse último fato, enquanto a maioria da população sequer sabe da existência das escolas de lata, exceto pelos que estudam e lecionam por lá.

O desfecho: depois de anunciadas as "providências" a serem tomadas, a prefeita saiu em visitas à população afetada, para ver os estragos. Temos reeleição, não podemos nos esquecer. Hora da prefeita de mostrar presente. A reação foi, pelo menos para ela, inesperada: foi hostilizada pela população, e rechaçada com violência. Poupo o leitor dos detalhes, mas vale lembrar que isso é um sinal de insatisfaçao, de que as pessoas começam, ainda que vagarosamente e num nível de semi- consciência, a perceber que algo não vai nada bem e que alguém deixou de fazer o que deveria, e tampouco tem planos de fazê- lo.

Breve Informativo

Noticiamos que, ao contrário do que a prezada companheira Maninha postou a posteriore, meu ex- blog, e muito menos eu, nada temos de passivo, e logo resolveremos isso com uma nova criação da minha mente insana, em andamento. O acropolis está realmente morto. Desrespeito pois, pra não falar na necrofilia implícita, referir- se a ele como passivo. Tadinho!!

Olha o que vocês me obrigam a fazer...

Entrem no Cartas hoje e confirmei o que o próprio Drex já tinha me dito: ele matou o blog. Tristeza. Fui comentar e chorei mesmo, aqui na mesa do trabalho, fazer o que.

Então resolvi fazer uma geral nos meus links amigos ali ao lado e ver, afinal, quem ainda mantinha o blog, quem desencanou.

Percebi duas coisas.

Uma, que eu não tenho lido quase blog de ninguém e eles continuam tão interessantes quanto antes, aí naveguei geral, comentei, deu saudade!

Outra, que quase metade da minha lista matou blog! Gente que eu adoro de verdade, escritores maravilhosos, resolveram parar. A maioria porque cansaram mesmo, mas tem o caso do Breno, que deve lançar livro, e eu sou a primeira da fila de autógrafos (NA BAHIA!).

Foi um trabalho árduo (uau, heheh) e muito penoso pra mim colocar essa lista dividida em ativos e passivos (UUUUUUI!!!! Walker, melhor reativar o blog!!!). Desejo aos novos e antigos ex-blogueiros que encontrem suas maneiras de se expressar e ser feliz!

E aguardo visitas ao meu bloguinho, que tem pressão alta, manca do lado esquerdo, é caolho e leproso, mas ainda vive!

Eu quero meu namorado EU QUERO MEU NAMORADO EUQUEROMEUNAMORADOOOOOO!!!!

Ontem eu chorei de soluçar depois de assistir a Vanilla Sky. Não conseguia dormir, não tirava da cabeça o Tom Cruise e a Penelope Cruise. E não deixava meu gatinho dormir, ficava chorando no colo dele. E meu gatinho já tava acordado havia 48 horas. Eu sou uma monstra chorona.

O quê? Você vem, afinal??? Tô esperando aqui!!! Tá chovendo fraquinho agora...

Tô começando a pirar. Acho que é hoje. Hoje eu enlouqueço de uma vez...

Hilda Hilst

Ela é responsável por uma fase louca que tive na vida. Uma coisa erótica, mas muito pessoal, que me fazia rir do que sentia, e continuar sentindo.

Ela é responsável pelo único beque do ano passado, na praia, quando eu não tinha a menor condição de ler o trecho da história, tamanha a minha loucura. E eu lia em voz alta pra ver se conseguia, e não tinha jeito.

Ano passado foi muito complicado pra mim, especialmente o primeiro semestre. Mas eu havia descoberto Hilda Hilst e seus livros obcenos. Três dos 41 que ela escreveu. E não fui atrás de outros, mesmo tendo curiosidade de saber o que mais ela dizia. Preguiça.

Hilda Hilst morreu nesta madrugada.

Da solidão. E do desespero de se comunicar

E ficando ali sentada, fazendo parte daquela multidão, aumentando as estatísticas dos passageiros de ônibus em São Paulo, de repente ouço

"Ah, essa chuva tá demais!"

Era o senhor gorducho ao meu lado. Nunca o vi na vida, mas sinto que há uma necessidade de se comunicar, como se aquela solidão diante de tantos rostos estranhos, e estes tão próximos do seu, te fizessem criar um meio de saber se essas pessoas são mesmo reais.

"Verdade."

Respondi meio sem expressão. Mas vejo que essa gelada, típica da "classe média auto-denominada intelectual", faz mesmo de tudo pra não se misturar com a "ralé".

"Bom é que tá chovendo lá no norte, na minha terra"

E eu com isso... Eu tudo com isso! Deixa de ser otária e conversa com o moço!

"Tá é?"

"É. É uma bênção!"

...

...

Onde será que ele tá indo?

"São Paulo tem emprego pra caramba, né?"

"Graças a Deus! Lá na minha terra num tem nada!"

"É... mas emprego aqui também num paga nada..."

"É verdade... bom, vou indo agora. Fique com Deus, minha filha"

"Tchau!"

Maninha pedante, desceu - ou melhor, caiu - do pedestal e resolveu se humanizar mais. Ônibus entupido de gente. Do nada eu escuto a voz da senhora do meu lado.

"Tava até aqui de água lá no Morumbi!"

Grande merda...

...

Fala com ela, Maninha!!!

"No Morumbi? Se lá no Morumbi encher, aqui já deveria estar debaixo d'água."

"Não, no estádio do Morumbi. Tava as cadeira tudo boiando... e o vento que deu na zona leste, eu vi o vento passando na minha janela e indo lá pra zona leste! Parecia uma nuvem de fumaça, e levou tudo as telha que caíram nos trilho. Parou o metrô"

"Parou o metrô?!?!?"

Agora que te diz respeito resolveu responder, ruiva estúpida?

"Parou! A linha leste-oeste tá parada!"

"Ahn..."

Incrível... só porque você não usa a leste-oeste não tá ligando a mínima. Maninha, que vergonha. Pensei que estivesse mesmo em processo de humanização

"Tá chegando na Vila Mariana?"

"Não, senhora, aqui ainda é a Paulista"

"Mas vai pra lá?"

"Vai sim, tem chão ainda"

...

"Senhora, Vila Mariana é no próximo"

"Ah, obrigada! Tinha até me esquecido! Tchau!"

"Tchau"

É. Até eu posso ser anjo, só faltava mesmo se interessar.

Lista de supermercado


Diz aí, o Walker não é o marido perfeito pra mim??

Cérebro: VAI DORMIR, MANINHA, CARAY...

Maninha: Já voooou! é que eu quero botar aqui um tr...

Coração: Há! Essa é muito boa! Põe aí!

Libido: Han..? O que é?

Maninha: Oquei, já ponho!