27 novembro, 2008

Sem sono

Preguiça de pregar o olho.

Às vezes parece que temos que nos esforçar tanto pra descansar...

Nem tô afim...

19 novembro, 2008

Tudo pelo social

Há alguns anos, fiz uma entrevista para uma vaga de mestrado em uma universidade britânica. Juntei meu material e lá fui eu enfrentar um inglês. Mostrei alguns artigos, uma revista sobre TV Digital e o meu projeto experimental de conclusão de curso. Fiz uma revista que avaliava o trabalho de 6 anos do governo FHC na área social.

Ele me parou aí.

A pergunta tinha uma cara de quem já ouvira aquilo tantas vezes que não entendia mais qual era o sentido: "Por que cada um que vem aqui falar comigo tem sempre algum projeto social? Parece que não há outro assunto."

Pois é. Há muitos projetos, prêmios, reportagens, ONGs por aqui voltadas para projetos sociais. Temos muitos também sob o prisma ecológico e educacional, muitas vezes estes se misturam com o social, inclusive. Ao que parece, todo mundo tem o seu projetinho social pessoal. Seja ele contribuir via internet para uma instituição longínqua ou ser responável por uma escola de música na periferia, cada um alimenta seu sentimento de ajudar ao próximo conforme acha conveniente.

O inglês não entendeu nada. Tenho certeza de que ele viu projetos e reportagens de todos os tipos. Existe material de sobre no Brasil sobre milhões de assuntos, desde teatro, cultura, educação, carros, tecnologia até o ramo de luxo, moda e festas. Claro que por aqui tem de tudo, mas os prêmios não abragem qualquer coisa. O que tem de prêmio para trabalhos sociais por aqui não está escrito.

Mas não poderia ser diferente. O Brasil é um país lindo, de natureza abundante, sem desastres naturais e enorme. Essa combinação fez com que o país tivesse condições de manter uma ótima qualidade de vida, mesmo sem precisar de investimentos massivos em "detalhes" como saneamento básico. O crescimento das grandes cidades não foi programado. Os problemas de 100 anos atrás eram outros, ninguém estava preocupado se ia caber todo mundo naquele pedaço de terra.

Com isso, crescemos para ser o grande e belo país subdesenvolvido da América do Sul. O país da soja, da agricultura, da matéria-prima. A cultura de investir nas pessoas e compartilhar o pouco que tem não existe por aqui porque nunca tivemos pouco. Me lembro de ouvir uma frase dita por uma imigrante japonesa quando viu um saco de lixo estourado na rua cheio de arroz, provavelmente o que sobrou de um almoço de família: "Eles fazem isso porque nunca passaram por uma guerra".

A verdade é que a bênção de nunca termos passados grandes necessidades por causa de guerras, furacões, terremotos ou tsunamis nos transformou em gastadores de energia, portanto, pessoas mais egoístas.

O grande problema do Brasil, que ganha a maior parte da atenção dos projetos sociais, é justamente a miséria. Ela é o resultado de séculos de descaso com o desenvolvimento do país. Seca no sertão nordestino, índios quase extintos, favelas que surgem e crescem nas cidades a todo instante, falta de cuidado com educação, falta de emprego. Não poderia ser diferente: no Brasil, o projeto social de cada um é necessário.

É claro que o inglês não entende. Ele sempre viveu no primeiro mundo, enfrentou guerras, se preparou para tempos difíceis e até hoje tem muito, muito dinheiro. Mas continua frio, gelado, distante e egoísta. O Brasil não tem dinheiro, mas vive bem com o que tem. O Brasileiro tem o costume de ser feliz, positivo, receptivo e amoroso, mesmo se a grana tá curta.

Minha vida é um microcosmo do que acontece no país: sem grana, mas em pleno estado de felicidade.

É bom estar aqui. É bom fazer projetos sociais. Dane-se o inglês.

10 novembro, 2008

O dia em que ele me deixou

5 de fevereiro de 2006. Acordei às 10h30 de súbito. Sabia que era essa a hora que ele acordava. Senti algo estranho, uma energia, uma força que me pôs de volta na cama. Não era pra levantar. Só pensava nele, em como ele estava, se precisava de mim. Pensei em ligar, mas não fiz nada, só dormi.

Mais tarde, depois de acordar direito, resolvi ligar pra ele. Atendeu a recepcionista, que rapidamente me transferiu. Fiquei sem ar, aquela atitude não era nada comum. Eu sabia que não era boa notícia. Atende a doutora.

- Juju, me desculpe. Ele se foi. Às 10h30 botei ele na maca, quando olhei pra ele, ele morreu.

Eu nunca mais o vi. Não fui me despedir, seria doloroso demais. Em vez disso, fui a um restaurante, tomei três caipirinhas, passei a tarde toda bêbada, vi três filmes. Tudo pra tentar não sentir aquele aperto absurdo de tê-lo perdido pra sempre.

O nome dele era Merlin. Era amarelo rajado como a mãe. Tinha pouco mais de um ano e muita energia. Não suportou quando me mudei de um apartamento com jardim para um que nem na janela ele podia ir direito.

Muita, muuuita saudade do meu primeiro gato.

07 novembro, 2008

Vai dar certo

Eu tenho uma vontade de fazer uma coisa, que depois virá de uma outra coisa, que vai resultar em uma outra coisa que...

Enfim, quero que funcione.

Digam que vai funcionar...

04 novembro, 2008

Sou só eu...

... que acho a Scalett Johansson feia?




Tá, talvez feia seja meio forte, mas eu nunca vi nada de mais na moça.


Achei a irmã mais velha dela, Vanessa, muito mais interessante: