Caso não esteja me achando...
... é porque estou brincando de Survivor Ilha Grande com Marcelo e mais uns dez amigos até dia 06 de janeiro!
Celular, claro, ficou em casa
Caso precise falar comigo com muita urgência... er... bem, vai ter que esperar até dia 06 mesmo...
Feliz ano novo!
25 dezembro, 2008
23 dezembro, 2008
18 dezembro, 2008
Amigos Gays, por favor:
Me digam o que acharam da notícia abaixo. Alguém aí conhece um único exemplo de "volta ao armário"?
Canal 1: personagem gay de "A Favorita" vai terminar hétero e com Deborah Secco
Apesar de ter sido apaixonado por Halley (Cauã Reymond) por toda a trama, o homossexual Orlandinho, personagem de Iran Malfitano em "A Favorita", vai "mudar de time" no final da novela.
De acordo com o blog do colunista Flávio Ricco, foi o próprio ator quem entregou o final da trama em entrevista na manhã desta quarta (17) no programa "Mais Você".
Orlandinho vai terminar com Céu (Deborah Secco), com quem tem um casamento que começou como sendo de aparências, mas que vem mudando nas últimas semanas, com os dois dormindo juntos com mais frequência.
Além de ficar com Céu, Orlandinho vai passar a fazer a linha "machão", como já indicam as cenas em que ele bate em dois homens que paqueravam sua mulher e que foram ao ar esta semana.
A decisão de "transformar" o personagem homossexual, de acordo com Flávio Ricco, foi tomada pelo autor João Emanuel Carneiro com base em pesquisas de aprovação.
Me digam o que acharam da notícia abaixo. Alguém aí conhece um único exemplo de "volta ao armário"?
Canal 1: personagem gay de "A Favorita" vai terminar hétero e com Deborah Secco
Apesar de ter sido apaixonado por Halley (Cauã Reymond) por toda a trama, o homossexual Orlandinho, personagem de Iran Malfitano em "A Favorita", vai "mudar de time" no final da novela.
De acordo com o blog do colunista Flávio Ricco, foi o próprio ator quem entregou o final da trama em entrevista na manhã desta quarta (17) no programa "Mais Você".
Orlandinho vai terminar com Céu (Deborah Secco), com quem tem um casamento que começou como sendo de aparências, mas que vem mudando nas últimas semanas, com os dois dormindo juntos com mais frequência.
Além de ficar com Céu, Orlandinho vai passar a fazer a linha "machão", como já indicam as cenas em que ele bate em dois homens que paqueravam sua mulher e que foram ao ar esta semana.
A decisão de "transformar" o personagem homossexual, de acordo com Flávio Ricco, foi tomada pelo autor João Emanuel Carneiro com base em pesquisas de aprovação.
12 dezembro, 2008
Comparando abelhas com rinocerontes
O governo dos EUA anunciou que pretende despejar 700 bilhões de dólares na indústria automobilística, que já subiu no telhado há algum tempo. A GM é a primeira da lista que está pra cair, seguida da Chrysler de perto e da Ford, um pouco melhor das pernas. Em tempos de crise, a última coisa que se pensa é em comprar carros, então o setor esfria geral. Nos EUA, são coisa de 250 mil empregos diretos, fora os indiretos. Segundo as empresas, a indústria automobilística afeta a vida de cerca de 10% dos americanos. Ou seja, 30 milhões de pessoas.
Alguém reparou na cifra? SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES
Em 2006, um ano após a devastação em Nova Orleans pelo furacão Katrina, computava-se que o governo tinha destinado 77 bilhões para a reconstrução dos três estados atingidos: Alabama, Louisiana e Mississippi - e até o momento, havia gasto 33 bilhões. Aqui se fala num total de 12 milhões de pessoas.
O que eu to vendo aqui, e por favor, me digam se perdi algum detalhe, é que o governo americano destinou aos afetados pela maior catástrofe natural já ocorrida no país coisa de CINCO por cento do que pretende despejar agora em um mercado industrial, que se gaba de atingir diretamente pouco mais que o dobro da população atingida pelo Katrina.
Talvez seja o mesmo que comparar abelhas com rinocerontes, verdade, mas é impossível não fazê-lo. De um lado temos uma indústria que, se quebrar, certamente gerará um agravamento da crise mundial. Claro que é preocupante, mas não vejo como isso deve receber 20 vezes mais dinheiro do que uma população já carente, que perdeu tudo o que tinha por causa de um desastre natural, que continua sentindo os efeitos do furacão em suas vidas até hoje e que, em nenhum momento, receberam uma atenção decente de seu governo local.
Então, das duas, uma: ou as vítimas do Katrina deveriam receber uns 300 bilhões para reerguer suas vidas, o que daria uns 25 mil dólares por cabeça – como se cada cidadão dos três estados tivesse acertado cinco números na mega sena -, ou o valor destinado às montadoras está, assim, um pouquinho superior ao aceitável.
Acalmem-se, ainda não comparei a ajuda do governo brasileiro aos bancos com o que destinaram a Santa Catarina.
No mínimo, uma tristeza.
O governo dos EUA anunciou que pretende despejar 700 bilhões de dólares na indústria automobilística, que já subiu no telhado há algum tempo. A GM é a primeira da lista que está pra cair, seguida da Chrysler de perto e da Ford, um pouco melhor das pernas. Em tempos de crise, a última coisa que se pensa é em comprar carros, então o setor esfria geral. Nos EUA, são coisa de 250 mil empregos diretos, fora os indiretos. Segundo as empresas, a indústria automobilística afeta a vida de cerca de 10% dos americanos. Ou seja, 30 milhões de pessoas.
Alguém reparou na cifra? SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES
Em 2006, um ano após a devastação em Nova Orleans pelo furacão Katrina, computava-se que o governo tinha destinado 77 bilhões para a reconstrução dos três estados atingidos: Alabama, Louisiana e Mississippi - e até o momento, havia gasto 33 bilhões. Aqui se fala num total de 12 milhões de pessoas.
O que eu to vendo aqui, e por favor, me digam se perdi algum detalhe, é que o governo americano destinou aos afetados pela maior catástrofe natural já ocorrida no país coisa de CINCO por cento do que pretende despejar agora em um mercado industrial, que se gaba de atingir diretamente pouco mais que o dobro da população atingida pelo Katrina.
Talvez seja o mesmo que comparar abelhas com rinocerontes, verdade, mas é impossível não fazê-lo. De um lado temos uma indústria que, se quebrar, certamente gerará um agravamento da crise mundial. Claro que é preocupante, mas não vejo como isso deve receber 20 vezes mais dinheiro do que uma população já carente, que perdeu tudo o que tinha por causa de um desastre natural, que continua sentindo os efeitos do furacão em suas vidas até hoje e que, em nenhum momento, receberam uma atenção decente de seu governo local.
Então, das duas, uma: ou as vítimas do Katrina deveriam receber uns 300 bilhões para reerguer suas vidas, o que daria uns 25 mil dólares por cabeça – como se cada cidadão dos três estados tivesse acertado cinco números na mega sena -, ou o valor destinado às montadoras está, assim, um pouquinho superior ao aceitável.
Acalmem-se, ainda não comparei a ajuda do governo brasileiro aos bancos com o que destinaram a Santa Catarina.
No mínimo, uma tristeza.
Dá licença, um recadinho pro meu amor
Po, se você não está aqui pra me fazer ficar quieta e desligar TV, computador e tal, dá nisso. Fico acordada direto. Os gatinhos me seguem pra lá e pra cá, as roupas, de um modo muito estranho, continuam exatamente no mesmo lugar (no chão, claro), a cama está absurdamente grande e eu morro de saudades de você.
Vai ver só o que eu vou fazer quando te encontrar...
Po, se você não está aqui pra me fazer ficar quieta e desligar TV, computador e tal, dá nisso. Fico acordada direto. Os gatinhos me seguem pra lá e pra cá, as roupas, de um modo muito estranho, continuam exatamente no mesmo lugar (no chão, claro), a cama está absurdamente grande e eu morro de saudades de você.
Vai ver só o que eu vou fazer quando te encontrar...
03 dezembro, 2008
27 novembro, 2008
19 novembro, 2008
Tudo pelo social
Há alguns anos, fiz uma entrevista para uma vaga de mestrado em uma universidade britânica. Juntei meu material e lá fui eu enfrentar um inglês. Mostrei alguns artigos, uma revista sobre TV Digital e o meu projeto experimental de conclusão de curso. Fiz uma revista que avaliava o trabalho de 6 anos do governo FHC na área social.
Ele me parou aí.
A pergunta tinha uma cara de quem já ouvira aquilo tantas vezes que não entendia mais qual era o sentido: "Por que cada um que vem aqui falar comigo tem sempre algum projeto social? Parece que não há outro assunto."
Pois é. Há muitos projetos, prêmios, reportagens, ONGs por aqui voltadas para projetos sociais. Temos muitos também sob o prisma ecológico e educacional, muitas vezes estes se misturam com o social, inclusive. Ao que parece, todo mundo tem o seu projetinho social pessoal. Seja ele contribuir via internet para uma instituição longínqua ou ser responável por uma escola de música na periferia, cada um alimenta seu sentimento de ajudar ao próximo conforme acha conveniente.
O inglês não entendeu nada. Tenho certeza de que ele viu projetos e reportagens de todos os tipos. Existe material de sobre no Brasil sobre milhões de assuntos, desde teatro, cultura, educação, carros, tecnologia até o ramo de luxo, moda e festas. Claro que por aqui tem de tudo, mas os prêmios não abragem qualquer coisa. O que tem de prêmio para trabalhos sociais por aqui não está escrito.
Mas não poderia ser diferente. O Brasil é um país lindo, de natureza abundante, sem desastres naturais e enorme. Essa combinação fez com que o país tivesse condições de manter uma ótima qualidade de vida, mesmo sem precisar de investimentos massivos em "detalhes" como saneamento básico. O crescimento das grandes cidades não foi programado. Os problemas de 100 anos atrás eram outros, ninguém estava preocupado se ia caber todo mundo naquele pedaço de terra.
Com isso, crescemos para ser o grande e belo país subdesenvolvido da América do Sul. O país da soja, da agricultura, da matéria-prima. A cultura de investir nas pessoas e compartilhar o pouco que tem não existe por aqui porque nunca tivemos pouco. Me lembro de ouvir uma frase dita por uma imigrante japonesa quando viu um saco de lixo estourado na rua cheio de arroz, provavelmente o que sobrou de um almoço de família: "Eles fazem isso porque nunca passaram por uma guerra".
A verdade é que a bênção de nunca termos passados grandes necessidades por causa de guerras, furacões, terremotos ou tsunamis nos transformou em gastadores de energia, portanto, pessoas mais egoístas.
O grande problema do Brasil, que ganha a maior parte da atenção dos projetos sociais, é justamente a miséria. Ela é o resultado de séculos de descaso com o desenvolvimento do país. Seca no sertão nordestino, índios quase extintos, favelas que surgem e crescem nas cidades a todo instante, falta de cuidado com educação, falta de emprego. Não poderia ser diferente: no Brasil, o projeto social de cada um é necessário.
É claro que o inglês não entende. Ele sempre viveu no primeiro mundo, enfrentou guerras, se preparou para tempos difíceis e até hoje tem muito, muito dinheiro. Mas continua frio, gelado, distante e egoísta. O Brasil não tem dinheiro, mas vive bem com o que tem. O Brasileiro tem o costume de ser feliz, positivo, receptivo e amoroso, mesmo se a grana tá curta.
Minha vida é um microcosmo do que acontece no país: sem grana, mas em pleno estado de felicidade.
É bom estar aqui. É bom fazer projetos sociais. Dane-se o inglês.
Há alguns anos, fiz uma entrevista para uma vaga de mestrado em uma universidade britânica. Juntei meu material e lá fui eu enfrentar um inglês. Mostrei alguns artigos, uma revista sobre TV Digital e o meu projeto experimental de conclusão de curso. Fiz uma revista que avaliava o trabalho de 6 anos do governo FHC na área social.
Ele me parou aí.
A pergunta tinha uma cara de quem já ouvira aquilo tantas vezes que não entendia mais qual era o sentido: "Por que cada um que vem aqui falar comigo tem sempre algum projeto social? Parece que não há outro assunto."
Pois é. Há muitos projetos, prêmios, reportagens, ONGs por aqui voltadas para projetos sociais. Temos muitos também sob o prisma ecológico e educacional, muitas vezes estes se misturam com o social, inclusive. Ao que parece, todo mundo tem o seu projetinho social pessoal. Seja ele contribuir via internet para uma instituição longínqua ou ser responável por uma escola de música na periferia, cada um alimenta seu sentimento de ajudar ao próximo conforme acha conveniente.
O inglês não entendeu nada. Tenho certeza de que ele viu projetos e reportagens de todos os tipos. Existe material de sobre no Brasil sobre milhões de assuntos, desde teatro, cultura, educação, carros, tecnologia até o ramo de luxo, moda e festas. Claro que por aqui tem de tudo, mas os prêmios não abragem qualquer coisa. O que tem de prêmio para trabalhos sociais por aqui não está escrito.
Mas não poderia ser diferente. O Brasil é um país lindo, de natureza abundante, sem desastres naturais e enorme. Essa combinação fez com que o país tivesse condições de manter uma ótima qualidade de vida, mesmo sem precisar de investimentos massivos em "detalhes" como saneamento básico. O crescimento das grandes cidades não foi programado. Os problemas de 100 anos atrás eram outros, ninguém estava preocupado se ia caber todo mundo naquele pedaço de terra.
Com isso, crescemos para ser o grande e belo país subdesenvolvido da América do Sul. O país da soja, da agricultura, da matéria-prima. A cultura de investir nas pessoas e compartilhar o pouco que tem não existe por aqui porque nunca tivemos pouco. Me lembro de ouvir uma frase dita por uma imigrante japonesa quando viu um saco de lixo estourado na rua cheio de arroz, provavelmente o que sobrou de um almoço de família: "Eles fazem isso porque nunca passaram por uma guerra".
A verdade é que a bênção de nunca termos passados grandes necessidades por causa de guerras, furacões, terremotos ou tsunamis nos transformou em gastadores de energia, portanto, pessoas mais egoístas.
O grande problema do Brasil, que ganha a maior parte da atenção dos projetos sociais, é justamente a miséria. Ela é o resultado de séculos de descaso com o desenvolvimento do país. Seca no sertão nordestino, índios quase extintos, favelas que surgem e crescem nas cidades a todo instante, falta de cuidado com educação, falta de emprego. Não poderia ser diferente: no Brasil, o projeto social de cada um é necessário.
É claro que o inglês não entende. Ele sempre viveu no primeiro mundo, enfrentou guerras, se preparou para tempos difíceis e até hoje tem muito, muito dinheiro. Mas continua frio, gelado, distante e egoísta. O Brasil não tem dinheiro, mas vive bem com o que tem. O Brasileiro tem o costume de ser feliz, positivo, receptivo e amoroso, mesmo se a grana tá curta.
Minha vida é um microcosmo do que acontece no país: sem grana, mas em pleno estado de felicidade.
É bom estar aqui. É bom fazer projetos sociais. Dane-se o inglês.
10 novembro, 2008
O dia em que ele me deixou
5 de fevereiro de 2006. Acordei às 10h30 de súbito. Sabia que era essa a hora que ele acordava. Senti algo estranho, uma energia, uma força que me pôs de volta na cama. Não era pra levantar. Só pensava nele, em como ele estava, se precisava de mim. Pensei em ligar, mas não fiz nada, só dormi.
Mais tarde, depois de acordar direito, resolvi ligar pra ele. Atendeu a recepcionista, que rapidamente me transferiu. Fiquei sem ar, aquela atitude não era nada comum. Eu sabia que não era boa notícia. Atende a doutora.
- Juju, me desculpe. Ele se foi. Às 10h30 botei ele na maca, quando olhei pra ele, ele morreu.
Eu nunca mais o vi. Não fui me despedir, seria doloroso demais. Em vez disso, fui a um restaurante, tomei três caipirinhas, passei a tarde toda bêbada, vi três filmes. Tudo pra tentar não sentir aquele aperto absurdo de tê-lo perdido pra sempre.
O nome dele era Merlin. Era amarelo rajado como a mãe. Tinha pouco mais de um ano e muita energia. Não suportou quando me mudei de um apartamento com jardim para um que nem na janela ele podia ir direito.
Muita, muuuita saudade do meu primeiro gato.
5 de fevereiro de 2006. Acordei às 10h30 de súbito. Sabia que era essa a hora que ele acordava. Senti algo estranho, uma energia, uma força que me pôs de volta na cama. Não era pra levantar. Só pensava nele, em como ele estava, se precisava de mim. Pensei em ligar, mas não fiz nada, só dormi.
Mais tarde, depois de acordar direito, resolvi ligar pra ele. Atendeu a recepcionista, que rapidamente me transferiu. Fiquei sem ar, aquela atitude não era nada comum. Eu sabia que não era boa notícia. Atende a doutora.
- Juju, me desculpe. Ele se foi. Às 10h30 botei ele na maca, quando olhei pra ele, ele morreu.
Eu nunca mais o vi. Não fui me despedir, seria doloroso demais. Em vez disso, fui a um restaurante, tomei três caipirinhas, passei a tarde toda bêbada, vi três filmes. Tudo pra tentar não sentir aquele aperto absurdo de tê-lo perdido pra sempre.
O nome dele era Merlin. Era amarelo rajado como a mãe. Tinha pouco mais de um ano e muita energia. Não suportou quando me mudei de um apartamento com jardim para um que nem na janela ele podia ir direito.
Muita, muuuita saudade do meu primeiro gato.
07 novembro, 2008
24 outubro, 2008
Toda família tem um louco
Preste atenção. Olhe para seus pais, irmãos, tios, primos. Repare nas conversas, no jeito que cada um se comporta. Dá pra notar que tem sempre um ali que não se encaixa muito bem no contexto. E ele nem é o adotado, esse aí muitas vezes é quem tem que resolver a parada toda. O louco tem o mesmo DNA que você, meu bem.
O louco da família pode ser de vários tipos. Aliás, dependendo do tamanho da sua família, dá pra ter até mais de um tipo de louco. Isso se a abrangência for de três a quatro gerações (avós, tios, primos, sobrinhos), aí é certeza que tem uns dois tipos, pelo menos. Mas ali, entre você, seus irmãos e seus pais, tem louco com certeza. Olha bem de perto.
O louco espontâneo
Já começo com a minha categoria logo (Hã? Alguém tinha dúvidas que eu sou a louca da minha família? Claro que sou!).
O espontâneo é aquele que já chega abalando, abre a porta aos gritos de "Oi família!", faz bagunça, dá opinião sem ser chamado... no meu caso, gosto muito de botar uma música alta e ficar chacoalhando a minha mãe enquanto ela - tenta - fazer o almoço, mais ou menos como ela fazia quando eu era pequena. Os espontâneos também não sabem muito quando calar a boca. Melhora depois dos 30 - finalmente!
O louco compulsivo
Tudo com ele tem que ser ali na hora, daquele jeito. Todo mundo TEM-QUE-IR na casa da mamãe no domingo pro almoço porque PRE-CI-SA ser assim. Ele é metódico, muitas vezes obriga a família inteira a mudar a rotina por causa dele. Estes, quando crescem, viram ótimos profissionais e sobem rápido na vida - mas são péssimos chefes.
O louco ranzinza
Tá todo mundo no parque, na fila para a montanha-russa e ele lá, com a tromba, reclamando. E geralmente ele já passou a fase deprê adolescente há muito tempo! É aquele tipo que se tranca no quarto e não sai o dia todo. De noite, vai para a sala e é mandado de volta pro quarto porque ninguém aguenta as reclamações. Se não toma logo um rumo na vida, vira funcionário público mesmo.
A louca religiosa
Impossível não notar a presença dela. Já chega dando passes em todo mundo, sorri para o além, comenta que a sua aura está num tom pastel muito agradável hoje (aê, pastel...). Se te vê com alguma carinha triste, já te puxa pra rezar ali rapidinho, te faz ajoelhar no altar, diz que sente que fizeram um trabalho pra você e te passa uma simpatia com grãos de arroz pra ser feita em casa, nada de mais. Aí você olha com aquela cara de c... pros grãos e leva pra casa, pra jogar fora no caminho. Aí você não joga fora porque, claro, você é uma daquelas céticas que sabem que as bruxas existem...
O louco que não bate bem meeeesmo
Ah, não vai dizer que na tua não tem, porque é mentira! Toda família tem um pirado que ninguém quer ficar muito perto, aquele tio zuretinha, aquela sobrinha espivetada, o vovô pinel, senil, o que seja. O louquinho de pedra pode já ter feito de tudo na vida e descobriu que a vocação dele é não fazer nada mesmo e viver às suas custas, ou é aquela vó que cuidou da família inteira sozinha e pirou - claro - depois que todo mundo cresceu.
O louco inconsequente
Esse tá sempre de carro novo, muda de casa, de namorada, sempre bem vestido e volta-e-meia chega pra você e diz "poxa, tem como você me arranjar uma grana?". Poxa, cara. Parece até que eu trabalho pra te ver feliz, né? Pois é. Esse aqui, com grana na mão, é um problema pro clã inteiro. Pelo menos, quando ele tá quebrado, não arranja tanta encrenca.
O louco que ficou nos anos 70
O tipo do tio que tá sempre um pouco mais doidão que o seu irmão adolescente que acabou de descobrir a maconha. O cara só anda de bandana na cabeça, óculos redondinho, barba, cabelão grisalho comprido e colete indiano, só ouve Fleetwood Mac, Jethro Tull, Pink Floyd, Jovem Guarda e Raul. Das duas, uma: ou esse tio te vê só três vezes por ano (Natal, Páscoa e algum diazinho nas férias), que é quando ele sai lá do sítio pra visitar a mãe, ou o cara teve uma idéia absurda de alguma coisa e virou um puta milionário, aí você não vê o cara nunca mais.
Mais algum louco na sua vida?
Preste atenção. Olhe para seus pais, irmãos, tios, primos. Repare nas conversas, no jeito que cada um se comporta. Dá pra notar que tem sempre um ali que não se encaixa muito bem no contexto. E ele nem é o adotado, esse aí muitas vezes é quem tem que resolver a parada toda. O louco tem o mesmo DNA que você, meu bem.
O louco da família pode ser de vários tipos. Aliás, dependendo do tamanho da sua família, dá pra ter até mais de um tipo de louco. Isso se a abrangência for de três a quatro gerações (avós, tios, primos, sobrinhos), aí é certeza que tem uns dois tipos, pelo menos. Mas ali, entre você, seus irmãos e seus pais, tem louco com certeza. Olha bem de perto.
O louco espontâneo
Já começo com a minha categoria logo (Hã? Alguém tinha dúvidas que eu sou a louca da minha família? Claro que sou!).
O espontâneo é aquele que já chega abalando, abre a porta aos gritos de "Oi família!", faz bagunça, dá opinião sem ser chamado... no meu caso, gosto muito de botar uma música alta e ficar chacoalhando a minha mãe enquanto ela - tenta - fazer o almoço, mais ou menos como ela fazia quando eu era pequena. Os espontâneos também não sabem muito quando calar a boca. Melhora depois dos 30 - finalmente!
O louco compulsivo
Tudo com ele tem que ser ali na hora, daquele jeito. Todo mundo TEM-QUE-IR na casa da mamãe no domingo pro almoço porque PRE-CI-SA ser assim. Ele é metódico, muitas vezes obriga a família inteira a mudar a rotina por causa dele. Estes, quando crescem, viram ótimos profissionais e sobem rápido na vida - mas são péssimos chefes.
O louco ranzinza
Tá todo mundo no parque, na fila para a montanha-russa e ele lá, com a tromba, reclamando. E geralmente ele já passou a fase deprê adolescente há muito tempo! É aquele tipo que se tranca no quarto e não sai o dia todo. De noite, vai para a sala e é mandado de volta pro quarto porque ninguém aguenta as reclamações. Se não toma logo um rumo na vida, vira funcionário público mesmo.
A louca religiosa
Impossível não notar a presença dela. Já chega dando passes em todo mundo, sorri para o além, comenta que a sua aura está num tom pastel muito agradável hoje (aê, pastel...). Se te vê com alguma carinha triste, já te puxa pra rezar ali rapidinho, te faz ajoelhar no altar, diz que sente que fizeram um trabalho pra você e te passa uma simpatia com grãos de arroz pra ser feita em casa, nada de mais. Aí você olha com aquela cara de c... pros grãos e leva pra casa, pra jogar fora no caminho. Aí você não joga fora porque, claro, você é uma daquelas céticas que sabem que as bruxas existem...
O louco que não bate bem meeeesmo
Ah, não vai dizer que na tua não tem, porque é mentira! Toda família tem um pirado que ninguém quer ficar muito perto, aquele tio zuretinha, aquela sobrinha espivetada, o vovô pinel, senil, o que seja. O louquinho de pedra pode já ter feito de tudo na vida e descobriu que a vocação dele é não fazer nada mesmo e viver às suas custas, ou é aquela vó que cuidou da família inteira sozinha e pirou - claro - depois que todo mundo cresceu.
O louco inconsequente
Esse tá sempre de carro novo, muda de casa, de namorada, sempre bem vestido e volta-e-meia chega pra você e diz "poxa, tem como você me arranjar uma grana?". Poxa, cara. Parece até que eu trabalho pra te ver feliz, né? Pois é. Esse aqui, com grana na mão, é um problema pro clã inteiro. Pelo menos, quando ele tá quebrado, não arranja tanta encrenca.
O louco que ficou nos anos 70
O tipo do tio que tá sempre um pouco mais doidão que o seu irmão adolescente que acabou de descobrir a maconha. O cara só anda de bandana na cabeça, óculos redondinho, barba, cabelão grisalho comprido e colete indiano, só ouve Fleetwood Mac, Jethro Tull, Pink Floyd, Jovem Guarda e Raul. Das duas, uma: ou esse tio te vê só três vezes por ano (Natal, Páscoa e algum diazinho nas férias), que é quando ele sai lá do sítio pra visitar a mãe, ou o cara teve uma idéia absurda de alguma coisa e virou um puta milionário, aí você não vê o cara nunca mais.
Mais algum louco na sua vida?
22 outubro, 2008
Vontade de...
... comer um abacaxi maduríssimo bem doce e super gelado
... passar mais uma semana jogada na areia olhando o mar
... fazer uma caminhada com meu amigos da academia num parque (poxa... VAMOS????)
... colocar mais lâmpadas em casa
... deitar com meus gatos na cama, ouvindo as crianças cantando na escola ao lado, sem hora pra levantar
... relaxar, relaxar, relaxar...
... comer um abacaxi maduríssimo bem doce e super gelado
... passar mais uma semana jogada na areia olhando o mar
... fazer uma caminhada com meu amigos da academia num parque (poxa... VAMOS????)
... colocar mais lâmpadas em casa
... deitar com meus gatos na cama, ouvindo as crianças cantando na escola ao lado, sem hora pra levantar
... relaxar, relaxar, relaxar...
08 outubro, 2008
Sim, sou eu
Olhos bem marcados, lábios vermelhos, corset de látex, blusa preta, sutiã vermelho e bolsinha de corset.
Página 49 da edição de outubro da revista Nova.
Matéria sobre o Projeto Luxúria.
Pois é, sou eu :-)
Olhos bem marcados, lábios vermelhos, corset de látex, blusa preta, sutiã vermelho e bolsinha de corset.
Página 49 da edição de outubro da revista Nova.
Matéria sobre o Projeto Luxúria.
Pois é, sou eu :-)
30 setembro, 2008
Could that happen to anyone other than me...
Come and relax now
Put your troubles down
No need to bear the weight of your worries
You let them all fall away
I find sometimes it's easy to be myself
Sometimes I find it's better to be somebody else
When I was young, I didn't think about it
Now I just can't get it off my mind
I eat too much
I drink too much
I want too much
Too much
Knock knock on the door
Who's it for, nobody in here
(Look in the mirror my friend)
You cannot quit me so quickly
Is no hope in you for me
No corner you could squeeze me
But I got all the time for you, love
Minha homenagem ao show de Dave Matthews neste domingo. Mais uma vez, uma delícia...
Come and relax now
Put your troubles down
No need to bear the weight of your worries
You let them all fall away
I find sometimes it's easy to be myself
Sometimes I find it's better to be somebody else
When I was young, I didn't think about it
Now I just can't get it off my mind
I eat too much
I drink too much
I want too much
Too much
Knock knock on the door
Who's it for, nobody in here
(Look in the mirror my friend)
You cannot quit me so quickly
Is no hope in you for me
No corner you could squeeze me
But I got all the time for you, love
Minha homenagem ao show de Dave Matthews neste domingo. Mais uma vez, uma delícia...
25 setembro, 2008
24 setembro, 2008
22 setembro, 2008
Countdown for 30
4 dias
O namorado me fez uma revelação sobre mim mesma que eu tive que admitir que ele estava certo: EU SOU NERD.
Pois é, apesar de ser algo muito difícil de assumir, eu fiquei feliz! Depois de duas décadas me sentindo um peixe fora d'água no mundo, Marcelo finalmente me arranjou um rótulo.
No colégio ninguém me chamava de nerd porque eu não era do tipo estudiosa. Pra falar bem a verdade, eu só dormia no colégio - e percebi recentemente que na faculdade também foi assim.
Mas eu sempre me dei bem com os nerds. Melhor do que com os mauricinhos e hippies de boutique que sempre estavam ali. Eu gostava de todo mundo (mentira, nunca gostei de mauricinhos), mas meus amigos sempre foram os mais caretas, os que vislumbravam algum rumo na vida.
Enfim, agora que eu sei que sou nerd aos 30, eu sei que eu combino com o meu menino ;-)
4 dias
O namorado me fez uma revelação sobre mim mesma que eu tive que admitir que ele estava certo: EU SOU NERD.
Pois é, apesar de ser algo muito difícil de assumir, eu fiquei feliz! Depois de duas décadas me sentindo um peixe fora d'água no mundo, Marcelo finalmente me arranjou um rótulo.
No colégio ninguém me chamava de nerd porque eu não era do tipo estudiosa. Pra falar bem a verdade, eu só dormia no colégio - e percebi recentemente que na faculdade também foi assim.
Mas eu sempre me dei bem com os nerds. Melhor do que com os mauricinhos e hippies de boutique que sempre estavam ali. Eu gostava de todo mundo (mentira, nunca gostei de mauricinhos), mas meus amigos sempre foram os mais caretas, os que vislumbravam algum rumo na vida.
Enfim, agora que eu sei que sou nerd aos 30, eu sei que eu combino com o meu menino ;-)
19 setembro, 2008
16 setembro, 2008
Countdown for 30
10 dias
Este ano eu cheguei a uma brilhante conclusão.
Aos 20, eu achava que tinha todas as respostas para o mundo. Achava que bastava ter feito um trabalhinho naquela área que eu já era experiente (isso inclui trabalho, sexo, direção, corte de cabelo...). Aos 20 nós somos tão seguros de nós mesmos que somos capazes de dominar o mundo, podemos mandar em tudo, afinal, somos adultos agora.
Chegando aos 30 eu entendi uma coisa importante. Percebi o quanto eu ainda sou tão ignorante a respeito de tudo, como a minha experiência é necessária e o quanto eu ainda terei que fazer para alcançar a tal segurança - dessa vez REAL - que eu tinha aos 20.
Incrível. Ainda tenho pelo menos mais uns 30, 40 anos para entender tudo isso.
10 dias
Este ano eu cheguei a uma brilhante conclusão.
Aos 20, eu achava que tinha todas as respostas para o mundo. Achava que bastava ter feito um trabalhinho naquela área que eu já era experiente (isso inclui trabalho, sexo, direção, corte de cabelo...). Aos 20 nós somos tão seguros de nós mesmos que somos capazes de dominar o mundo, podemos mandar em tudo, afinal, somos adultos agora.
Chegando aos 30 eu entendi uma coisa importante. Percebi o quanto eu ainda sou tão ignorante a respeito de tudo, como a minha experiência é necessária e o quanto eu ainda terei que fazer para alcançar a tal segurança - dessa vez REAL - que eu tinha aos 20.
Incrível. Ainda tenho pelo menos mais uns 30, 40 anos para entender tudo isso.
15 agosto, 2008
A paixão e a frustração no esporte
Brasileiro é um povo naturalmente apaixonado. Tudo parece ser mais à flor da pele por aqui. No esporte dá pra ver a vibração dos atletas, o sangue nos olhos, a ansiedade de cada um.
Essa energia da paixão é o que faz o time feminino de vôlei partir pra cima das adversárias, as duplas do vôlei de praia gritar mais, o povo do judô, da natação, do atletismo, todo mundo se esforçar ao máximo. É realmente um combustível e tanto.
Esta noite, as meninas do handebol venceram a Coréia do Sul por 33 a 32. Elas lideraram a partida toda, mas as sul-coreanas conseguiram empatar. No último segundo, no único instante que restava para a equipe brasileira se manter na competição, a paixão falou bem alto e elas marcaram um gol. Foi um daqueles momentos eletrizantes do esporte que brasileiro adora.
Mas tem um problema – SEMPRE tem um problema. Uma pessoa cegamente apaixonada pode, de uma hora pra outra, tornar-se uma pessoa totalmente frustrada. Quanto mais energia a paixão carrega, maior pode ser o tombo.
Isso ficou claro na clássica derrota do vôlei feminino para a Rússia em 2004. As brasileiras venciam por 2 sets a 1 e estavam pra fechar o jogo, mas a falta de concentração matou o quarto set. No tie break, as russas vinham com a moral de terem segurado a onda e conseguiram ganhar o jogo. A frustração das brasileiras foi tão grande, tão forte, que elas não ofereceram nenhuma resistência às cubanas na disputa pelo bronze.
E nós estamos tão acostumados a ver nossos atletas agirem desta forma, meio 8 ou 80, que nem sabemos o que dizer. O interessante é ver como reagem os brasileiros quando a atitude do atleta é diferente disso.
A judoca Ketleyn Quadros ganhou um bronze ao vir da repescagem. Ela já tinha perdido uma luta e foi brigar pelo terceiro lugar. Brigou muito e levou. Mas quem disse que ela gritou, pulou, saiu correndo. Ela, no máximo, deu um sorrisinho e continuou firme, concentrada. Acabou apelidada de “mulher de gelo”.
Poxa, que injustiça com ela. Ketleyn fez aquilo que eu recomendaria para qualquer atleta: manteve-se concentrada, equilibrada. A mesma frieza que ela teve para enfrentar derrotas e conseguir dar a volta por cima foi aquela presente em sua comemoração.
Espero que os animados – e extremamente competentes – atletas do vôlei não se deixem abalar com perdas de set que eventualmente devem rolar e consigam manter a concentração até o final de cada partida, mesmo que isso signifique uma comemoração mais comedida. Pelo ouro, vale a pena.
Brasileiro é um povo naturalmente apaixonado. Tudo parece ser mais à flor da pele por aqui. No esporte dá pra ver a vibração dos atletas, o sangue nos olhos, a ansiedade de cada um.
Essa energia da paixão é o que faz o time feminino de vôlei partir pra cima das adversárias, as duplas do vôlei de praia gritar mais, o povo do judô, da natação, do atletismo, todo mundo se esforçar ao máximo. É realmente um combustível e tanto.
Esta noite, as meninas do handebol venceram a Coréia do Sul por 33 a 32. Elas lideraram a partida toda, mas as sul-coreanas conseguiram empatar. No último segundo, no único instante que restava para a equipe brasileira se manter na competição, a paixão falou bem alto e elas marcaram um gol. Foi um daqueles momentos eletrizantes do esporte que brasileiro adora.
Mas tem um problema – SEMPRE tem um problema. Uma pessoa cegamente apaixonada pode, de uma hora pra outra, tornar-se uma pessoa totalmente frustrada. Quanto mais energia a paixão carrega, maior pode ser o tombo.
Isso ficou claro na clássica derrota do vôlei feminino para a Rússia em 2004. As brasileiras venciam por 2 sets a 1 e estavam pra fechar o jogo, mas a falta de concentração matou o quarto set. No tie break, as russas vinham com a moral de terem segurado a onda e conseguiram ganhar o jogo. A frustração das brasileiras foi tão grande, tão forte, que elas não ofereceram nenhuma resistência às cubanas na disputa pelo bronze.
E nós estamos tão acostumados a ver nossos atletas agirem desta forma, meio 8 ou 80, que nem sabemos o que dizer. O interessante é ver como reagem os brasileiros quando a atitude do atleta é diferente disso.
A judoca Ketleyn Quadros ganhou um bronze ao vir da repescagem. Ela já tinha perdido uma luta e foi brigar pelo terceiro lugar. Brigou muito e levou. Mas quem disse que ela gritou, pulou, saiu correndo. Ela, no máximo, deu um sorrisinho e continuou firme, concentrada. Acabou apelidada de “mulher de gelo”.
Poxa, que injustiça com ela. Ketleyn fez aquilo que eu recomendaria para qualquer atleta: manteve-se concentrada, equilibrada. A mesma frieza que ela teve para enfrentar derrotas e conseguir dar a volta por cima foi aquela presente em sua comemoração.
Espero que os animados – e extremamente competentes – atletas do vôlei não se deixem abalar com perdas de set que eventualmente devem rolar e consigam manter a concentração até o final de cada partida, mesmo que isso signifique uma comemoração mais comedida. Pelo ouro, vale a pena.
29 julho, 2008
Olimpíadas 2008
Gostaria de pedir encarecidamente aos atletas que:
- Não batuquem na Vila Olímpica. Brasileiro tem fama de baderneiro, então seria de bom tom não alimentá-la
- Não bebam (tanto assim). Vide item acima
- Não exagerem na comida local. Vai saber o que pode acontecer quando se come espetinho de barata no lanche.
- Façam filhinhos discretamente. E passem longe das meninas da ginástica!
- E por favor, POR FAVOR! Não mordam as medalhas! Os fotógrafos acham bonitinho, mas somos nós, jornalistas, que temos que ficar olhando pra vocês todos fazendo a mesma pose
Agora todo mundo cantando comigo o tema do Mc Donald's!
"Agora eu sou chinêêês, tenho milhões de amigos de uma veeez..."
Gostaria de pedir encarecidamente aos atletas que:
- Não batuquem na Vila Olímpica. Brasileiro tem fama de baderneiro, então seria de bom tom não alimentá-la
- Não bebam (tanto assim). Vide item acima
- Não exagerem na comida local. Vai saber o que pode acontecer quando se come espetinho de barata no lanche.
- Façam filhinhos discretamente. E passem longe das meninas da ginástica!
- E por favor, POR FAVOR! Não mordam as medalhas! Os fotógrafos acham bonitinho, mas somos nós, jornalistas, que temos que ficar olhando pra vocês todos fazendo a mesma pose
Agora todo mundo cantando comigo o tema do Mc Donald's!
"Agora eu sou chinêêês, tenho milhões de amigos de uma veeez..."
06 julho, 2008
06 junho, 2008
05 março, 2008
Coisas que eu odeio
Meus bloqueios mentais
Chegar atrasada
Abrir novo documento no Word, vazio, branquinho...
Decepcionar alguém
Esperar, esperar, esperar...
Café, batata frita, pipoca, camarão...
Me forçar a dormir - simplesmente não acontece
Acordar com pressa
Lembrar que o Merlin morreu dia 5 de fevereiro de 2006
Saber que eu to adiando coisas práticas que vão, sim, me dar problemas logo logo
Meus bloqueios mentais
Chegar atrasada
Abrir novo documento no Word, vazio, branquinho...
Decepcionar alguém
Esperar, esperar, esperar...
Café, batata frita, pipoca, camarão...
Me forçar a dormir - simplesmente não acontece
Acordar com pressa
Lembrar que o Merlin morreu dia 5 de fevereiro de 2006
Saber que eu to adiando coisas práticas que vão, sim, me dar problemas logo logo
29 fevereiro, 2008
Orgulho de ser diferente
Nunca fui magrinha, mas sempre fui a mais gostosa. Morria de inveja das minhas amigas magrelas, que entravam em todas as roupas das lojas, feitas pra meninas retas. Sempre odiei fazer compras por isso: me deixavam ainda mais triste, me achando gorda. Mas na hora dos meninos, era sempre eu que ficava com o cara.
Aos 7 anos eu questionei a menina “dona da turma”, perguntava porque ela agia como se mandasse em todo mundo – e ela realmente mandava, menos em mim. Aos 10 anos, quando ela já não estudava mais comigo, me mandou uma carta dizendo que entendeu o questionamento e nunca quis mandar em ninguém, queria apenas ser legal, mas não sabia como. Ela descobriu que ser legal não é ser tirana.
Aos 12 anos, depois de passar um ano inteiro sendo taxada de excluída, mudei de colégio e resolvi que não ia mais ser a quietinha, nerd de cabeça baixa. Quem não mudou foi o povo que convivia comigo e continuava tentando me diminuir. Resolvi não perder meu tempo com eles: eu tinha a minha turma, fora dali, onde eu era querida e popular.
Ontem assisti Friends, quando Ross e Chandler, supernerds, questionaram Joey sobre ter lido Senhor dos Anéis no colegial – numa comparação esdrúxula, seria como perguntar pra mim se eu li Dom Casmurro. A resposta de Joey: “Eu fazia sexo no colegial”. Tá explicado porque eu não me lembro de quase nada de Dom Casmurro.
As meninas faziam jazz, dança contemporânea ou pelo menos academia. Eu era campeã paulista de jiu-jitsu.
Era ótima em matemática no colegial. Uma vez minha classe resolveu fazer um protesto coletivo pra tirar o professor: entregaram todas as provas em branco. Eu nem fui, não concordava. Fizeram abaixo-assinado, eu fui a única a não assinar. Ficava dizendo que outro professor não ia adiantar, que eles tinham que estudar mais. Entrou outro professor: Bacharel em Matemática e Filosofia, chamava-se Bráulio. Totalmente fora da casinha. Ele era tão ruim que conseguiu fazer minha classe inteira me dar razão.
O povo do colégio gostava de frequentar as baladinhas do clube Pinheiros, Paulistano, a US na rua Estados Unidos, as primeiras casa da Vila Olímpia... eu só me encontrei na noite paulistana quando conheci os botecos da Cardeal Arcoverde, na Vila Madalena.
Eu nunca achava bonito o queridinho de todas as meninas, sempre preferia o mau elemento que ninguém ligava muito. Que clichê...
Todo mundo queria montar banda, cantar rock, ir contra o sistema, virar comunista. Eu queria cantar teatro musical na Broadway.
Essa vida de correr por fora dos padrões que nos são impostos virou esporte pra mim.
Nunca fui magrinha, mas sempre fui a mais gostosa. Morria de inveja das minhas amigas magrelas, que entravam em todas as roupas das lojas, feitas pra meninas retas. Sempre odiei fazer compras por isso: me deixavam ainda mais triste, me achando gorda. Mas na hora dos meninos, era sempre eu que ficava com o cara.
Aos 7 anos eu questionei a menina “dona da turma”, perguntava porque ela agia como se mandasse em todo mundo – e ela realmente mandava, menos em mim. Aos 10 anos, quando ela já não estudava mais comigo, me mandou uma carta dizendo que entendeu o questionamento e nunca quis mandar em ninguém, queria apenas ser legal, mas não sabia como. Ela descobriu que ser legal não é ser tirana.
Aos 12 anos, depois de passar um ano inteiro sendo taxada de excluída, mudei de colégio e resolvi que não ia mais ser a quietinha, nerd de cabeça baixa. Quem não mudou foi o povo que convivia comigo e continuava tentando me diminuir. Resolvi não perder meu tempo com eles: eu tinha a minha turma, fora dali, onde eu era querida e popular.
Ontem assisti Friends, quando Ross e Chandler, supernerds, questionaram Joey sobre ter lido Senhor dos Anéis no colegial – numa comparação esdrúxula, seria como perguntar pra mim se eu li Dom Casmurro. A resposta de Joey: “Eu fazia sexo no colegial”. Tá explicado porque eu não me lembro de quase nada de Dom Casmurro.
As meninas faziam jazz, dança contemporânea ou pelo menos academia. Eu era campeã paulista de jiu-jitsu.
Era ótima em matemática no colegial. Uma vez minha classe resolveu fazer um protesto coletivo pra tirar o professor: entregaram todas as provas em branco. Eu nem fui, não concordava. Fizeram abaixo-assinado, eu fui a única a não assinar. Ficava dizendo que outro professor não ia adiantar, que eles tinham que estudar mais. Entrou outro professor: Bacharel em Matemática e Filosofia, chamava-se Bráulio. Totalmente fora da casinha. Ele era tão ruim que conseguiu fazer minha classe inteira me dar razão.
O povo do colégio gostava de frequentar as baladinhas do clube Pinheiros, Paulistano, a US na rua Estados Unidos, as primeiras casa da Vila Olímpia... eu só me encontrei na noite paulistana quando conheci os botecos da Cardeal Arcoverde, na Vila Madalena.
Eu nunca achava bonito o queridinho de todas as meninas, sempre preferia o mau elemento que ninguém ligava muito. Que clichê...
Todo mundo queria montar banda, cantar rock, ir contra o sistema, virar comunista. Eu queria cantar teatro musical na Broadway.
Essa vida de correr por fora dos padrões que nos são impostos virou esporte pra mim.
21 fevereiro, 2008
Que original, que nada!
Quando fui de carro até Vitória ano passado, tinha horas que não havia muito o que fazer além de ver a paisagem - que, apesar de linda, por muito tempo não mudava. Achei divertido que, de um desses momentos, saiu essa foto:
Tão feliz era eu, me achando criativa, quando vejo uma mostra de fotografia que vai rolar na Caixa Cultural com a seguinte imagem, de 1955:
Depois de 100 000 anos de humanidade, fica difícil ser original...
Quando fui de carro até Vitória ano passado, tinha horas que não havia muito o que fazer além de ver a paisagem - que, apesar de linda, por muito tempo não mudava. Achei divertido que, de um desses momentos, saiu essa foto:
Tão feliz era eu, me achando criativa, quando vejo uma mostra de fotografia que vai rolar na Caixa Cultural com a seguinte imagem, de 1955:
Depois de 100 000 anos de humanidade, fica difícil ser original...
20 fevereiro, 2008
Só as Drags são felizes
Muita maquiagem, roupas chocantes, muita cor e, claro, saltos altíssimos! As drag queens são ícones que eu admiro, adoro ver uma boa montagem!
Logo eu, adepta do jeans, camiseta e All Star, ando aficcionada por saltos. Ontem comprei dois baixinhos, pra usar no dia-a-dia. Quem não gostou foram meus dedinhos, amassados entre as tiras das sandálias. Minhas pernas adoraram, estão um pouquinho mais longas. Logo elas, que são curtas e grossas...
Não há quem resista. Eu nada tenho de podólatra, nada disso, apenas descobri o milagre que um par de finos saltos pretos pode fazer. Na última Luxúria eu extrapolei no salto, uns 12cm com plataforma. Acredito que pra quem está sempre nas alturas, 12cm não é lá grande coisa, mas pra mim era outro mundo! Eu lá, com altura de modelo, cabelos de vampira, peitos meus mesmo, grandes como sempre, cinturinha e as ancas que me acompanham... quando tirei o salto (po, chega uma hora que a gente não dá mais conta) eu voltei a ser aquela menininha de sempre, só falta o jeans e a camiseta.
A próxima aquisição será um vermelho, comprido e charmoso, pra combinar com a lingerie...
Muita maquiagem, roupas chocantes, muita cor e, claro, saltos altíssimos! As drag queens são ícones que eu admiro, adoro ver uma boa montagem!
Logo eu, adepta do jeans, camiseta e All Star, ando aficcionada por saltos. Ontem comprei dois baixinhos, pra usar no dia-a-dia. Quem não gostou foram meus dedinhos, amassados entre as tiras das sandálias. Minhas pernas adoraram, estão um pouquinho mais longas. Logo elas, que são curtas e grossas...
Não há quem resista. Eu nada tenho de podólatra, nada disso, apenas descobri o milagre que um par de finos saltos pretos pode fazer. Na última Luxúria eu extrapolei no salto, uns 12cm com plataforma. Acredito que pra quem está sempre nas alturas, 12cm não é lá grande coisa, mas pra mim era outro mundo! Eu lá, com altura de modelo, cabelos de vampira, peitos meus mesmo, grandes como sempre, cinturinha e as ancas que me acompanham... quando tirei o salto (po, chega uma hora que a gente não dá mais conta) eu voltei a ser aquela menininha de sempre, só falta o jeans e a camiseta.
A próxima aquisição será um vermelho, comprido e charmoso, pra combinar com a lingerie...
14 fevereiro, 2008
MÚSICAS DE FOSSA - O GUIA
Estava eu aqui, brincando com meu brinquedo favorito, rindo, feliz e de repente alguém vem e quebra o meu brinquedo... Mais claramente: pegaram o meu brinquedo e jogaram com toda a força possível na parede pra ver o que ia acontecer.
O jeito agora é chorar até esgotar, passar as etapas clássicas da fossa e depois tentar achar um brinquedo novo. Como os músicos até hoje só conseguiram inventar dois tipos de música (apaixonados e abandonados), segue um guia com a trilha sonora ideal para as fases da fossa. Pegue seu travesseiro e ligue o iPod.
Etapa 1: A negação
No começo te pegam meio desprevenido, mas sempre tem aquele momento em que você já viu que não há luz no fim do túnel, mas continua insistindo. Ninguém disse nada, mas tá na cara que você vai levar aquele pé. Nada fácil:
Never there – Cake
- Hum... tem certeza que é namoro?
Sozinho – Caetano Veloso
- Hum... não é namoro.
Stuck in the Middle With You – Stealers Wheel
- Essa posição meio "intermediária" certamente é a pior
Etapa 2: O inconformado
Terminou? Mesmo? Sério? Sério, meu. Se um não quer, dois não podem, nem adianta. Mas mesmo assim você argumenta...
Still loving you - Scorpions
- Para aqueles que acreditam que tempo é uma coisa que existe
Every Breath you Take – The Police
- É a música mais linda já feita para os perseguidores, o pior tipo de ex que pode existir
Etapa 3: Uma migalha, pelamordedeus...
Chega aquele momento em que você faz tudo, qualquer coisa, topa qualquer parada para ficar com o cara. Você se humilha, se anula, passa por cima de tudo em troca de um telefonema. Se você demorar nessa fase, procure um médico porque essa aqui é punk
Come back to me – Janet Jackson
- Se jogue, se arraste no chão, implore por um pedacinho!
One more night – Phill Collins
- Bom, apesar da humilhação, esse aqui bota um limitezinho...
Un-break my heart– Tony Braxton
- Para as adeptas às amarrações na boca do sapo
Etapa 4: A conscientização
Bom, chegou aquela hora em que você viu que realmente a vaca foi pro brejo, sem previsão de retorno. Aquela coisa de a gente então dizer "já que é assim, então vai".
Go your own way – Fleetwood Mac
- Este é um bom jeito de dizer "Vai pra p... que te pariu!!!"
Barely Breathing – Duncan Sheik
- Pra quem teve que botar o ponto final que o outro não teve capacidade. Odeeeeio isso!
Express Yourself - Madonna
- O mantra das mocinhas que precisam encostar o marmanjo na parede!
Etapa 5: A raiva
Hora de queimar fotos, apagar scraps, mensagens, rasgar cartas, chorar, chorar, chorar... Vale telefonar 450 vezes por dia, xingar, ligar pros amigos dele, falar mal. Eu não sou muito de botar limites aqui, mas é bom pegar leve nos processos judiciais
Você vai me destruir – Vanessa da Mata
- Essa é pra cantar com raiva no karaokê!
You Oughta Know – Alanis Morissette
- Ai... essa eu não queria encontrar pela rua
I Want to Break Free - Queen
- Esse começa nervoso, mas vai amansando... recomendável pros momentos de descontrole
Etapa 6: A recaída
Não pense que você escapa dessa, não. Bate aquela saudade mútua, as lembranças boas, aquela carência... e lá vai você fazer merda.
Mamma Mia – Abba
- Melô da sofredora. Amiga, larga dele...
Paixão Antiga - Tim Maia
- Aquele furor de um encontro ao acaso que você pensa que vai durar pra sempre, mas no dia seguinte...
A canção tocou na hora errada – Ana Carolina
- Se guardou carta com letra de forma, meu bem, é porque ainda tá faltando algo pra esquecer
Etapa 7: O escaldado
Passada a fase do "nunca mais vou encontrar um amor", você dá aquele braço de distância do figura e vê que dali não sai mais coelho mesmo, é hora de fugir. Dá também um medinho de passar por tudo isso de novo...
Falling in love – Eagle-Eye Cherry
- Apanha, morre de medo, mas continua a jogar...
Tainted Love – Soft Cell
- Pra quem já passou pela raiva e passou "ileso" da recaída (raríssimos esses casos!), agora só quer saber de passar longe da figura
I will survive – Gloria Gaynor
- Hino oficial dos escaldados. Ninguém escapa de um dia gritar "I will survive!" no meio da balada, de preferência gay
Etapa 8: Só por hoje...
Paixão é uma droga mesmo. A fase dos mantras "eu vou superar isso", "vai passar", "hoje eu não vou ligar" é a mais mala. E demora, o que é pior.
Live to Tell – Madonna
- Hora de contar pras amigas a triste notícia: você também vai passar por isso
I’ll be Over You - Toto
- Mantra do tipo Alpha FM também vale
Etapa 9: Caindo na real (agora sim)
Tem um momento em que você se cansa de sofrer, começa a perdoar as batidas de cabeça do outro, se dá conta que existem - mesmo - pessoas mais legais no mundo e resolve desencanar. Quando a poeira baixa, é como tirar uma pedra de 300kg das costas. Cante pro outro, sem ressentimentos.
Boa sorte – Vanessa da Mata
- Agora que você sacou, então admita que não ia dar certo mesmo
Touch of grey – Grateful Dead
- Po, eu adoro essa! É aquela música-fossa alegrinha, que faz você rir um pouco dos problemas
Etapa 10: Bola pra Frente
Parabéns, você chegou na fase que nem aquele sorriso mais lindo dele, nem voz suave no teu ouvido, nem mesmo o perfume que você deu de presente pode te fazer voltar atrás. Aproveite pra se concentrar - finalmente - naquilo que você quer para a sua vida, não para a dele.
Certainly – Erykah Badu
- Muito boa na hora de dar aquela dispensada num mané que achou que podia te conquistar
Suddenly I See – KT Tunstall
- Essa é ótima pra se inspirar e tirar do fundo da gaveta aquela pessoa poderosa que você é
Jump - Madonna
- Madonna também é auto-ajuda, como eu disse no post abaixo.
* Um beijo em quem adivinhar a fase em que eu estou agora e conseguir descobrir a música.
Estava eu aqui, brincando com meu brinquedo favorito, rindo, feliz e de repente alguém vem e quebra o meu brinquedo... Mais claramente: pegaram o meu brinquedo e jogaram com toda a força possível na parede pra ver o que ia acontecer.
O jeito agora é chorar até esgotar, passar as etapas clássicas da fossa e depois tentar achar um brinquedo novo. Como os músicos até hoje só conseguiram inventar dois tipos de música (apaixonados e abandonados), segue um guia com a trilha sonora ideal para as fases da fossa. Pegue seu travesseiro e ligue o iPod.
Etapa 1: A negação
No começo te pegam meio desprevenido, mas sempre tem aquele momento em que você já viu que não há luz no fim do túnel, mas continua insistindo. Ninguém disse nada, mas tá na cara que você vai levar aquele pé. Nada fácil:
Never there – Cake
- Hum... tem certeza que é namoro?
Sozinho – Caetano Veloso
- Hum... não é namoro.
Stuck in the Middle With You – Stealers Wheel
- Essa posição meio "intermediária" certamente é a pior
Etapa 2: O inconformado
Terminou? Mesmo? Sério? Sério, meu. Se um não quer, dois não podem, nem adianta. Mas mesmo assim você argumenta...
Still loving you - Scorpions
- Para aqueles que acreditam que tempo é uma coisa que existe
Every Breath you Take – The Police
- É a música mais linda já feita para os perseguidores, o pior tipo de ex que pode existir
Etapa 3: Uma migalha, pelamordedeus...
Chega aquele momento em que você faz tudo, qualquer coisa, topa qualquer parada para ficar com o cara. Você se humilha, se anula, passa por cima de tudo em troca de um telefonema. Se você demorar nessa fase, procure um médico porque essa aqui é punk
Come back to me – Janet Jackson
- Se jogue, se arraste no chão, implore por um pedacinho!
One more night – Phill Collins
- Bom, apesar da humilhação, esse aqui bota um limitezinho...
Un-break my heart– Tony Braxton
- Para as adeptas às amarrações na boca do sapo
Etapa 4: A conscientização
Bom, chegou aquela hora em que você viu que realmente a vaca foi pro brejo, sem previsão de retorno. Aquela coisa de a gente então dizer "já que é assim, então vai".
Go your own way – Fleetwood Mac
- Este é um bom jeito de dizer "Vai pra p... que te pariu!!!"
Barely Breathing – Duncan Sheik
- Pra quem teve que botar o ponto final que o outro não teve capacidade. Odeeeeio isso!
Express Yourself - Madonna
- O mantra das mocinhas que precisam encostar o marmanjo na parede!
Etapa 5: A raiva
Hora de queimar fotos, apagar scraps, mensagens, rasgar cartas, chorar, chorar, chorar... Vale telefonar 450 vezes por dia, xingar, ligar pros amigos dele, falar mal. Eu não sou muito de botar limites aqui, mas é bom pegar leve nos processos judiciais
Você vai me destruir – Vanessa da Mata
- Essa é pra cantar com raiva no karaokê!
You Oughta Know – Alanis Morissette
- Ai... essa eu não queria encontrar pela rua
I Want to Break Free - Queen
- Esse começa nervoso, mas vai amansando... recomendável pros momentos de descontrole
Etapa 6: A recaída
Não pense que você escapa dessa, não. Bate aquela saudade mútua, as lembranças boas, aquela carência... e lá vai você fazer merda.
Mamma Mia – Abba
- Melô da sofredora. Amiga, larga dele...
Paixão Antiga - Tim Maia
- Aquele furor de um encontro ao acaso que você pensa que vai durar pra sempre, mas no dia seguinte...
A canção tocou na hora errada – Ana Carolina
- Se guardou carta com letra de forma, meu bem, é porque ainda tá faltando algo pra esquecer
Etapa 7: O escaldado
Passada a fase do "nunca mais vou encontrar um amor", você dá aquele braço de distância do figura e vê que dali não sai mais coelho mesmo, é hora de fugir. Dá também um medinho de passar por tudo isso de novo...
Falling in love – Eagle-Eye Cherry
- Apanha, morre de medo, mas continua a jogar...
Tainted Love – Soft Cell
- Pra quem já passou pela raiva e passou "ileso" da recaída (raríssimos esses casos!), agora só quer saber de passar longe da figura
I will survive – Gloria Gaynor
- Hino oficial dos escaldados. Ninguém escapa de um dia gritar "I will survive!" no meio da balada, de preferência gay
Etapa 8: Só por hoje...
Paixão é uma droga mesmo. A fase dos mantras "eu vou superar isso", "vai passar", "hoje eu não vou ligar" é a mais mala. E demora, o que é pior.
Live to Tell – Madonna
- Hora de contar pras amigas a triste notícia: você também vai passar por isso
I’ll be Over You - Toto
- Mantra do tipo Alpha FM também vale
Etapa 9: Caindo na real (agora sim)
Tem um momento em que você se cansa de sofrer, começa a perdoar as batidas de cabeça do outro, se dá conta que existem - mesmo - pessoas mais legais no mundo e resolve desencanar. Quando a poeira baixa, é como tirar uma pedra de 300kg das costas. Cante pro outro, sem ressentimentos.
Boa sorte – Vanessa da Mata
- Agora que você sacou, então admita que não ia dar certo mesmo
Touch of grey – Grateful Dead
- Po, eu adoro essa! É aquela música-fossa alegrinha, que faz você rir um pouco dos problemas
Etapa 10: Bola pra Frente
Parabéns, você chegou na fase que nem aquele sorriso mais lindo dele, nem voz suave no teu ouvido, nem mesmo o perfume que você deu de presente pode te fazer voltar atrás. Aproveite pra se concentrar - finalmente - naquilo que você quer para a sua vida, não para a dele.
Certainly – Erykah Badu
- Muito boa na hora de dar aquela dispensada num mané que achou que podia te conquistar
Suddenly I See – KT Tunstall
- Essa é ótima pra se inspirar e tirar do fundo da gaveta aquela pessoa poderosa que você é
Jump - Madonna
- Madonna também é auto-ajuda, como eu disse no post abaixo.
* Um beijo em quem adivinhar a fase em que eu estou agora e conseguir descobrir a música.
11 fevereiro, 2008
Frases edificantes do começo da semana
Vou fazer meu próprio caminho e posso fazê-lo sozinha
Tudo o que você precisa é da sua imaginação, então use-a
Não pense no passado, não olhe no relógio
Você merece o melhor da vida, então se não está na hora, bola pra frente. Ser a segunda nunca é o suficiente, você está melhor sozinha
É tempo de coisas boas, esqueça as ruins
O brilho das estrelas faz tudo dar certo
No limite.... acho que vou perder a cabeça
Coitado do homem que tem seu prazer dependente da permissão dos outros
Amar é compreender, difícil é entender como a vida nos cobra tanto
Eu me livrei dessa confusão, de algum jeito eu me livrei disso
Desencana, deixa eu fazer do meu jeito, vou te atropelar como um caminhão
Não consigo evitar me apaixonar, vou cada vez mais fundo
Um homem pode dizer mil mentiras, aprendi a lição. Espero que eu possa contar esse segredo, até lá, ele vai me queimar por dentro
Não, eu não ando devorando livrinhos de auto-ajuda. Só escutei Madonna demais hoje
Vou fazer meu próprio caminho e posso fazê-lo sozinha
Tudo o que você precisa é da sua imaginação, então use-a
Não pense no passado, não olhe no relógio
Você merece o melhor da vida, então se não está na hora, bola pra frente. Ser a segunda nunca é o suficiente, você está melhor sozinha
É tempo de coisas boas, esqueça as ruins
O brilho das estrelas faz tudo dar certo
No limite.... acho que vou perder a cabeça
Coitado do homem que tem seu prazer dependente da permissão dos outros
Amar é compreender, difícil é entender como a vida nos cobra tanto
Eu me livrei dessa confusão, de algum jeito eu me livrei disso
Desencana, deixa eu fazer do meu jeito, vou te atropelar como um caminhão
Não consigo evitar me apaixonar, vou cada vez mais fundo
Um homem pode dizer mil mentiras, aprendi a lição. Espero que eu possa contar esse segredo, até lá, ele vai me queimar por dentro
Não, eu não ando devorando livrinhos de auto-ajuda. Só escutei Madonna demais hoje
06 fevereiro, 2008
A espera
Os dias passam devagar. Eu costumava contar em semanas, agora tenho contado em horas. Uma agonia estranha, um compasso de espera que me deixa apreensiva. O que vai acontecer? Como? Quando?
Hoje é um bom dia pra escrever sobre 2008. É quarta-feira de cinzas, acabou o Carnaval. Teoricamente, não preciso mais esperar para começar o ano. A minha vida entrou num pause em dezembro e até agora está assim. Claro que aconteceram mil coisas, mas ao mesmo tempo eu continuo tendo que esperar, me preparar, me arrumar para o ano novo.
Minha casa não está pronta. Estou há meses querendo me mudar. Me dá a impressão que o ano vai começar aí, com uma nova casa, com a minha cara, com mais responsabilidade de botar dinheiro lá dentro, um estímulo pra correr atrás das coisas.
Meu trabalho está em compasso de espera. Tudo meio no ar, no começo, esperando o carnaval passar. E uma coisa leva a outra: uma casa nova me dá energia para trabalhos novos.
Espera, paciência. Minha cabeça absorve tudo, mistura tudo. E eu espero, numa agonia sem fim, esse ano começar.
Hoje eu me visto de branco.
Feliz 2008
Os dias passam devagar. Eu costumava contar em semanas, agora tenho contado em horas. Uma agonia estranha, um compasso de espera que me deixa apreensiva. O que vai acontecer? Como? Quando?
Hoje é um bom dia pra escrever sobre 2008. É quarta-feira de cinzas, acabou o Carnaval. Teoricamente, não preciso mais esperar para começar o ano. A minha vida entrou num pause em dezembro e até agora está assim. Claro que aconteceram mil coisas, mas ao mesmo tempo eu continuo tendo que esperar, me preparar, me arrumar para o ano novo.
Minha casa não está pronta. Estou há meses querendo me mudar. Me dá a impressão que o ano vai começar aí, com uma nova casa, com a minha cara, com mais responsabilidade de botar dinheiro lá dentro, um estímulo pra correr atrás das coisas.
Meu trabalho está em compasso de espera. Tudo meio no ar, no começo, esperando o carnaval passar. E uma coisa leva a outra: uma casa nova me dá energia para trabalhos novos.
Espera, paciência. Minha cabeça absorve tudo, mistura tudo. E eu espero, numa agonia sem fim, esse ano começar.
Hoje eu me visto de branco.
Feliz 2008
25 janeiro, 2008
Canções Profanas
Quando eu me dei conta, minha mãe já tinha me botado no meio do coro e eu fazia vocalise com todo mundo na cúpula do teatro municipal. Acabei de voltar pra casa, estava louca pra ver um concerto interessante, quando descubro que hoje, sexta-feira dis 25, eles iriam apresentar Carmina Burana (aquela peça famosa do Carl Orff, que tudo quanto é diretor de cinema já usou).
Mas eu sou daquele seleto time de filhos de cantores, então consegui acompanhar o ensaio, já que a apresentação seria bem mais disputada - de graça, com fila, muita gente... Segundo o Jaime Guimarães, um dos maestros do coral lírico, eu escolhi uma das duas melhores cadeiras do teatro inteiro pra sentar. Ele, óbvio, sentou ao meu lado na outra cadeira boa. "São as únicas retráteis. Antes todas eram, mas fazem muito barulho". Que bom conhecer os segredinhos do teatro.
Porque será que esta peça faz tanto sucesso no mundo atual?
Segundo o Jaime, ela tem ritmo, tem quebras, tem uma dinâmica toda especial. Ela é impactante. Eu ali sentada, com aquele coral enorme na minha frente, uma orquestra, solistas fantásticos... cada nova entrada me arrepiava.
Muito bom, muito. Vai direto pro iPod.
Quando eu me dei conta, minha mãe já tinha me botado no meio do coro e eu fazia vocalise com todo mundo na cúpula do teatro municipal. Acabei de voltar pra casa, estava louca pra ver um concerto interessante, quando descubro que hoje, sexta-feira dis 25, eles iriam apresentar Carmina Burana (aquela peça famosa do Carl Orff, que tudo quanto é diretor de cinema já usou).
Mas eu sou daquele seleto time de filhos de cantores, então consegui acompanhar o ensaio, já que a apresentação seria bem mais disputada - de graça, com fila, muita gente... Segundo o Jaime Guimarães, um dos maestros do coral lírico, eu escolhi uma das duas melhores cadeiras do teatro inteiro pra sentar. Ele, óbvio, sentou ao meu lado na outra cadeira boa. "São as únicas retráteis. Antes todas eram, mas fazem muito barulho". Que bom conhecer os segredinhos do teatro.
Porque será que esta peça faz tanto sucesso no mundo atual?
Segundo o Jaime, ela tem ritmo, tem quebras, tem uma dinâmica toda especial. Ela é impactante. Eu ali sentada, com aquele coral enorme na minha frente, uma orquestra, solistas fantásticos... cada nova entrada me arrepiava.
Muito bom, muito. Vai direto pro iPod.
24 janeiro, 2008
De manhã
O dia ainda estava escuro quando ele se livrou das cobertas. A preguiça era a de sempre, já estava acostumado, o que não dava era pra ficar ali esperando ela ir embora. Ouvia alguns passarinhos teimosos, tentando viver nas pobres árvores do centro da cidade. Queria ser um gato agora, daqueles que não levantam nem com parada gay. O banheiro estava tão longe, uns cinco passos de distância. Será que pegou a escova de dentes certa? Sei lá. Não tá na hora de pensar nisso, tá cedo demais. Hum, blusa azul, nem a pau. Pegou uma calça social e a blusa listrada. Homem não tem tanta escolha assim. Ou tem? Claro que tem, né? Mas e essa preguiça aí? Tomou um banho "pra constar". Mas putz... se você se deu ao trabalho de tirar as roupas e entrar no chuveiro, vá até o final, caramba. Que seja. Dá tempo pra um café? Dá nada. Mas ele toma café de qualquer jeito, não quer nem saber. Que me esperem, não vou sair com fome. As fotos ainda estão voltadas pra baixo. E você tinha que me lembrar? Tô aqui, tentando viver a vida normalmente... É, como se isso fosse vida.
O dia ainda estava escuro quando ele se livrou das cobertas. A preguiça era a de sempre, já estava acostumado, o que não dava era pra ficar ali esperando ela ir embora. Ouvia alguns passarinhos teimosos, tentando viver nas pobres árvores do centro da cidade. Queria ser um gato agora, daqueles que não levantam nem com parada gay. O banheiro estava tão longe, uns cinco passos de distância. Será que pegou a escova de dentes certa? Sei lá. Não tá na hora de pensar nisso, tá cedo demais. Hum, blusa azul, nem a pau. Pegou uma calça social e a blusa listrada. Homem não tem tanta escolha assim. Ou tem? Claro que tem, né? Mas e essa preguiça aí? Tomou um banho "pra constar". Mas putz... se você se deu ao trabalho de tirar as roupas e entrar no chuveiro, vá até o final, caramba. Que seja. Dá tempo pra um café? Dá nada. Mas ele toma café de qualquer jeito, não quer nem saber. Que me esperem, não vou sair com fome. As fotos ainda estão voltadas pra baixo. E você tinha que me lembrar? Tô aqui, tentando viver a vida normalmente... É, como se isso fosse vida.
Hora de acordar
Diário de viagem: um mês inteiro nos Estados Unidos, sem escrever quase nada. Foi uma viagem impulsiva, cheia de decisões erradas, confusões mentais e momentos também muito legais. Não fui me achar - e não achei. Voltei ainda perdida, mas agora é hora de acordar.
Desliga o despertador, por favor
mais cinco minutinhos...
Diário de viagem: um mês inteiro nos Estados Unidos, sem escrever quase nada. Foi uma viagem impulsiva, cheia de decisões erradas, confusões mentais e momentos também muito legais. Não fui me achar - e não achei. Voltei ainda perdida, mas agora é hora de acordar.
Desliga o despertador, por favor
mais cinco minutinhos...
06 janeiro, 2008
Causando em NYC!
Hoje eu fui conferir um clube burlesco no East Village. Meninas tirando a roupa, um homem que também não estava ligando muito pro frio e botou o dele pra fora e um outro que tinha certeza que era jesus cristo. Este era o apresentador, prometia "blowjobs" no banheiro a cada intervalo.
Tô empenhada em achar uns lugares escondidos na cidade. Neste clube de hoje não tinha absolutamente nenhum turista. Me senti toda "por dentro" da onda. os shows foram bem regulares. Eu esperava meninas mais bonitas. Teve uma lá que no Brasil não ia nunca subir no palco. E ela ganhou uma grana! Burlesco tem disso, é diferente de uma casa de strip. A coisa não tem que ser exatamente bonita, muitas vezes o legal é ser escrachado, fazer rir.
Depois disso ainda rodei sozinha pelo East Village. Eram duas da manhã e as ruas estavam lotadas, total Vila Madalena. Com uma diferença: deu a minha hora, eu entrei no metrô e vim pra casa. Pô... se o metrô de São Paulo fosse 24 horas a cidade seria outra.
O mais legal foi quando, no meu telefone-rádio, começou a tocar "New York, New York". Eu, no metrô, ao lado de branquelas, gringos, latinos, negros e homeless people dormindo, ouvia Frank Sinatra cantando a plenos pulmões:
"I want to be a part of it
New York, New York"
Yeah, that's the spirit!
Hoje eu fui conferir um clube burlesco no East Village. Meninas tirando a roupa, um homem que também não estava ligando muito pro frio e botou o dele pra fora e um outro que tinha certeza que era jesus cristo. Este era o apresentador, prometia "blowjobs" no banheiro a cada intervalo.
Tô empenhada em achar uns lugares escondidos na cidade. Neste clube de hoje não tinha absolutamente nenhum turista. Me senti toda "por dentro" da onda. os shows foram bem regulares. Eu esperava meninas mais bonitas. Teve uma lá que no Brasil não ia nunca subir no palco. E ela ganhou uma grana! Burlesco tem disso, é diferente de uma casa de strip. A coisa não tem que ser exatamente bonita, muitas vezes o legal é ser escrachado, fazer rir.
Depois disso ainda rodei sozinha pelo East Village. Eram duas da manhã e as ruas estavam lotadas, total Vila Madalena. Com uma diferença: deu a minha hora, eu entrei no metrô e vim pra casa. Pô... se o metrô de São Paulo fosse 24 horas a cidade seria outra.
O mais legal foi quando, no meu telefone-rádio, começou a tocar "New York, New York". Eu, no metrô, ao lado de branquelas, gringos, latinos, negros e homeless people dormindo, ouvia Frank Sinatra cantando a plenos pulmões:
"I want to be a part of it
New York, New York"
Yeah, that's the spirit!
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