01 junho, 2003

Tiros em Columbine
Adoro discordâncias. Já disseram que a unanimidade é burra, concordo. Se alguém é 100% aceito, algo está errado. Sempre tem outro alguém que discorda, que num curte, que fica enciumado. Vendo esse filme eu lembrei das aulas de crítica do texto na faculdade, onde a gente podia ver que existem vários pontos de vista sobre o mesmo discurso. E mesmo diferentes, estes pontos de vista podem não estar errados. Cada um com seus motivos.

Particularmente, adorei o documentário de Michael Moore. É um americano criticando americanos atravpes do sarcasmo, sua principal arma, como bem disse Camila. O discurso anti armas e anti medo me cativa. Mas devo admitir que Mr. Moore é mais um a querer fazer lavagem cerebral em todos, mas desta vez do lado oposto.

Morei em Iowa por um ano e vivi numa comunidade simples e bem afortunada do meio oeste. Americanos rosados e não preocupados com o restante do universo viviam naquilo que os jovens gostavam de chamar de "bolha": uma alienação. No filme de Michael Moore, o que mais me chamou atenção foi a parte em que o criador do desenho South Park comenta que Columbine é "horrorosamente semelhante a qualquer outra escola tipicamente americana". Ele tinha asco da cultura competitiva e racista em que ele foi criado. A escola te ameaça e te humilha desde o começo. Se você é um excluído, será assim até sair dela. Eu vivi isso numa escala infinitamente menor, pois eu tinha desafios maiores ali, como conviver na casa onde eu morava. Mas vi como é possível destruir esperanças na High School.

Tô tão empolgada que vou escrever diretamente pra um amigo meu americano aqui, caso queiram ler... em inglês, sim

Nenhum comentário: