27 fevereiro, 2009

Um post novo. Não leia pensando que vai fazer algum sentido, porque não vai. Eu nem reli, com medo de apagar tudo.

Nossos pais, "aqueles velhos"

O que será que meus pais deviam falar sobre os pais deles lá pelos idos dos anos 70? Na minha idade, minha mãe já tinha dois filhos e já tinha o terceiro a caminho. Meus pais não foram aqueles pais que a gente considera "velhos". Eles eram até bem modernosos, da geração hippie, mesmo que não fossem exatamente hippies (tenho alguns tios que me deixam isso claro, já que os hippies eram - ou são? - eles). Foram os combatentes da ditadura, parte da "classe média intelectual". Aquilo tudo.

Aqui no Brasil hoja há uma unanimidade tão grande a respeito de Lula que fica até chato comparar. Mas eu vejo os tais "pais velhos" dos Estados Unidos surgirem. Na verdade, foram esses os eleitores que mantiveram Bush no poder todo esse tempo. A classe média conservadora americana, essa do "meio-oeste" mais especificamente, tem ido totalmente contra a maré mundial.

Seja na questão política, onde a maioria ali é republicana, seja o evangelismo exacerbado, o que dá meio que na mesma coisa - política é religião, e vice-versa. Me assusta ver pais que brigam para incluir a teoria Criacionista no currículo escolar - e querem tirar Darwin das aulas de ciências! Brigam para que gays permaneçam dentro do armário - o caso mais recente, ne verdade, é inglês, um professor de teatro adaptou "Romeu e Julieta" para "Romeu e Juliano", numa homenagem à semana gay. O caso foi parar no Congresso.

Pelo menos no caso da invasão ao Iraque, parece que ninguém mais ousa discordar que eles precisam sair de lá. Barack Obama prometeu sair até o próximo ano. Dura será a briga pelo casamento gay. No país conservador, o tópico causa discussões fervorosas. O filme "Milk", com Sean Penn no papel do ativista gay Harvey Milk, conta uma história que se passou no ano em que eu nasci. Incrível como que, por mais que os gays tenha ganho mais espaço, muitos ainda tentam tirar deles direitos tão óbvios como o casamento.

Um dia ainda será fácil ser gay nesse mundo. Eu faço o que eu posso pra esse dia chegar logo.

Um comentário:

Helder Maldonado disse...

Bom, ainda há muito preconceito nos EUA, mas acredito que a eleição do Obama ajude a derrubar esses estigmas.