10 novembro, 2008

O dia em que ele me deixou

5 de fevereiro de 2006. Acordei às 10h30 de súbito. Sabia que era essa a hora que ele acordava. Senti algo estranho, uma energia, uma força que me pôs de volta na cama. Não era pra levantar. Só pensava nele, em como ele estava, se precisava de mim. Pensei em ligar, mas não fiz nada, só dormi.

Mais tarde, depois de acordar direito, resolvi ligar pra ele. Atendeu a recepcionista, que rapidamente me transferiu. Fiquei sem ar, aquela atitude não era nada comum. Eu sabia que não era boa notícia. Atende a doutora.

- Juju, me desculpe. Ele se foi. Às 10h30 botei ele na maca, quando olhei pra ele, ele morreu.

Eu nunca mais o vi. Não fui me despedir, seria doloroso demais. Em vez disso, fui a um restaurante, tomei três caipirinhas, passei a tarde toda bêbada, vi três filmes. Tudo pra tentar não sentir aquele aperto absurdo de tê-lo perdido pra sempre.

O nome dele era Merlin. Era amarelo rajado como a mãe. Tinha pouco mais de um ano e muita energia. Não suportou quando me mudei de um apartamento com jardim para um que nem na janela ele podia ir direito.

Muita, muuuita saudade do meu primeiro gato.

Um comentário:

O Menino que Voa disse...

nossa... e já vão quase 3 anos!!! beijooos....