Socorro, não estou sentindo nada
Momentinho Maninha preocupada com a vida. Ou melhor, preocupada com o fato de não estar nem aí pra preocupação nenhuma na vida. A ausência de motivos pra qualquer tipo de reação me fazem pensar sobre o que eu quero fazer. E descubro então que fiz hoje exatamente o que eu tive vontade de fazer e o que tenho tido vontade de fazer ultimamente: nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo
E essa vontade de não produzir, nem querer investir, nem querer crescer nem confiar em si mesmo tem me deixado um pouco desolada, sem saber com quem brigar ou o que eu tenho que fazer pra parar... parar o que, afinal? Não tem nada de errado. Na verdade não tem nada absolutamente. Tem eu, mais nada. Eu sou tudo? Sou, mas como assim? O que falta? Não falta nada, essa é a questão.
Não vai dar mais pra chorar
Se não falta nada, então me sinto completa. Pior que sim. Agora, aqui, sozinha e sem preocupações nem responsabilidades, nem prazos, nem visões do futuro, me sinto completa. Me dá a impressão de que não quero fazer mais nada, só quero ler meus livros, conversar com os amigos, sair na balada, e muito sexo. Isso que eu gosto de fazer. Mais nada? Não, gosto de muita coisa, mas atualmente não quero mais nada.
Nem pra rir
Mas então ficamos com a parte preocupante: o vazio do restante. Qual vazio? Aquele em que você não sabe nem se está cheio. A verdade é que não acredito mais em coisas que eu faço, coisas que eu acreditava ser boa. Eu não quero ler jornais, não quero saber da guerra, sou uma desatualizada completa e inegável. Eu não quero saber da novela, dos programas novos da TV, eu só quero o meu livro e meus amigos, eu não quero mais nada.
02 abril, 2003
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