05 junho, 2003

Filha coruja...
Era uma vez uma mãe. Ela era branquinha, de olhos amarelinhos, cabelo castanho e, apesar da ascendência italiana (com direito a seios avantajados legitimamente herdados), ela atendia pelo estranho nominho de Jacy, ou Lua, em Tupi. Esse nominho acompanhava o já tradicional e quatrocentão sobrenome Guarany, que pegou em mim também. A mãe um dia estava no clube, nadando de calcinha na piscina (poxa! Foi o que me disseram!), quando ouviu um som vindo do salão de baile. Ela foi lá e o carinha perguntou "Quer cantar?" ela pensou... pensou... o cara disse "Mas se você vier cantar tem que fundar o Coral da USP comigo em dois anos e terá que ir pros EUA em 1970 e pra Europa em 1972. Tá afim?". Ela pensou... pensou... e perguntou "Posso então conhecer meu marido nesse coral?" o cara falou "Pode".

Aí ela entrou, namorou pai e em 78 eu nasci. Depois veio o maninho, depois a maninha morena e por fim a loira (minha "gurua"). Depois de muito dar bronca nos pentelhos que ela fez com papai, mamãe estava um dia passeando na Praça Ramos de Azevedo e, como quem não quer nada, entrou no Teatro Municipal. "Oi, o que tá acontecendo?" e a moça "Oi, quer cantar?" e mamãe pensou... pensou... "Posso fazer 50 óperas?" e a moça: "Pode". E mamãe entrou no Teatro... e lá está há treze anos fazendo o que ela mais gosta: cuidando daquele jardim de infância que é o Coral Lírico do Teatro Municipal.

Com vocês... mamãe!!! Linda né?


Minha querida amiga Jô escreveu uma matéria sobre minha mãe lá no Sampacentro, site dela e de umas amigas a respeito do centro de São Paulo (muuuuito bom o site!) Olhem lá a matéria da mamma e depois me digam o que acharam!

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