Ah, num sei, viu...
Tô achando que eu não vou querer ter filho não. Sei lá. Porque pensa bem. Vai que nasce menina, aí lá pelos 24 anos ela resolve sair com o gatinho dela e volta pra casa sozinha, às três da manhã. Vai que acontece, né? Aí vai que estoura o cabo da embreagem ali na frente do Memorial, três da manhã. Sei lá... pode acontecer, né? Bom, e se acontecer de, exatamente na hora que estoura o cabo, ela estiver passando por quatro viaturas paradas e uma base comunitária, assim, três da manhã? Ah, devem ter milhões delas por aí, andando em bandos, sei lá. Mas só que as viaturas têm que sair, e aí? Vão largar a minha filha sozinha no meio da avenida, sem guincho e sem saber o nome da seguradora pra poder ligar? (cara... de que adianta ter seguro se eu não sei qual que é??? que bosta...). Não, não. Os polícias são do bem, levam o carro até o segurança do posto assim ela tenta achar um guincho. E acha! E o guincho quer 120 paus pra levar o carro dela pra casa! Mas os polícias são do bem, né? Sim! Eles se dispõem a escoltá-la até em casa, mas só depois de atender uma ocorrência. Vão ali trocar uns tiros e já voltam.
Legal. Aí a minha filha fica esperando no posto, com o segurança (que era também policial civil), até os polícias do bem voltarem. Aí ela troca uma idéia com esse polícia que é de repensar todas as ordens do universo e da sua própria cabecinha pensante, descobre que esse universo policial é algo extremamente interessante, quer entrevistar todo mundo, ficar amiga de todo mundo, ouve histórias impressionantes. E até o gatinho liga pra saber onde é que ela se meteu que ainda não entrou na net... Até que chegam os polícias do bem e a levam pra casa, trocando a marcha "no tempo" e sem bater. E ela chega em casa às 5:17:37 da manhã.
É... vai que isso acontece com alguém... parece meio impossível, mas sei lá... podia ser até comigo...
19 junho, 2003
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